Canções De Natal Em Old América. Patrizia BarreraЧитать онлайн книгу.
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PREFÁCIO
Um Especial abrigado a todos Vocês, Caros amigos! Diverti-me muito escrevendo este livro. Sobretudo nas minhas pesquisas esbarrei-me com várias notícias interessantes que me satisfaz passar também para Vocês. Neste pequeno volume encontrarão a magia do Natal da Old América clarificada e difundida através das suas canções, naquele período prolífico e maravilhoso que foi a trintena 1930/1960. É claro que a Tradição Americana é muito mais articulada: os cantos natalícios ou Carols por assim dizer constituíram um movimento importante para a música daquela época e os trechos que têm a ver com as santas festividades são vastíssimas.Todavia não era minha intenção criar uma antologia específica das canções, se bem que acompanhar-vos pela mão à sugestão dos anos mágicos mostrando-vos o que muitas vezes esconde-se atrás das canções de Natal, os protagonistas, os factos e as anedotas agradáveis sobre as quais muitas vezes omitem-se ou que não saltam por acaso às honras da crónica. Será como recuar no tempo e reviver aquelas atmosferas ocultadas da alegria e da pureza da criança que se esconde em cada um de nós. Este é o primeiro volume. Muito provavelmente seguirá um segundo sobre aquelas canções antigas que ampliarão a visão de quem, como eu, está apaixonado pela Velha América. Por enquanto não posso que agradecer antecipadamente a todos os meus Leitores e desejar a todos um… Bom Natal!
Direito Autoral
D ireito Autoral Patrizia Barrera 2021
Todos os direitos reservados
Tradução italiana Português ibérico
de ADERITO FRANCISCO HUO
É uma produção RHA
RHA PRODUCTION
AS ORIGENS DO NATAL
erão dificuldades em acreditar nisto mas na verdade o Natal é… uma festa pagã. Ou seja, para dizer a verdade, uma festa reservada aos bruxos e às bruxas que ousavam dançar em volta de uma árvore ou muito mais provavelmente em volta de círculos de pedra no dia solstício de inverno, quer dizer o 22 de Dezembro. Era uma celebração orgíaca, com danças, erva e sexo, conveniente para ganhar o favor dos Deuses na época de inverno, que nos tempos antigos criava mesmo medo.
A origem? Alguns dizem que surgisse da cultura Druidica e que as suas raízes fossem Célticas. Se alguém de vocês leu por acaso aquelas bandas desenhadas de Asterix e Obelix pode, de forma satisfatória, ter uma ideia embora a tradição exotérica que acompanhava estes povos era de longe mais complexa. O período vai a partir do século IV até ao século III A.C. e a localidade, as Ilhas Britânicas mas com largas expansões mesmo na Itália, na península Ibérica e na Suécia. Nós as conhecemos como BRITANNI e provavelmente o que nos estimula do seu passado é o mistério de Stonehenge, mais que as suas tradições religiosas. Contudo deste povo extinto provém toda a magia e a sugestão do Natal, a mesma que respiramos ainda hoje.
Os Romanos, que derrotaram e colonizaram os Celtas em várias retomadas assimilaram usos e costumes, e foi desta forma que a festa do solstício de inverno tornou-se tradição do Império. Na verdade a celebração do solstício de inverno está presente um pouco em todas as culturas: nos tempos lá idos os ciclos naturais eram bem observados e o facto que o dia mais curto, e portanto o “aparente” abandono do sol, caísse por volta de 21 de Dezembro representava um facto conhecido mas não por isso considerado “automático”. O sol era um Deus distribuidor de vida; e como todos os deuses sujeitos ao descomedido, rancores e actos violentos. Era preciso cair na sua graça para que continuasse a oferecer ao homem o seu calor. Os dias imediatamente sucessivos ao 21 de Dezembro eram portanto vividos pelos primitivos com terror e medo, sobretudo quando a luz inevitavelmente tornava-se mais fraca e as noites mais longas. A certeza que o sol tivesse voltado e que um novo ano se abrisse para a humanidade tinha-se apenas o 25 de Dezembro, dia em que por diversas leis astronómicas que não vou tratar aqui, o sol parece “renascer” poderoso e vitorioso.
Em palavras pobres que tenha tido um novo “Natal”. Esta simples interpretação pode talvés esclarecer o sucesso das festas ligadas ao solstício de inverno que encontramos em muitíssimas culturas espalhadas em todo o mundo.
Quando os Romanos “reciclaram” as danças pagãs tinham em prática descoberto a água quente. E depois deles o fizeram os Cristãos que, unindo às danças pagãs a uns feitiços representativos da Divindade do Cristo e a virgindade de Maria, na prática relacionavam-se a mitos e usos muito mais antigos. A nossa senhora com a criança, efectivamente, não é património Cristão.
No Egipto, por exemplo, precisamente a 2000 anos antes do nascimento de Jesus o Deus Horus (o Sol) estava figurado como uma criança nos braços da deusa Iside
(a Lua) que era a mãe e irmã. Antes ainda na Pérsia o mito do deus Mitra deveria suscitar uma reflexão: parece que tivesse sido gerado por uma virgem, que tivesse doze discípulos e sobretudo que viesse definido “O SALVADOR”! O Deus Sol da Babilónia TAMMUZ não é menos surpreendente: ele também figurado no braço da Deusa mãe ISHTAR tinha uma auréola formada por doze estrelas, que representavam os 12 sinais zodíacos. (12 como os discípulos de Cristo, não acham?) Parece que mesmo ele morreu e depois ressuscitou depois de 3 dias… e isto a 3000 A.C.
Abstenho-me sobre os truculentos ritos de Dionísio, onde o Deus criança vinha feito literalmente em pedaços por mulheres endoidecidas, para depois renascer mais lindo e forte que antes; e menciono apenas um Deus Sol em yucatan, também este gerado pela virgem CHRIBIRIAS. Mas saliento que os ritos que acompanhavam o solstício de inverno não diziam respeito apenas a este hemisfério, todavia também o outro, visto que até os Inca celebravam o Deus Sol WIRACOCHA na estação invertida isto é no dia 24 de Junho!
FOTO 1) Eis a extraordinária união entre a deusa Isis e a Virgem Cristã. As semelhanças dissipam-se: o que cai sobre é a centralidade das suas figuras na religião pagã e depois cristã. Ambas eram consideradas mortais, virgens e relacionadas à figura do “Salvador”, Hprus por Iside e Cristo por Maria, que a iconografia clássica reassume como a criança que asseguram no braço e que ambas aleitam.
As pessoas em toda a parte são as mesmas, pois. E todo o mundo festeja alegremente um Natal rico em danças e cantos entre um amplexo e uma bebida, até quando não chegou o Cristianismo para quebrar os ovos no cesto. Claramente começou-se a proibir o sexo e a doçura da festa, que não correspondia com a imagem da pureza de Maria; seguidamente passou-se á dança, julgada “dom do demónio”. E para concluir pensou-se em substituir os cantos pagãos, que aclamavam ainda às estranhas divindades do passado confundindo-as com aquelas cristãs.
O primeiro a fornecer um texto original foi o Bispo Romano, em 129 d.C. o qual obrigou os fiéis a cantar um HINO DOS ANJOS no Natal; para não mostrar-se inferior à Igreja ortodoxa, na pessoa de um certo Comas de Jerusalém, produziu um HINO À DIVINDADE em 720 d.C. Depois de escrever textos religiosos para cantar no Natal tornou-se uma verdadeira profissão reservada aos Frades. É do século IV a iniciativa de contrastar as ainda numerosas celebrações do solstício de inverno fixando a data do nascimento de Jesus no dia 25 de Dezembro. Na verdade nenhum dos Evangelhos faz referência a um momento preciso, quando se fala da natividade. Jesus nasce e basta. Os teólogos tomaram como motivo o facto do censo omitindo o facto que os Romanos tinham uma verdadeira paixão pela “conta” dos próprios súbditos, que amavam portanto submeter ao censo muitas vezes mesmo por motivos de planificação e de controlo. Substituir os festejos pagãos