Para além da verdade. Robyn DonaldЧитать онлайн книгу.
Editado por Harlequin Ibérica.
Uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.
Núñez de Balboa, 56
28001 Madrid
© 2002 Robyn Donald
© 2019 Harlequin Ibérica, uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.
Para além da verdade, n.º 686 - agosto 2020
Título original: Wolfe’s Temptress
Publicado originalmente por Harlequin Enterprises, Ltd
Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial.
Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.
Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.
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Imagem de portada utilizada com a permissão de Harlequin Enterprises Limited.
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I.S.B.N.: 978-84-1348-541-6
Conversão ebook: MT Color & Diseño, S.L.
Sumário
Capítulo 1
– Então esta é Anne Corbett! – murmurou Wolfe Talamantes, observando a fotografia.
Era a mulher mais bela que tinha visto em toda a sua vida, incluindo a estrela de cinema com quem havia partilhado a cama durante uns meses.
– Rowan Corbett – corrigiu o homem que se encontrava do outro lado da secretária.
– Pedi-te que investigasses a Anne Corbett.
– O seu nome completo é Rowan Anne Corbett. Ao que parece chamavam-lhe Anne quando era pequena, mas agora chama-se Rowan Corbett.
Wolfe voltou a observar a fotografia. Não o surpreendia que fosse tão bela. Tony era famoso pelo bom gosto quanto a mulheres..
Tinha um pescoço alto e elegante e o cabelo negro com nuances avermelhadas estava apanhado num carrapito. As maçãs-do-rosto eram salientes, o queixo firme e os lábios, muito generosos, davam-lhe um aspecto ligeiramente exótico.
Apesar da serenidade dos seus olhos e da impressão que transmitia de ter tudo debaixo de controlo, pela primeira vez na vida Wolfe percebeu o encanto que tinha o proibido. E a mente trouxe-lhe a imagem de uma pele de seda e uma cama com lençóis amarrotados depois de uma noite de intensa paixão.
Tinha esperado precisamente isso: uma mulher tentadora que se destacasse de entre as outras mulheres belas, justamente porque imitia uma promessa ardente.
Mas aqueles olhos eram uma mistura de ouro e âmbar, bordejados por largas pestanas escuras. Uns olhos que levariam qualquer homem a perder a cabeça, que lhe incendiariam o sangue e o fariam esquecer qualquer outra mulher
Uns olhos que poderiam levar alguém a matar por eles.
A morrer por eles…
Wolfe, que era um homem equilibrado, experimentou um desejo quase primitivo ao confrontar-se com aqueles olhos.
Afastou o olhar da fotografia e dirigiu-se ao seu chefe de segurança.
– E agora trabalha como criada num café na baía de Kura, no norte do país.
– Das sete da manhã às duas da tarde, de segunda a sábado.
Wolfe ergueu uma sobrancelha. Se não se enganava, o seu experiente chefe de segurança sentia o mesmo fascínio que ele.
– Gostas dela, não é verdade?
O homem sorriu.
– É muito agradável à vista. Mas é muito jovem para mim, e a minha mulher cortava-me o pescoço se fizesse algo mais que olhar… como tu sabes muito bem.
Wolfe concordou.
– A menina Corbett sabe que lhe tiraste esta fotografia?
– Tenho quase a certeza que não.
– Quase?
O outro homem vacilou.
– Foi agradável, mas tão distante que me interroguei se teria suspeitado de alguma coisa… mas depois verifiquei que tem uma postura distante para toda a gente. E dedica-se à cerâmica.
– De que forma?
– Faz pratos e objectos de cerâmica. E, pelos vistos, é bastante habilidosa.
– Tem namorado? – perguntou Wolfe de forma que a pergunta revelasse desinteresse, mas não o conseguiu.
– Não. E também não tem amigas. É uma rapariga muito solitária.
– As pessoas de Kura têm conhecimento do seu passado?
– Têm, mas não falam dele. É a última descendente de uma família tradicional. Parece que a mãe morreu ao dá-la à luz e o pai, que era polícia, só a trazia ali durante as férias; conhecem-na desde pequena.
– E não conseguiste sacar-lhes nada?
– As aldeias pequenas são todas iguais…. as pessoas sabem todas as coscuvilhices sobre os vizinhos, mas não contam nada a estranhos. Por acaso, e só por acaso, soube que era uma especialista em artes marciais.
– Já sabes que gosto de combates limpos – sorriu Wolfe.
O chefe da segurança, que o tinha ajudado a livrar-se de três arruaceiros armados numa rua de subúrbio sul-americano, sorriu ironicamente.
– Porque és letal com