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Sedução Diabólica. Barbara CartlandЧитать онлайн книгу.

Sedução Diabólica - Barbara Cartland


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parecia um pouco diabólica. Rake achou que os olhares lânguidos por baixo dos cílios longos e escurecidos eram tão artificiais como as coisas que ela dizia. Seria um erro não procurar conhecer todo o repertório dela.

      –Estou treinando alguns cavalos– respondeu–, e se tiver vontade, como espero ter, e passar por Park Lane, vou me dar a honra de aceitar o seu convite.

      Falou com seu cinismo habitual e olhou nos olhos da mulher, deixando bem claro que, no último momento, podia mudar de ideia e não aparecer, e que também, não estava lisonjeado nem muito interessado pelo convite.

      Agora que estava ali, tudo acontecera como já esperava… com exceção de Ofélia.

      Quando a porta do boudoir se abriu, sentia-se confuso, pensando no que teria acontecido com Jem Bullet e por que a garota havia dito que não recebia nenhuma pensão.

      Lá em cima, em um pequeno quarto, nos fundos, Ofélia perguntou a si mesma como podia ter se comportado de modo tão louco e estúpido, ao se encontrar, sozinha, com o Conde de Rochester.

      Sabia que a madrasta ia ficar furiosa, se soubesse. Agora, só podia rezar para que Bateson, o mordomo, tivesse suficiente tato e não dissesse que o Conde a havia encontrado arrumando as flores.

      Na verdade, naquele dia arrumou mais flores do que normalmente. Por isso, sabia que a visita do Conde era importante.

      Ofélia podia adivinhar a importância dos homens que a madrasta recebia, pela quantidade de flores que comprava.

      Hoje, havia mais do que nunca. Depois de arrumar os vasos do boudoir da madrasta, arrumaria ainda os dos salões Entretanto, ela dizia a si mesma que devia ter observado o relógio, pois sabia que tinha que desaparecer dali, antes que o Conde fosse levado lá em cima.

      –Como pude ser tão idiota?

      Olhou o espelho, apreensiva. Não estava preocupada com seu próprio rosto, mas com a face contorcida de ódio da madrasta, que lhe dava medo, quase terror.

      Ofélia sentiu-se aterrorizada, ciciante da ira da mulher que havia tomado o lugar de sua mãe. Era inteligente bastante, para saber que Circe não a punia pelos erros que cometia, e sim por ser atraente demais para uma enteada.

      Antes de sair da escola, já fazia ideia de como seria sua vida. Mas suas previsões não eram tão horríveis quanto a realidade. Agora, depois de três meses vivendo com uma mulher que a odiava, Ofélia imaginava quanto tempo ainda conseguiria aguentar.

      Nada do que fazia estava certo. E sempre que a madrasta a olhava, era com olhos cruéis e os lábios apertados. Não adiantava recorrer ao pai. Tudo que dizia era desmentido pela madrasta e o pai acreditava na esposa.

      Depois de dois anos de casados, ele continuava apaixonado, completamente dominado por aquela mulher que o escravizara, mal a esposa tinha sido sepultada.

      Ofélia não sabia, mas muita gente percebeu que George Langstone enviuvou no momento certo para Circe Drayton.

      O marido dela, um bêbado, havia morrido em duelo e o amante da época desaparecera imediatamente, porque não queria casar.

      Homens que gostavam de visitá-la e cortejá-la, quando o marido não estava em casa, oferecendo joias e vestidos, se recusavam a dar o que mais desejava; uma aliança de casamento.

      Sem dinheiro, sem amigas e com uma posição precária na sociedade, Circe olhou em volta, desesperada, procurando alguém que a salvassse e encontrou George Langstone.

      Ele era uma presa fácil, encantador, educado, esportista e rico. Um homem que sempre pensava o melhor de seus semelhantes. Circe concentrou nele todos os seus encantos, e alguns diziam até que havia usado magia negra para conquistá-lo. Segundo os boatos, Circe invocava o diabo, e logo a história se espalhou rapidamente.

      –Minha querida, ela é uma bruxa!– as mulheres comentavam.

      –Como Henry poderia evitar? Você sabe como ele é simples, nunca iria lutar contra bruxaria!

      Se não era Henry, era Leopold, Alexander, Lionel ou outros.

      Os homens pareciam coelhos hipnotizados por uma serpente, quando olhavam nos olhos de Circe, ficavam encantados, até que ela não mais os desejasse.

      Foi Lady Harriet Sherwood, sua amante, que fez com que o Conde se interessasse por Lady Langstone, pois ele próprio não tinha nenhuma intenção de seguir o destino de outras vítimas.

      –Ela é cheia de truques!– Harriet tinha dito, furiosa–, John foi dominado por ela e tenho certeza de que tudo isso é resultado de magia negra!

      –Acredita mesmo nestas bobagens?

      –Mas você conhece John! Ele é o melhor irmão que alguém pode ter. É calmo, sensível e nunca antes se importou com mais ninguém, a não ser com a esposa e a filha.

      –Talvez tenha chegado a hora dele resolver fazer algumas farras– o Conde comentou, cínico.

      –Farras? Aos trinta e quatro anos? Ele já passou desta fase há muito tempo! Não é culpa dele! É aquela mulher. A bruxa. Ele não tem jeito de escapar dela!

      Harriet se aborrecera por causa do irmão. Denunciou Circe Langstone e a magia negra com tanta fúria, que o Conde sentiu-se curioso.

      Tinha percebido o convite nos olhos dela, desde a primeira vez que a olhara. Sabia também que o modo como aquela mulher procurava ignorá-lo, era um desafio que muitos homens achavam irresistível.

      Agora, finalmente, ele estava sucumbindo, mas, não iria muito longe, disse a si mesmo. Só queria fazer um reconhecimento do terreno e ver se suas suspeitas eram verdadeiras ou falsas. Se ela tinha mesmo tanto poder de sedução ou tudo não passava de boato.

      Para Ofélia, ele era apenas mais um, na longa sequência de amantes da madrasta. Sentia-se mal em ver o quanto Circe traía o marido.

      Tudo que acreditava ser do mais sagrado, era desprezado por aquela mulher que tinha tomado o lugar de sua mãe, aquela mulher que dormia na cama de sua mãe e usava suas joias.

      Circe odiava a enteada. Ofélia desprezava a madrasta que era capaz de descer tão baixo, mas sentia também um medo físico, algo que nunca havia sentido antes.

      Agora, estava apreensiva, angustiada, sentindo uma dor no peito, imaginando o que aconteceria, se o Conde dissesse a Circe que ela lhe havia falado sobre Jem Bullet. Ao mesmo tempo, achava que tinha sido muito corajosa, pois talvez ele pudesse ainda salvar aquele pobre homem, que estava quase morrendo de fome.

      Foi a própria filha de Jem, que muitas vezes ajudava Ofélia a se vestir e pentear, quem lhe contara sobre as condições de penúria a que fora reduzido.

      –Acho que um cavalheiro como o Conde de Rochester– Emily tinha dito–, devia ter mais consideração e não deixar o meu pobre pai morrer de fome, depois de servi-lo durante tantos anos.

      –Claro que o Conde deu a ele uma pensão, quando o aposentou, não v ?

      –Nem um centavo, milady– Emily falou, sacudindo a cabeça.

      –Por que o seu pai não procura o Conde ?

      –Logo depois do acidente, ele não podia andar milady, e quando conseguiu caminhar com uma bengala, foi até o Castelo de Rochester procurar o administrador.

      –E o que ele disse?

      –Disse que ia fazer o que pudesse, mas o Conde era muito avarento com os que não podiam mais servi-lo.

      –Que desgraça! Não posso nem imaginar se papai se comportasse assim…

      Enquanto falava, sabia que, se o pai não era capaz daquilo, a madrasta era. Talvez outras pessoas da alta sociedade fossem mais parecidas com aquela víbora.

      Emily fez com que Ofélia sentisse tanta pena de Jem Bullet, que insistiu em visitá-lo. Foram de carroça, porque Lady Langstone nunca deixava a enteada usar a carruagem


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