Эротические рассказы

Cian. Charley BrindleyЧитать онлайн книгу.

Cian - Charley Brindley


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para iluminar o caminho – disse ele com um sorriso.

      – E onde você aprendeu navegação? – Kaitlin perguntou.

      Minha irmã estava sentada do outro lado da mesa, à direita do capitão, à minha esquerda, uma conversa tranquila entre Lillian e Cian, com a ajuda de Rachel, que estava sentada entre elas.

      – Bem – disse o capitão, virando-se para minha irmã e se interessando pelo assunto – o sextante em si aprendi quando não passava de um rapaz, com capitão Hampton. Um pouco mais tarde, a bordo do Rainha das Neves, com destino a Alexandria, no Egito, o capitão Lasiter me deu lições no astrolábio. Você conhece o astrolábio, senhorita Kaitlin?

      Ela balançou a cabeça.

      –Nem um pouco, capitão. Como funciona?

      Na verdade, Kaitlin conhecia o funcionamento de um astrolábio, bem como do sextante, mas ela obviamente queria manter a conversa com o capitão em rota náutica. Ela sabia que eu queria me preparar para minha licença de mestre para poder capitanear meu próprio navio algum dia e aprenderia muito com o capitão Sinawey. Ao mesmo tempo, ela gostava do homem, como eu, e queria afastá-lo das águas bravias.

      Kaitlin sentou-se conosco no jantar desta noite porque Cleópatra estava na cozinha, as duas se revezavam a cada noite, para que ambas pudessem ter um tempo social justo com a tripulação e os passageiros. Assim sendo, na noite seguinte seríamos agraciados pelos encantos da senhora rouca do Egito.

      O capitão Sinawey poderia ser um péssimo candidato a incitar galhofas sociais, mas era um marinheiro talentoso, especialista em vela e navios, com conhecimento de todos os mares do mundo. Ele não apenas conhecia profundamente sua profissão, mas também podia comunicar suas informações em um fluxo suave, entretendo confortavelmente a maioria das pessoas na mesa por horas.

      Doki fez uma pergunta sobre o Extremo Oriente e foi então que percebi, para minha surpresa, que quase uma hora havia se passado e as mulheres não estavam mais presentes. O Sr. Dortworthy havia se retirado para seus aposentos para cheirar perfumes e deitar-se sobre algumas peles mortas, enquanto isso, o capitão Sinawey havia levado eu e Doki de volta à Índia pelo Sri Lanka e explicado como o comércio de especiarias mudara o curso da navegação em mar aberto, finalmente, lançando as bases para a descoberta do Novo Mundo.

      Foi nesse momento que entendi a principal diferença entre o capitão Sinawey e Dortworthy; Stanley Dortworthy não tinha caráter algum, e o capitão era o mais honrado dos homens. Seu principal traço de personalidade repousava em sua quietude e despretensão, na verdade seu maior patrimônio. Quando ele escolhia falar, certamente alguém aprenderia algo de valor. Dortworthy falou apenas para ouvir o som de sua própria voz, em vez de se envolver em uma conversa real.

      Depois de me prometer um passeio pelo leme do Borboleta em meu próximo turno, o capitão Sinawey acendeu seu charuto e soprou uma nuvem de fumaça na direção do teto. Eu estava prestes a perguntar como era contornar o Cabo das Tormentas durante o inverno das extremidades Sul-americanas, quando as damas retornaram. Eu ainda não tinha acendido meu cachimbo e o capitão rapidamente apagou seu charuto, colocando-o cuidadosamente no bolso do paletó.

      –Ah, capitão, você não precisa deixar de fumar – disse Dona Lilian – Meu marido aproveitava um bom charuto depois do jantar em todas as noites de sua vida e isso nunca me incomodou.

      – Está tudo bem, dona Lilian, guardarei este para a próxima vigia na ponte.

      – Esta seria a da meia-noite … –  pausa – capitão Sinawey?

      – Esta seria… –  uma pausa igualmente perceptível – Dona Lilian.

      – Vimos a perna da dona Lilian – Rachel disse animadamente – É linda.

      –É mesmo? – Eu perguntei a minha sobrinha enquanto a levava no meu colo.

      – Parece exatamente como uma de verdade, ela pode dobrar, virar e tudo! – Ela pegou meu cachimbo e começou a prepará-lo com tabaco demais – E tem até mesmo tornozelo e pé!

      – É mesmo? – Eu olhei para Cian, que assentiu, depois olhei para Kaitlin.

      – Sim, é verdade – disse Kaitlin – é totalmente articulada e coberto com um vinil macio que a torna muito realista.

      – Onde você a conseguiu? – Eu perguntei à dona Lilian, pegando meu cachimbo de Rachel enquanto ela derramava mais tabaco da minha bolsa.

      – Em Nova York, o Dr. Cooper fez para mim, a clínica dele fica a apenas duas quadras do Central Park.

      Cidade de Nova York, infelizmente, esse era o último lugar do mundo que gostaria de visitar novamente.

      Kaitlin perguntou a dona Lilian o que ela pensava sobre voltar a Madri depois de quarenta anos na Argentina. Quando a senhora idosa disse que não tinha ideia do que esperar, o Capitão Sinawey a havia contado que depois da morte de Francisco Franco em 1975, a cidade de Madri, assim como toda a Espanha, passara por grandes mudanças. Segundo ele, a transição da ditadura para a democracia foi lenta e dolorosa, mas desde então o país desfrutava uma recuperação econômica e Madri era uma metrópole movimentada e feliz, garantiu que a cidade a receberia calorosamente e ela se sentiria em casa.

      Enquanto os três conversavam sobre o retorno de dona Lilian à Espanha, bem como sobre suas frequentes viagens à cidade de Nova York, Cian e eu nos afastamos.

* * * * * *

      Inclinamo-nos ao parapeito da circular varanda de popa, observando a luz prateada da lua iluminando o rastro da embarcação. Raramente tínhamos tempo para ficar a sós no navio, era bom poder estar na companhia um do outro agora. Não sei quanto tempo se passou sem uma palavra entre nós, talvez quinze ou vinte minutos.

      – Cian – eu disse.

      Ela se virou para mim sorrindo e levantou uma sobrancelha.

      – O que aconteceu com sua mãe?

      Ela olhou para o mar, alcançando minha mão e envolvendo-a nas suas. Vários momentos se passaram antes que ela falasse.

      – Quando você me levou para casa em minha aldeia, flutuamos naquele riacho de águas tranquilas. Ela olhou para mim —Lembra?

      – Sim.

      Na verdade, ela não falou tão claramente assim. Ela usava uma mistura de duas línguas, além de suas mãos, para expressar suas sensações, mas o que se segue é uma tradução bastante próxima do que ela disse.

      –Tive um pequeno vislumbre da mãe, ela comigo no barco árvore, naquele mesmo rio. Brincávamos e ríamos juntas.

      Ela olhou através das ondas para o horizonte e além. Eu a esperei organizar seus pensamentos.

      – Por muitas temporadas, eu não tive lembranças do tempo de criança, de minha mãe e nem da aldeia. Depois que você me levou para minha antiga vila, um pouco do meu passado voltou para mim. Algumas lembranças que haviam desaparecido com facilidade, voltaram-me alegremente, como aquele barco de árvore no riacho. Eu tinha um pouco mais que a idade de Rachel, talvez doze temporadas, e ainda corria sobre as duas boas pernas. Outros me atacaram com força, quase me esmagando com o peso deles. Mais tarde, em nossa viagem pelo rio Mãe até o oceano, muitas coisas ruins vieram até mim.

      – Cian – eu disse – deixe estar por enquanto.

      Eu tinha medo que pudesse ser traumático demais para ela.

      – Não – ela disse – há coisas que você deve saber. Quando você me levou na minha antiga aldeia…

      Ela sempre dizia que eu a levava para a vila, mas o tempo todo eu estava convencido de que ela estava nos levando para Alichapon-tupec. Subindo o rio Negro e depois entrando nas profundezas da mata, procurava a orientação dela, mas aparentemente, pensou que eu a estava levando a algum lugar.

      – Quando pousamos naquele lugar antigo, entrei na vila, no topo da margem do rio, e o pesadelo que me aterrorizava


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