A Última Missão Da Sétima Cavalaria. Charley BrindleyЧитать онлайн книгу.
isso que de repente se tornou este lugar estranho, um campo de batalha. E adivinhe quem venceu a batalha? Aforça mais bem armada e treinada do mundo. Se não tivéssemos aberto fogo, aqueles saqueadores teriam vindo até nós com suas espadas e lanças depois que acabassem com aquelas outras pessoas.”
Karina levantou a cabeça e enxugou suas bochechas. “Obrigada, Sargento. Você está certo. A soldado em mim tomou controle, mas agora eu estou de volta, tentando colocar as coisas em ordem.”
“Ei, Sargento,” Kawalski interferiu pelo comunicador. “Eu preciso de ajuda com a ferida no braço dessa mulher.”
“Já vai.” Alexander se levantou e estendeu seu braço a Karina.
Ela se puxou para cima. “Eu vou.” Pegou seu rifle e seu capacete, deu um rápido abraço em Alexander, e depois correu em direção à última carroça.
“Eu também nunca matei ninguém,” ele sussurrou, “até hoje.”
“Você se saiu bem, Sargento,” o soldado Lorelei Fusilier disse no comunicador.
“Merda,” Alexander disse. “Eu sempre esqueço que essa droga de comunicador está ligado.”
“Sim, Sargento,” Sparks disse. “Você fez bem a todos nós.”
“Tudo bem, chega de conversa. Nós estamos em um desafio completamente diferente agora, então vamos verificar as coisas com muito cuidado. E fiquem atentos. No calor da batalha, nós escolhemos um lado; agora vamos descobrir se escolhemos o certo.”
Capítulo Quatro
Karina ajoelhou ao lado de um soldado da infantaria, cuidando de um corte em sua coxa. A espada tinha ido até o fim, mas se ela conseguisse limpar a ferida e estancar o fluxo de sangue, ele iria se recuperar.
Deitado no chão e apoiado em seus cotovelos, o homem ferido a observava. Os outros soldados foram coletar armas no campo de batalha, e ela conseguia ouvi-los executando os atacantes que estavam feridos — cortando suas gargantas ou enfiando a espada em seus corações. Era bárbaro, nojento, e fazia sentir raiva, mas não havia nada que ela pudesse fazer sobre isso; então, ela apenas tentou afastar os sons enquanto trabalhava.
Ela finalizou os pontos da ferida e pegou o spray de bandagem líquida, mas antes que ela conseguisse aplicar, o homem gritou enquanto uma espada descia, perfurando seu coração.
“Seu filho da mãe idiota!” Ela se levantou em um pulo, afastando o outro soldado. “Você acabou de atacar um dos seus próprios homens.”
Ele cambaleou para trás, mas se apoiou em sua espada, retirando-a do corpo do homem. Karina olhou para o homem que havia sido apunhalado; sua boca estava aberta, proferindo um silencioso e débil clamor por ajuda enquanto seus grandes olhos olhavam para o céu. Então seus olhos se fecharam e seu corpo cedeu.
“Eu poderia ter salvado ele, seu idiota ignorante.”
O soldado riu e deu um passo em direção a ela, sua espada ensanguentada apontando para o estômago dela.
“Eu tenho a mira na testa dele, Karina,” Kawalski disse no comunicador. “Apenas me diga quando, e eu explodo a cabeça dele.”
“Estou com os olhos no coração dele,” Joaquin disse.
“E eu na veia jugular,” Lorelei Fusilier disse.
“Não,” Karina disse. “Esse merda é só meu.”
“Sukal!” uma mulher gritou atrás de Karina.
O homem olhou através de Karina, depois de volta para ela, ainda com aquele sorriso de esguelha no rosto.
Karina não conseguia ver quem era a mulher—ela tinha que manter seus olhos nos dele. “O que aconteceu com seus dentes, Sukal?” ela perguntou. “Alguém arrancou eles pra você?”
Sukal empunhou sua espada como uma cobra fazendo um feitiço em frente a uma vítima hipnotizada.
“A menos que você queira comer essa espada, é melhor você tirar ela do meu caminho.”
Ele se movia para frente. Ela se abaixou, rodopiou, e bateu em seu pulso com a mão, jogando sua espada para o lado. Sukal aproveitou a oportunidade de movimento para girar a espada e trazê-la novamente para a frente dela, mirando em seu pescoço.
Karina se jogou no chão, rolou, e espetou seus tornozelos. Ele caiu bruscamente, mas rapidamente se levantou.
Ela também estava de pé, em posição defensiva, pronta para seu próximo ataque.
Ele foi até ela, querendo seu coração.
Ela se insinuou para uma lado, empurrando a espada dele, mas foi para o outro e deu soco em seu olho.
Sukal cambaleou mais fincou sua espada na terra para se firmar. Ele agarrou a arma com as duas mãos, levantou-a acima de sua cabeça, e, berrando feito um touro furioso, correu para ela.
Karina ergueu seu joelho esquerdo e o torceu para os lados enquanto empurrava seu pé para a frente em um chute de caratê que levou sua bota de combate tamanho trinta e oito bem até o estômago dele.
Sukal se curvou, soltando a espada. Em seguida caiu de joelhos, abraçando seu estômago enquanto tentava forçar ar de volta para seus pulmões.
Karina encarou o homem ofegando por um momento, e então se virou para ver quem estava atrás dela. Era a mulher de cabelo escuro que eles haviam visto em um dos elefantes. Ela veio marchando em direção a Karina e Sukal, obviamente muito brava, e parou em frente a Sukal, com seus pés separados e as mãos nos quadris. Ela falou rapidamente, gesticulando em direção ao homem morto. Karina não precisou de um interprete para que saber que ela estava brigando com Sukal por matar o homem ferido.
Sukal estava começando a respirar novamente, mas ele permaneceu de joelhos, olhando para o chão. Não parecia nenhum pouco arrependido; provavelmente apenas estava esperando ela acabar de gritar com ele.
A mulher descarregou sua raiva, então se abaixou, pegou a espada de Sukal, e a jogou o mais longe que pode. Ela fez um último insulto que terminou com uma palavra que soou como, “Kusbeyaw!” Depois ela sorriu para Karina.
A palavra poderia ter significado “idiota,” “estúpido,” ou “merdinha,” seja lá o que fosse, certamente não era um comentário lisonjeador.
“Olá,” Karina disse.
A mulher disse alguma coisa, e quando ela percebeu que Karina não compreendia, tocou dois dedos em sua boca,depois em seu peito, e apontou para Karina.
“Tudo bem.” Karina observou Sukal escorregando. “Eu dei um bom chute naquele kusbeyaw.”
A mulher sorriu, e em seguida começou a falar, mas foi interrompida pelo oficial alto, aquele com o manto escarlate. Ele estava a dezoito metros de distância, e sinalizou para a mulher ir até ele. Ela tocou o braço de Karina, sorriu, e foi até o oficial.
Karina olhou ao redor do campo de batalha. Os soldados do comboio haviam pegado todas as armas e objetos de valor dos saqueadores. As mulheres e crianças foram tirar as roupas dos mortos, o que não parecia grande coisa; a maior parte era pele de animal desgastada.
“Eu acho que, neste lugar, tudo tem algum valor.”
“Parece que sim,” Kady disse. “Bom trabalho com aquele escroto, Sukal. Eu nunca vi alguém tão surpreso quanto ele ficou quando seu pé atingiu ele bem no estômago.”
“É, aquilo foi bom. Mas se eu não tivesse acabado com ele, eu acho que a garota do elefante teria conseguido. Ela estava irritada.”
“Eu me pergunto o que ela disse pra você.”
“Eu acho que ela estava querendo dizer que sentia muito por Sukal ter matado o cara que eu estava cuidando. A ferida era