Na Cama Do Alfa. Kate RudolphЧитать онлайн книгу.
do seu nome? Ou era só para fazer efeito? — Claramente Tim era o homem de frente para o poder real.
Tim fez uma careta, com os dentes meio arreganhados.
— Você zomba de mim, mas tem medo de vagar por seu próprio território sozinho?
O alfa não ficaria zangado, mas prometeu a si mesmo que teria o prazer de arrancar as entranhas desse homem se ele fizesse um movimento errado.
— Conheço minha própria força.
— Você é claramente mais fraco do que eu pensava. — Tim inclinou a cabeça ligeiramente com um sorriso malicioso. Estendeu a mão, abrindo os dedos lentamente. Assim que a palma ficou voltada para o céu, estalou os dedos em um padrão estranho e uma centelha de fogo apareceu. O bruxo a jogou de mão em mão.
— O que você quer? — Não se deixou distrair pelo fogo. Era isso o que Tim queria.
— Muitas coisas — Tim jogou o fogo para cima e o pegou, fechando o punho e apagando a chama. — Poucas das quais você pode me oferecer. — Ele olhou para a direita mais uma vez, apenas por um segundo, antes de se concentrar em Luke.
— Então por que me chamou aqui? — o alfa questionou, com os dentes cerrados. Havia sido atacado em suas próprias terras uma vez neste mês, e ele não queria que isso acontecesse novamente.
Tim não se ofendeu com seu tom, pelo menos não externamente.
— Preciso de informações.
— Você tem um jeito interessante de pedir isso. — Dizer ao homem para se foder não traria nada a Luke; na verdade, só pioraria as coisas. Uma parte sua não se importava. Mas ele reprimiu essa parte. Era inútil para ele no momento. — Que informação?
— Onde fica o Poço?
— Daí você pode envenenar minha água? — O que um bruxo poderia querer com um poço? E ele não podia encontrá-lo por conta própria? Nem Maya, nem Sinclair pareciam saber do que ele estava falando, embora não dessem nenhuma indicação externa. Foi a falta de reação deles que deixou Luke certo de que não tinham ideia do que o bruxo estava falando.
— Você é realmente tão sem noção? — Tim zombou.
Isso não o levaria a lugar nenhum, e como ele já havia revelado sua ignorância, não havia razão para não apostar tudo.
— Não tenho ideia do que você está falando. Não posso lhe dar informações que não tenho.
Tim vacilou por um momento e seus olhos se voltaram para a direita, dando um leve aceno de cabeça e endurecendo os ombros, esticando ainda mais o corpo.
— Você quer que a sua irmã morra? Nos dê a informação e tiraremos o feitiço. Continue com esta ignorância fingida e ela não viverá nem mais esta semana.
As garras explodiram da mão de Luke, prontas para rasgar a garganta desse filhote insolente.
— Está admitindo que foi você quem enfeitiçou a minha irmã?
Tim deu de ombros.
— São suas ações agora que decidem o destino dela.
Luke teve que conter a violência dentro de si. Matar essa bruxo não ajudaria em nada para resolver seu problema. Só iria piorar as coisas.
— Não é seguro que você vá até lá agora. O rio inundou, vou precisar tomar providências. — Um rio corria ao sul de seu território e chuvas excepcionalmente fortes haviam enchido as margens. Não havia poço na área, mas Luke esperava que o blefe lhe desse tempo.
— Você tem cinco dias. — Tim estalou os dedos e desapareceu, o ar tremeluzindo onde ele estava. O alfa mandou seus leões vasculharem a área, mas não havia sinal de bruxos. Era como se nunca tivessem estado ali.
2
Cassie não estava mais tendo convulsões. Isso era um progresso. Mel observou Krista cuidar da garota. A bruxa podia fazer milagres, mas contra um feitiço habilmente colocado e uma metamorfo recém-transformada que a havia ferido gravemente, ela estava tendo um pouco de dificuldade. Dois dias antes, Cassie havia mudado para sua forma de leão inesperadamente. Pior ainda, estava tão envolvida nisso que abriu um corte feio no braço de Krista. A ferida havia sido tratada e estava começando a cicatrizar, mas a constituição de uma bruxa não lidava bem com ferimentos graves. Por enquanto, Krista cuidava da garota quando tinha energia, mas nunca ficava sozinha com ela.
Com Luke e Maya caçando, Mel ficou de babá.
Ela ficou sentada lá por mais de uma hora em um silêncio quase confortável antes de uma comoção estourar, o som vindo da entrada.
— Parece que o alfa está de volta.
— Com certeza voltou. — Krista não olhou para Mel ao falar. Ela não sabia dizer se a raiva era devido à lesão ou pela história sobre a qual não estavam falando. Não sabia qual preferia que fosse.
Talvez Bob pudesse lhe contar, mas ele estava tentando rastrear quem tinha enfeitiçado Cassie. Ele tinha contatos que não compartilhava com as duas, mas iria buscar as informações. Isso já era alguma coisa.
Cassie soltou um miado patético e se virou para o lado, se enrolando em uma bola. Começou a tremer mais uma vez e o pelo brotou de seu braço forte e bronzeado. Krista recuou e deixou Mel assumir. Com uma mão agora experiente, ela segurou a algema que haviam prendido na parede e prendeu a jovem. Era degradante, uma coisa horrível de se fazer, mas Cassie concordava que era a única maneira de mantê-la segura, bem como a todos ao seu redor.
Mas a garota estava tão cansada da mudança quase constante nos últimos dois dias, que o tremor parou e ela caiu para trás, o pelo de seu braço recuando em sua pele, deixando a pele humana bronzeada em exibição. Os olhos castanhos da garota se abriram e ela deu um sorriso triste para Mel.
— Pelo menos não estou deixando de malhar.
Mel sorriu, mas não sabia como responder.
— Acho que ouvi seu irmão entrar — foi o que ela finalmente decidiu dizer. E isso pareceu animar a garota.
Cassie recuou até que pudesse se sentar contra a parede. Seus braços ainda estavam presos sobre a cabeça, mas ela não pediu para ser desamarrada. Mel não sabia se ela achava que iria se transformar de novo ou se simplesmente tinha se acostumado tanto com as algemas que nem as notou.
Maya entrou depois de alguns minutos, mas ainda não havia sinal de Luke. Mel soltou as restrições de Cassie e saiu em busca dele. Após procurar em todos os outros lugares do andar residencial, ela o encontrou em seu próprio quarto, sentado na cama com a cabeça apoiada nas mãos. Ela fechou a porta o mais silenciosamente que pôde, mas ele a ouviu e ergueu os olhos.
Por um momento, ele sorriu, embora seus olhos mantivessem as sombras que haviam se formado nos últimos dias. O sorriso desapareceu quando Mel não se moveu em sua direção. Ela se manteve quieta, forçando seus pés a não atravessarem o quarto para que ela pudesse abraçá-lo. Eles não tinham se tocado nos últimos dois dias e havia uma dor quase física com a falta de contato.
Mas ele não era seu companheiro.
Foi o comentário provocador de Bob que colocou o pensamento em sua cabeça quando eles estavam no México. E estava completamente errado. Ladras não se aliavam com alfas; nunca daria certo, não importava o quanto era bom beijá-lo e ser abraçada por ele. Como isso era impossível, ela não ia pensar a esse respeito. Roubo impossível era uma coisa – com planejamento estratégico e uma equipe sólida, ela conseguia quase tudo. Mas romance? Nunca.
Então Luke Torres não era seu companheiro e não havia nada que a fizesse dizer o contrário.
— Imagino que não foi bem? — ela perguntou.
Luke balançou a cabeça. Ele se moveu para um lado da cama para dar a ela espaço suficiente