Laços Que Unem. Amy BlankenshipЧитать онлайн книгу.
separados quase no minuto em que colocaram os pés na montanha. Durante a sua estadia em Los Angeles, o pai dela nunca tinha precisado dela para nada, então ele tinha-a tido sempre para si só. Ele não era bom a partilhar com outros.
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Hunter afastou o pensamento enquanto se desencostou da ombreira onde tinha estado encostado. Bastou ver Angel a dar aquele beijo inocente ao seu namorado para deixar um mau gosto na sua boca assim como uma vontade de bater em alguma coisa... preferencialmente em Ashton Fox. Foi preciso todo o seu autocontrolo para se impedir de a seguir assim que a viu afastar-se dos outros.
Ele conseguiu perceber o momento em que Tristian reparou que ele ali estava porque os seus passos aceleraram.
Ele e Tristian tinham sido melhores amigos desde que ele se lembrava, mas nos dois últimos anos, ambos tinham conhecido o lado mais negro um do outro... tudo porque a Angel os deixara. Ele observou Tristian enquanto ele encurtava a distância entre eles depois estudou a sua expressão.
Erguendo os seus lábios num sorriso aberto, Hunter dirigiu-se a ele. - Fico feliz de ver que sobreviveste ao helicóptero - gozou Hunter ao apertar o ombro de Tristian com uma mão amigável, depois acenou para cumprimentar o outro.
- Pois, um dia vou pegar num lança-granadas e explodir com aquela coisa - Tristian encolheu os ombros enquanto Hunter se riu. Mudando de assunto, acrescentou. - Pelo menos é toda a gente que temos esperado para passar a semana. O último dos convidados saiu há uma hora, então agora só resta a famÃlia e amigos. Acho que nunca vi este sÃtio tão vazio, mas sabe muito bem.
Observando a reação de Hunter atentamente, Tristian deu um passo atrás para que pudesse apresentá-los. - Hunter Rawlins... Este é Ashton Fox.
Ashton esticou a mão e apertou a mão de Hunter com muita força quando se cumprimentaram. Ele estava à espera que Hunter apertasse a mão de volta e ficou surpreendido por ele não o fazer. O Ãndio manteve o aperto de mão amigável para coincidir com o sorriso que tinha.
E pensar que ele tinha estado preocupado por ir conhecer o rapaz Apache de quem tinha ouvido Angel falar tanto. Quem a ouvia falar sobre Hunter e Ray⦠podia pensar que eles conseguiam andar sobre água, assim como fazer tudo o que alguma vez se viu um Ãndio fazer nos filmes.
- Bem-vindo ao santuário - Hunter repetiu a mesma coisa que teria dito a qualquer convidado. - Estás pronto para te divertir esta semana? - As palavras soaram como uma espada de dois gumes nos seus ouvidos, mas o outro homem não pareceu fazer ideia.
- Porque não? - Ashton sorriu, contente por ainda não ter de libertar a sua testosterona. - Mas primeiro, acho que preciso de um banho e de relaxar um pouco depois de estar a voar durante quase dez horas de seguida.
- Não digas mais - disse Tristian, levando-o até à entrada principal. - Hunter, que quarto é que arranjaste para ele ficar durante a semana?
- Eu vou buscar a chave - disse Hunter, passando por eles em direção ao átrio dando um espetáculo ao abrir o livro de registos como se estivesse a ver a lista de nomes.
Ele sabia exatamente onde tinha colocado Ashton⦠mesmo ao lado do quarto onde o Ray ficava para ter fácil acesso, só não era o fácil acesso que o namorado gostaria de ter. Ashton Fox tinha tido um de dois quartos que pareciam desaparecer depois da esquina do salão do primeiro andar, do outro lado da, enorme, piscina interior⦠afastados de todos os outros quartos.
Dando a volta, Hunter tirou a chave certa da parede e entregou-a a Tristian. Olhando para Ashton, deu a entender que era algo bom. - Está com sorte, pois mesmo ao lado do quarto seu ficam a piscina interior e o ginásio.
Tristian no número da chave virado de costas para Ashton enquanto disfarçava a sua expressão. Ele estava contente por Hunter não ter posto Ashton perto do quarto de Angel, mas pensou que fosse ser, pelo menos, no mesmo quarto⦠não que ele se fosse queixar. Se o são plano corresse bem, Ashton não iria ficar a semana inteira.
- Está tudo pronto para a festa na piscina? - perguntou Tristian, sabendo que Angel adorava nadar. Ele queria, desesperadamente, lembrar-lhe todas as coisas que ela estava a perder desde que se tinha mudado.
Hunter acenou. - Sim, os filhos de Carley convidaram vários amigos para passar a noite e já abriram o bar havaiano para se servirem - vendo o ar que Tristian lhe lançou, acrescentou. - Jason deu os quartos ao lado do seu e das suas irmãs aos seus convidados⦠não que eles vão dormir lá.
- Bem verdade - Tristian sorriu sabendo que entregar-lhes os quartos extra era para mostrar, apenas. Ele odiava o facto de os seus primos agirem sempre como se fossem donos do hotel quando, na verdade, quando não passavam de parasitas que não faziam nada para merecer o seu sustento. Eles tinham fama de trocar de namorados e namoradas cada mês, cada semana⦠às vezes cada dia. A única coisa para que serviam era sexo⦠fora isso, os seus parceiros nunca permaneciam muito tempo.
- Vemo-nos por aà mais tarde - anunciou por cima do ombro.
Quando Tristian partiu com Ashton, Hunter virou-se e agarrou a chave para o melhor quarto que havia no santuário⦠uma das suites nupciais no quarto andar. Não era como se alguém fosse a fosse usar durante esta semana e, provavelmente, Angel iria adorar ficar numa.
- Quem vai ficar na suite nupcial?
Hunter voltou-se, vendo Ray logo do outro lado da esquina com a caixa de foguetes segura debaixo do seu braço. Ele e Ray tinham estado numa situação estranha desde que a mãe deles tinha morrido há um mês. Tinham declarado tréguas, mas ambos sabiam que era uma situação muito frágil. Ele amava o seu irmão, mas ultimamente Ray tinha estado a agir de forma estranha o suficiente para que ele estivesse em alerta máximo.
- Então, decidiste lançar os foguetes esta noite? - Hunter mudou, rapidamente, o assunto enquanto colocava a chave no seu bolso.
Os olhos escuros de Ray seguiram o movimento protetor, mas deixou passar por agora. - Sim, queremos que a semana tenha um começo explosivo, não queremos?
- Claro. Vens à festa na piscina mais logo? - perguntou Hunter, não gostando que Ray estivesse de olho nele.
- Sim, eu vou estar⦠por perto - respondeu Ray com um olhar elevado enquanto tirava alguns fósforos de uma taça na secretária e os atirava para a caixa de foguetes antes de se virar para sair.
Hunter ficou onde estava até Ray estar fora de vista, depois levou, lentamente, a mão ao bolso e retirou a chave. Virando-se, começou a pendurar a chave de volta no sÃtio dela, mas decidiu colocá-la numa das gavetas da secretária. Virando-se para o chaveiro, abanou os dedos como se estivesse a pensar, depois tirou a chave do quarto ao lado do seu.
Ele sentia-se mais tranquilo se conseguisse manter Angel debaixo de olho⦠especialmente à noite.
CapÃtulo 2 âSegredosâ
Angel ficou de frente para as portas de vidro olhando para a sua avó. Ela calculou que Isabel Hart fosse estar na enorme marquise a olhar para os jardins nesta altura do dia. Ela sentiu um aperto no peito ao ver a sua avó a tocar nos botões da cadeira de rodas enquanto se aproximava das portas do terraço que levavam para fora do jardim.
A última vez de que tinha visto a sua avó, ela estava de pé e emproada, limpando as lágrimas da face enquanto lhes disse adeus. Colocando a sua mão contra as enormes portas de vidro, Angel respirou fundo e abriu-as.
- Avó! - Angel sorriu e correu toda a sala em direção a ela. O seu sorriso brilhou ainda mais quando os olhos da sua avó se abriram de alegria. Inclinando-se, Angel deu-lhe um abraço sentido. - Oh céus, senti tanto a tua falta!
Isabel fechou os seus olhos desfrutando do abraço sincero.