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Vampiros Gêmeos. Amy BlankenshipЧитать онлайн книгу.

Vampiros Gêmeos - Amy Blankenship


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sabia que os anciãos eram muito mais poderosos do que isso, mas até mesmo o vô Hogo não tinha certeza se os vampiros de sangue puro podiam resistir a seus dardos espirituais. Uma vez, ele havia lhe dito que o dardo espiritual não era nada mais que a luz solar concentrada em uma arma que só poderia ser evocada por uma sacerdotisa ou um guardião.

      Kyoko viu um punho chegar em seu rosto e virou a cabeça para o lado sabendo que não tinha tempo para fazer nada para detê-lo. Se ela desse tempo para eles brincarem, então haveria consequências e ela estaria no lado perdedor. Sentindo o impacto das juntas dividirem a pele de sua bochecha, ela de repente cruzou a linha entre chateada e irritada.

      A última coisa que precisava era chegar em casa como se tivesse estado em uma luta de gangue. Ela rosnou quando o falastrão aproximou-se o suficiente para cortar a camisa dela quase toda, deixando quatro arranhões profundos em seu peito esquerdo.

      "Pervertido," ela sibilou para ele, sabendo que ele tinha feito isso de propósito. O sorriso bobo que ele lhe deu confirmou sua suspeita.

      Sua mãe se preocuparia se ela chegasse em casa ferida, mas o vô Hogo simplesmente a ajudaria a se tratar e deixaria ela ir para a cama. Ele sabia que ela se curava dez vezes mais rápido que um humano normal. Ele passara os últimos anos a treinando para ser o que ela se tornou.

      Seu avô sabia sobre ela muito antes de ela ter nascido... ou pelo menos ele dizia isso. Os velhos pergaminhos transmitidos pela família falavam sobre o cristal do coração guardião... e a sacerdotisa que o possuía.

      No começo, ela não acreditou nele, mas seu pensamento mudou abruptamente quando tinha apenas dez anos de idade. Ela o viu lutando contra um vampiro enquanto ele estava levando ela para casa depois de uma noite de festa de aniversário de Tasuki. Ela tinha se divertindo tanto que ficou lá depois que as outras crianças tinham ido para casa.

      Quando foram atacados, foi muito estranho ver um homem com sua idade se mover com a mesma graça letal de um guerreiro habilidoso. O que era ainda mais estranho era que o demônio fora muito real. Ela correu para ajudar seu avô e atingiu o monstro nas costas com o punho... foi quando ela viu o dardo espiritual pela primeira vez. Ainda estava na sua mão quando o vampiro derreteu.

      Uma vez terminada a luta, Kyoko se lembrou de perguntar ao avô o que exatamente o atacara. O avô Hogo explicou então que, embora ele fosse forte o suficiente para lutar contra demônios, ele não tinha o mesmo poder que Kyoko nem a habilidade de curar-se tão rapidamente de lesões.

      Ele insistia que ela nascera com um dom. Ele parecia orgulhoso de testemunhar que aconteceu durante sua vida. Isso levou a uma longa explicação de que o vampiro estava, na verdade, atrás dela, que os demônios a estavam perseguindo desde seu nascimento... por causa do poder sagrado que ela guardava dentro de sua alma.

      Ele não sabia para que as criaturas poderiam usá-lo, mas o desejo delas por ele só foi se tornando mais forte ao longo dos anos. O avô chegara à conclusão de que talvez o poder tivesse sido colocado dentro dela apenas para atrair os demônios até si, para que ela pudesse destruí-los.

      Kyoko ainda tremia de repulsa com aquela notícia. Às vezes, ela se perguntava sobre o que mais seu avô estava escondendo. Uma coisa era certa... ela nunca mais olhou para ele da mesma maneira desde então... nem Tasuki, porque Tasuki os seguira para casa naquela noite e foi testemunha da luta. Isso só tinha feito estreitar os laços entre ela e Tasuki.

      Ela sacudiu a memória de sua mente enquanto ela se concentrava na luta. Ela rapidamente decidiu que o falastrão tinha de ser o próximo a morrer antes que ele de alguma forma descobrisse uma maneira de despi-la lentamente.

      Ela baixou os braços... fingindo dor para que ele fosse até ela mais uma vez. Apesar de sua natureza geralmente sexual, ela se perguntou se todos os vampiros eram pervertidos ou se eram apenas aqueles que ela conheceu. Quando ele se jogou nela e a derrubou, ela observou o medo se registrando em seus olhos excessivamente brilhantes. O dardo espiritual o empalou no último lugar que ele imaginaria.

      Yuuhi observou silenciosamente sua luta se perguntando como uma simples fêmea humana poderia tomar tanto castigo e ainda estar lutando. Uma garota normal sequer lutaria. Elas simplesmente cairiam sob a servidão dos vampiros e fariam o que fossem mandadas a fazer. Ele não estava satisfeito com essa direção. Ele havia engendrado esses três vampiros no ano passado... querendo saber como seria ter irmãos.

      A única família que ele tinha era o seu senhor... Tadamichi. Ultimamente, a atenção do mestre havia se deslocado dele... para o irmão gêmeo que havia retornado à cidade.

      Com intuito de afastar sua nova família da agitada vida noturna da cidade e do perigo do conflito que se aproximava entre os gêmeos, Yuuhi havia decidido fazer uma viagem para fora da cidade, onde a atenção deles seria focada exclusivamente nele.

      A cidade era um lugar grosseiro para aprender os conceitos básicos de sua espécie, e ele achou que os subúrbios seriam melhores para testar as habilidades deles. A prole de novos vampiros da cidade era desleixada e lembrava-lhe de algo como animais famintos. Durante a sua viagem a esta pequena cidade, eles conseguiram, de fato, conquistar novos recrutas. No entanto, os vampiros novatos continuavam desaparecendo sem deixar rastro.

      No começo, Yuuhi acreditava que os novos híbridos acabavam indo embora... abandonando-o. Mas agora ele sabia a verdade. Eles estavam sendo assassinados um de cada vez por nada mais que uma fêmea humana. A criança do demônio escondia bem suas emoções enquanto ele observava os irmãos que ele mesmo havia gerado serem mortos. No fundo, ele estava um pouco bravo... mas mais curioso.

      Talvez isso tirasse a atenção de Tadamichi de seu irmão gêmeo. Ele se importaria que alguém estivesse matando sua família?

      Kyoko assistiu com satisfação o último vampiro começar a derreter, e sabia que só demoraria cerca de uma hora para que as poças tivessem desaparecido sem deixar rastros. Ela esfregou a parte de trás de sua mão em sua bochecha, deixando uma trilha de sangue em seu caminho enquanto ela procurava o pequeno garoto esquisito.

      Yuuhi se deslocou para as sombras, onde ela não podia mais vê-lo. Um sexto sentido lhe disse que não queria se meter com a garota naquele momento, embora ele não tirasse os olhos dela ou do jeito que ela segurava aquela estranha arma brilhante na mão.

      Kyoko piscou na escuridão, achando bastante perturbador a criança ter desaparecido.

      "Eu o assustei?" Ela se perguntou, se recusando a se mover. Ela olhou para o local onde a criança estava parada. Minutos passaram... horas... ou talvez fossem apenas alguns batimentos cardíacos. Finalmente, liberando seu punho cerrado e deixando o dardo espiritual desaparecer... ela encolheu os ombros.

      Os lábios de Yuuhi sugeriram um sorriso maligno quando Kyoko pegou seus livros caídos e começou a andar de novo. Ele percebeu que ela se aproximava dos objetos ao redor dela e sua aparência mudava e se transformava até que ela tivesse passado... como uma aura mágica. Ele olhou para as árvores à frente dela. A parte superior das árvores era como garras pretas que alcançavam o céu... mas quando ela se aproximou delas, elas se tornaram uma coisa linda... até que ela estivesse mais uma vez fora do seu alcance.

      Seu olhar negro a encontrou como se fosse um alvo. Movendo-se pelo ar parado, ele a seguiu. Ela seria uma nova adição poderosa à sua família de escuridão... um presente para seu senhor. Ela tinha um alto instinto de sobrevivência, ao contrário dos tolos descuidados que acabara de matar. Agora mesmo, havia uma pequena trilha de sangue na calçada; como se estivesse a persegui-la, mas ela não o percebera. Ela tinha magia dentro dela e ele queria ser uma parte dela... para ver coisas que ele não tinha visto desde sua transformação.

      *****

      O avô caminhava de um lado


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