Uma Luz No Coração Da Escuridão. Amy BlankenshipЧитать онлайн книгу.
e ficou conversando com a Suki através da cortina.
Shinbe estava falando com uma voz fina para enganar Suki, se passando pela vendedora do setor, e se ofereceu para ajudá-la a fechar o zÃper.
Suki havia aceitado a oferta de ajuda e virou as costas para a cortina. Kyoko quase caiu quando Shinbe saiu voando pelo provador e aterrissou contra a parede do outro lado.
Kyoko perguntou à Suki como ela tinha percebido que era Shinbe e Suki respondeu:
â Não acho que eles iriam deixar uma lésbica trabalhar no provador feminino, então quando ele colocou a mão dentro do meu vestido em vez do zÃper, foi tipo uma entrega de jogo.
â Coitado do Shinbe â suspirou Kyoko enquanto tirava uma blusa cropped branca com mangas de seda que tinham forma de sino do cotovelo ao pulso e fluÃam bem. Na verdade, ela achava a blusa bem bonita. A fazia lembrar de um manto de anjo, mas sexy. Era curta o suficiente para mostrar a sua barriga e combinava bem com a minissaia preta agarrada no quadril que ela também tinha comprado.
Depois de se vestir e encontrar os sapatos que queria, ela prendeu parte do cabelo ao redor das orelhas e fez um penteado alto atrás, mas deixando o resto do cabelo solto, de forma atraente. Usando um pouco de maquiagem e um colar segurando uma pequena lágrima de cristal, ela se considerou pronta para o que quer que fosse que a Suki estava tramando.
Ela desejou secretamente que pudesse ter dito a Kotaro para onde estavam indo, mas nem ela sabia a resposta para isso. Mordeu o lábio inferior percebendo que já estava sentindo falta dele, então tentou enterrar o sentimento melancólico, sabendo que Suki notaria.
A última coisa que ela precisava esta noite seria sua melhor amiga fazendo um milhão de perguntas que ela não queria responder.
*****
Shinbe passou os dedos pelas mechas azuis que brilhavam por dentro de seus cabelos escuros enquanto se apoiava contra a porta sorrindo. Ele correu para o apartamento da Suki quando ela ligou dizendo que ela iria sair à noite e que não era para ele ir lá.
â Ela está muito maluca se achar que pode se livrar de mim tão fácil â Shinbe ergueu uma sobrancelha enquanto esperava.
Quando Suki abriu a porta com o cabelo ainda enrolado em uma toalha, as primeiras palavras de Shinbe foram:
â Aaah, perdi você tomando banho, Suki? â sorriu ele, vendo a sobrancelha de Suki se contraindo.
Assim que conheceu Suki e Kyoko, ele sentiu a necessidade de ficar perto delas em todos os momentos. Ele e Suki, Toya e Kyoko costumavam sair juntos.
Suki sabia que Shinbe se considerava "seu namorado" apenas porque ele era o único que ela namorava, mas Suki nunca havia concordado em ser sua namorada. Ela tentou esconder o rubor que ameaçava surgir e assumir seu rosto quando retrucou:
â Precisa de água sanitária e uma bola de demolição para limpar sua mente suja.
Ele se aproximou mais dela, bloqueando todo o resto enquanto seus olhos de ametista escureciam atraentemente.
â Se você me deixar entrar, acho que a gente pode encontrar uma razão para você tomar outro banho.
Suki sentiu que seus batimentos cardÃacos aceleravam ao som de sua voz rouca e deu alguns passos para trás quando ele deu vários passos para a frente, fechando a porta atrás de si. Decidindo não o deixar tomar vantagem, ela lhe deu seu melhor olhar de advertência e foi recompensada quando ele parou de persegui-la. Se ele descobrisse o quanto ele já a tinha conquistado, ela realmente estaria em sérios problemas.
â Ei, Shinbe, olha, tenho que terminar de me arrumar porque tenho planos esta noite com uma amiga. Já te disse no telefone, lembra? â Ela sabia que ele viria de qualquer jeito, mesmo se fosse para tentar descobrir para onde ela estava indo.
Tirando a toalha da cabeça, os longos cabelos ainda úmidos, Suki dirigiu-se para o banheiro ainda falando alto o suficiente para que ele pudesse ouvi-la.
â A gente pode fazer alguma coisa amanhã à noite, ok?
Shinbe inclinou-se contra o bar que separava a cozinha da sala de estar. Ele estava prestes a começar a expressar suas queixas quando seu olhar caiu sobre um folheto largado na bancada. Pegando-o, ele rapidamente leu a página. Suas duas sobrancelhas se ergueram em entendimento.
A MAIOR E MELHOR BOATE DA CIDADE
CLUB MIDNIGHT
SEXTA-FEIRA ESPECIAL
NOITE DAS MULHERES
As palavras noite das mulheres estavam circundadas. Shinbe ergueu uma sobrancelha enquanto colocava o papel de volta na bancada e andou em direção ao banheiro. Ele escondeu o sorriso quando entrou sem bater e deslizou atrás de Suki enquanto ela estava com a escova prestes a deslizar pelos cabelos.
â Amanhã, então - sussurrou Shinbe sedutoramente em sua orelha e mergulhou seus lábios para baixo para beijar seu ombro. Ele se virou para sair sem dizer outra palavra, escondendo um sorriso travesso.
Suki permaneceu imóvel, olhando para o espelho, sem gostar das vibes que acabara de ter. Não era normal Shinbe não implorar e insistir com ela. Não querendo olhar os dentes de um cavalo dado, ela se apressou e terminou de se arrumar. Com medo agora de que Shinbe tivesse algum plano, Suki decidiu que iria para o apartamento da Kyoko um pouco mais cedo do que o planejado.
*****
Vários quilômetros de distância, olhos vermelhos penetrantes olhavam pela janela de uma suÃte de cobertura com vista para a cidade. Ondas longas de cabelo preto e sedoso caÃram em cascata pelas costas nuas em contraste com a pele tão pálida quanto a lua. Seu rosto angélico era impressionante, com ângulos bem definidos, e seu corpo era magro e firme como o do deus mÃstico Adônis.
Seu corpo nu brilhava do luar, os músculos dançavam com cada movimento que ele fazia. Ele era lindo para qualquer um que olhasse para ele, mas sua alma escura era mal-intencionada e mortal. Um sorriso agraciou seus lábios perfeitos enquanto seus pensamentos se voltavam para os acontecimentos da noite anterior.
Afastando-se da janela, começou a se preparar para a noite. Seu olhar se desviou para a cadeira estilo Rainha Ann ao lado da lareira e da jovem universitária que estava sentava sem vida nela. Hyakuhei sorriu quando pensou no sangue fresco que ele tinha jantado na noite anterior.
â Pena, ela era uma menina tão linda â lambeu os lábios lembrando o prazer de ter tido a menina e se alimentado dela. Ele nunca iria se cansar das jovens que atraÃa e tomava para si.
Esta noite, ele visitaria uma boate popular para caçar sua presa e precisava ter certeza de que seus "filhos" estavam ocupados. "Noite das Mulheres" era sempre perfeita para escolher a presa e era um buffet sem fim de carne para os noturnos.
Ele era um poderoso senhor dos vampiros e ninguém ousaria irritá-lo ou questionar sua força. O prazer tinha sido seu único desejo há mais de mil anos, mas agora ele queria mais. Ele queria o que era legÃtimo dele. Um olhar franzido enfeou seu rosto enquanto ele ponderava sua busca, o objeto que se tornara sua obsessão: o lendário Cristal do Coração Guardião.
Acreditava-se que o cristal sagrado era uma joia que tem o poder de dar a um vampiro a habilidade de caminhar além da noite e sob a luz do dia. Na lenda, diz-se que uma menina com sangue puro e o coração de uma criança possui a joia dentro do corpo. Ela seria uma sacerdotisa do mais alto ranking e poder, a protetora e detentora do Cristal do Coração Guardião.
Seu olhar sombrio voltou para o céu noturno, onde uma lua vermelha de sangue apareceu acima.
â Perdi você uma vez, querida sacerdotisa, mas não se engane, vou encontrá-la novamente.