Uma Luz No Coração Da Escuridão. Amy BlankenshipЧитать онлайн книгу.
Correndo até Shinbe, Suki tremia quando tentou ajudá-lo a se levantar.
â Quem era aquele homem que desapareceu com Kyoko? â Ela olhou para Shinbe preocupada, quando ambos se viraram e correram pela porta para encontrá-los.
â Ele simplesmente desapareceu?
Eles saÃram do prédio e olharam freneticamente e não viram nenhum vestÃgio do homem ou Kyoko em qualquer lugar.
Virando-se para Shinbe, os olhos de Suki marearam. Sentia que estava à beira das lágrimas.
â Cadê eles? Aquele homem sequestrou Kyoko! â Ela estava tremendo de medo. O que tinha começado como uma noite divertida tinha se transformado em um pesadelo.
â Calma, Suki. Vamos encontrá-la. Toya também está aqui. â Shinbe procurou ansiosamente pelo amigo. â Pensei que ele estava logo atrás de mim!
A preocupação rapidamente se transformou em raiva agora que a ficha caiu e ele viu que Suki estava segura e ao seu lado. Uma sombra de piedade cruzou seus olhos assombrados enquanto pensava no passado.
â No que diabos você estava pensando? Algo poderia ter acontecido com você e não dava para eu saber onde você estava! â Ele a agarrou bruscamente pelos braços quando seus olhos de ametista escureceram possessivamente.
Os lábios de Suki se estreitaram com a raiva de Shinbe. Qual é a dele? Não era como se ela nunca saÃsse com as amigas. Seu olhar se fixou no dele quando sua própria raiva começou a subir.
â O que você quer diz... â suas palavras foram interrompidas quando seus lábios se chocaram contra os dela em um beijo abrasador e de parar o coração.
Shinbe estava tão preocupado com ela que não conseguia impedir os sentimentos que se precipitaram. Ele queria ter certeza de que podia sentir cada emoção que estava percorrendo suas veias naquela hora. Ele a abraçou fortemente, jurando para si mesmo que nunca mais perderia Suki de vista.
Suki gemeu suavemente pela intensidade do beijo de Shinbe. Era como se estivesse descobrindo cada emoção nua e crua dentro de sua alma. Ela poderia praticamente senti-la com a ponta dos dedos quando agarrou os ombros dele, sabendo que se ela soltasse, não conseguiria ficar de pé, pois suas pernas acabavam de se transformar em geleia, então ela se segurou como se fosse para salvar sua vida.
Sua mente ficou em branco por um momento e ela esqueceu que estava brava com ele ou que Kyoko acabara de desaparecer. Tudo o que ela podia sentir era Shinbe e um amor que sem dúvida duraria mais que os dois.
Suavemente, ele relaxou o abraço, terminando o beijo esfregando o nariz contra o dela. Seus olhos se encheram de alÃvio, mas ainda estavam escuros de desejo. Balançando a cabeça ligeiramente, ele tentou se concentrar na situação em questão e pela primeira vez, sua mente pervertida não vagou pela sensação do corpo macio de Suki em seus braços. Afinal de contas, essa sensação existia durante muitas vidas.
â Algumas coisas estão acontecendo e você precisa saber disto. Não era seguro para você e Kyoko saÃrem sozinhas esta noite. Vou explicar enquanto procuramos Toya. Acho que Kotaro está aqui também em algum lugar. â Shinbe envolveu um braço protetor ao redor dela enquanto se dirigiam ao estacionamento para encontrar Toya.
Por um momento, Suki ficou atordoada para fazer qualquer coisa, mas acenou com a cabeça.
*****
Toya correu pelo estacionamento, amaldiçoando Shinbe sair correndo na frente. Ele teve que sair do carro no lado do passageiro, uma vez que percebeu que não podia sair do seu lado. Na pressa de chegar a Kyoko, ele havia estacionado muito perto de um muro. Infelizmente, ele também descobriu isso quando tentou abrir a porta e bateu no muro, dando uma amassada no carro.
Isso não foi realmente o que o atrasou. Quando ele saÃra correndo do estacionamento a uma velocidade vertiginosa, um garotinho apareceu do nada e colidiu com ele. O impacto foi tão súbito que o derrubou. Quando ele se endireitou o suficiente para ficar de pé, rapidamente ofereceu ao menino uma mão para ajudá-lo a se levantar.
â Ei, garoto, você está bem? â Toya recolheu a mão quando o menino sibilou e correu na direção oposta como se o próprio Satanás o perseguisse.
Toya deixou de lado a sensação assustadora que o menino tinha deixado e olhou para a boate de dois andares. O sentimento estranho voltou dez vezes mais forte quando notou a sombra de um homem que carregava alguém em uma das janelas no último andar. Havia tantas coisas erradas com aquela pequena cena.
Seus olhos brilhavam, prateados, seus sentidos reconhecendo coisas que ele ainda não entendia. Tudo isso o deixou com a sensação de que alguém acabara de pisar sobre seu túmulo.
Quando se aproximou da boate, Toya grunhiu aborrecido ao perceber que havia duas entradas. Uma parecia ser a entrada principal e a outra estava muito lotada. Decidindo ir pela principal, ele abriu caminho entre a multidão.
â à melhor que ela esteja bem... quando eu a encontrar, vou algemá-la permanentemente, ela gostando ou não. Marcas de prata começaram a se fortalecer dentro do ouro de seus olhos enquanto ele procurava Kyoko.
*****
Kyou abriu caminho pelo beco atrás da boate com Kyoko segura firmemente em seus braços. Sua mente estava preparada e ele levaria a garota para sua casa temporária para se recuperar. Ele olhou para a cobertura na rua bem em frente à boate. Ela estaria segura com ele, mas ele teria que ter cuidado. Ele podia sentir o servo de Hyakuhei dentro da escuridão que cercava a boate.
Seu maxilar apertou-se quando ouviu um grito fraco na distância e sabia que outra vÃtima havia sido encontrada. Olhando para a menina adormecida, seus olhos dourados se suavizaram. Por enquanto, ela seria seu segredo. Ela era leve como uma pluma e parecia tão frágil.
Ele não conseguiu compreender como essa menininha tinha um espÃrito tão ardente, mas uma alma tão pura. E "Toya", ela falou o nome de seu irmão morto como se ela o conhecesse. Como poderia ser possÃvel?
Seus pensamentos pararam quando ele sentiu uma poderosa criatura noturna à frente, ao mesmo tempo que um cheiro de sangue chegou ao seu nariz. Ficando tenso, ele reconheceu a aura do licantropo que protegera Kyoko mais cedo, mas que depois a abandonara, deixando-a em perigo.
Não querendo que a menina se machucasse se ele precisasse lutar, Kyou a pousou suavemente no beco e seguiu o cheiro de sangue que vinha da esquina. Se o lobo tivesse abatido um humano, a garota pode não estar segura ao redor dele. Sabia-se que alguns lobisomens se perdem quando a ira entra em seu sangue, e ele não permitiria que a garota fosse protegida por uma criatura tão perigosa.
Ao virar a esquina com os pés silenciosos, os olhos de Kyou contemplavam uma cena que ele não tinha testemunhado há séculos. O lobo, ainda em forma humana, estava grunhindo, com as presas descobertas. Os olhos azulÃssimos ardiam enquanto ele grunhia violentamente contra o que parecia ser um corpo que ele segurava.
*****
Toya fez uma pausa quando ele se aproximou da porta. Olhando, ele se virou rapidamente e se dirigiu em direção oposta da entrada. Ele conseguia sentir o cheiro dela, embora na parte de trás de sua mente ele não conseguisse descobrir como ou por que ele podia. Saindo em disparada em direção ao beco à esquerda do prédio, seu coração martelou violentamente em seu peito enquanto pensamentos mórbidos voavam em sua mente.
Meninas desaparecidas e lugares escuros... é melhor que Kyoko não tenha um único fio de cabelo fora do lugar ou então...
Entrando nas sombras, Toya parou de repente quando o medo sufocou