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Em Busca de Heróis . Морган РайсЧитать онлайн книгу.

Em Busca de Heróis  - Морган Райс


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para ele, tal como fizeram alguns dos cavaleiros. Dentro de instantes, Thor sentia toda a atenção voltada para ele. Eles o olhavam perplexos e ele percebeu que todos deviam estar se perguntando quem ele era, correndo através de seu campo, com três homens da guarda do rei a persegui-lo. Não era assim que ele queria causar uma boa impressão. Toda a sua vida – quando ele havia sonhado em se juntar a Legião – essa não era a maneira como ele tinha imaginado que isso aconteceria.

      Durante o tempo em que Thor corria, debatendo sobre o que fazer, seu curso de ação se abriu diante ele. Um rapaz grande, um recruta, decidiu tomar o assunto para si a fim de impressionar os outros, detendo Thor. Alto, musculoso e quase o dobro do tamanho de Thor, ele levantou a espada de madeira para bloquear-lhe o caminho. Thor podia ver que ele estava determinado a derrubá-lo, para fazê-lo de bobo na frente de todos, e assim, obter vantagem sobre os outros recrutas.

      Isso fez com que Thor ficasse furioso. Ele não tinha motivos para disputar com esse rapaz e essa não era a sua batalha. Mas ele estava fazendo sua essa luta, só para ganhar vantagem com os outros.

      Ao se aproximar, Thor mal podia acreditar no tamanho do jovem: ele se impunha sobre Thor, fez um gesto de desprezo para Thor com suas mechas de cabelo preto e espesso que lhe cobriam a testa e a maior e mais quadrada mandíbula que Thor já tinha visto. Thor não via como ele poderia causar dano a esse rapaz.

      O rapaz sacou sua espada de madeira e Thor sabia que se não agisse rapidamente, seria nocauteado.

      Os reflexos de Thor brotaram. Ele instintivamente pegou sua funda, a carregou e atirou uma pedra na mão do rapaz. Ela atingiu o seu alvo derrubou a espada da mão dele, justo quando o rapaz ia desferi-la. Ela saiu voando da mão do rapaz, que gritava apertando os dedos.

      Thor não perdeu tempo. Ele investiu, aproveitando o momento, saltou no ar e chutou o rapaz, plantando seus dois pés em cheio no peito do rapaz. Mas o rapaz era tão robusto, chutá-lo era como chutar um carvalho, ele apenas cambaleou para trás alguns centímetros, já Thor parou frio em seus passos e caiu aos pés do jovem recruta.

      Isto não augurava nada de bom, Thor pensou, enquanto desabava no chão com um baque surdo, seus ouvidos tinindo.

      Thor tentou ficar de pé, mas o menino estava um passo à frente dele. Ele se abaixou, pegou Thor pelas costas e atirou-o, fazendo-o voar e cair de cara contra a sujeira.

      Uma multidão de rapazes rapidamente reuniu-se em um círculo à sua volta e aplaudiu. Thor ficou vermelho, sentindo-se totalmente, humilhado.

      Thor virou-se para se levantar, mas o rapaz era muito rápido, já estava em cima dele, imobilizando-o. Antes que Thor percebesse, tudo tinha se transformado em uma luta e o peso do garoto era imenso.

      Thor podia ouvir os gritos abafados dos outros recrutas quando eles formaram um círculo, gritando, ansiosos por sangue. O rosto do rapaz se contraiu em uma careta; o rapaz estendeu os polegares e baixou até os olhos de Thor. Thor não podia acreditar, parecia que o rapaz realmente queria machucá-lo. Será que ele realmente queria ganhar vantagem assim tão desesperadamente?

      No último segundo, Thor rolou a cabeça para fora do caminho e as mãos do rapaz passaram voando, mergulhando na sujeira. Thor teve a chance de rolar para o lado e sair de debaixo dele.

      Thor se levantou e encarou o garoto, que também se levantou. O rapaz avançou com ímpeto lançando um golpe contra o rosto de Thor, quem se abaixou no último segundo; o ar golpeou seu rosto e ele percebeu que, se o punho do rapaz tivesse batido nele, teria quebrado sua mandíbula. Thor estendeu a mão e lhe deu um soco no ventre, mas isso foi de pouco proveito; era como golpear uma árvore.

      Antes de Thor pudesse reagir, o garoto lhe deu uma cotovelada no rosto.

      Thor cambaleou para trás, vacilando com o golpe. Era como ser atropelado por um martelo, os seus ouvidos retumbavam.

      Enquanto Thor cambaleava, ainda tentando recuperar o fôlego, o rapaz arremeteu contra ele e chutou-o com força no peito. Thor saiu voando para trás e desabou chão, caindo de costas. Os outros garotos aplaudiram.

      Thor, tonto, começou a sentar-se, mas o rapaz investiu mais uma vez, balançou o corpo e socou-o novamente, bem forte no rosto, de novo derrubando-o de costas no chão, de uma vez por todas.

      Thor estava lá, ouvindo os gritos abafados dos outros, sentindo o gosto salgado do sangue que corria de seu nariz, o vergão no rosto. Ele gemia de dor. Olhou para cima e pôde ver o rapaz enorme virar as costas e caminhar de volta para seus amigos, já comemorando sua vitória.

      Thor queria desistir. Este rapaz era enorme, lutar contra ele era inútil e ele não aguentava mais tanto castigo. Mas algo dentro dele o instigava. Ele não podia perder. Não na frente de todas essas pessoas.

      Não desista. Levante-se. Levante-se!

      Thor de alguma forma reuniu forças. Gemendo, ele rolou, ficou de quatro e lentamente conseguiu ficar de pé. Ele encarou o rapaz, sangrando, com os olhos inchados, quase sem poder ver e respirando com dificuldade levantou os punhos.

      O rapaz enorme virou-se e olhou para Thor. Ele balançou a cabeça em descrença.

      “Você deveria ter ficado no chão, garoto”. Ameaçou enquanto começava a caminhar de volta para Thor.

      “BASTA!” Gritou uma voz. “Elden, retroceda!”

      Um cavaleiro se aproximou repentinamente, interpondo-se entre eles, estendendo a palma da mão e impedindo Elden de ficar mais perto de Thor. A multidão silenciou quando todos olharam para o cavaleiro; claramente este era um homem que exigia respeito.

      Thor olhou para cima, com admiração pela presença do cavaleiro. Ele estava em seus vinte anos, alto, com ombros largos, um queixo quadrado e cabelos castanhos, bem conservados. Thor gostou dele imediatamente. Sua armadura era de primeira, sua cota de malha feita de prata polida, estava coberta de marcas reais: o emblema do falcão da família MacGil. A garganta de Thor secou: ele estava de pé diante de um membro da família real. Ele mal podia acreditar.

      “Explique-se garoto”! Disse ele a Thor. “Por que você irrompeu em nossa arena sem ser convidado?”

      Antes que Thor pudesse responder, subitamente os três membros da guarda do rei romperam o círculo. O guarda líder ficou ali, respirando com dificuldade, apontando o dedo para Thor.

      .“Ele desafiou nossas ordens!” O guarda gritou. “Eu vou prendê-lo e levá-lo ao calabouço do Rei!”

      “Eu não fiz nada errado!” Protestou Thor.

      “Não o fez agora?” O guarda gritou. “Invadir propriedade do Rei, entrando sem ser convidado?”

      “Tudo o que eu queria era uma oportunidade!” Thor gritou, virando-se, pedindo ao cavaleiro de pé diante dele, o membro da família real. “Tudo o que eu queria era uma chance de unir-me à Legião!”

      “Este campo de treinamento é apenas para os convocados, rapaz.” Disse uma voz rouca.

      Dentro do círculo entrou um guerreiro, estava em seus cinquenta anos, forte, robusto, com sua cabeça careca, barba curta e uma cicatriz que percorria o seu nariz. Ele dava a impressão de ter sido um soldado profissional toda a sua vida – e pelas as marcas da sua armadura, a medalha de ouro no peito, ele parecia para ser o seu comandante. O coração de Thor acelerou no peito dele: um general.

      “Eu não fui convidado, senhor.” Thor falou. “Isso é verdade. Mas tenho sonhado toda minha vida com estar aqui. Tudo o que eu desejo é uma chance de mostar-lhe do que eu sou capaz. Eu sou tão bom quanto todos estes recrutas. Dê-me apenas uma chance e eu lhe provarei isso. Por favor. Juntar-me à Legião é tudo o que sempre sonhei.”

      “Este campo de batalha não é para os sonhadores, rapaz.” Foi a resposta áspera. “É para lutadores. Não há exceções às nossas regras: só recrutas são escolhidos.”

      O general assentiu com a cabeça e o guarda do rei se aproximou de Thor, algemas em mãos.

      Mas de repente, o cavaleiro, o membro da família real, deu um passo à frente e estirou o braço bloqueando o guarda.

      “Talvez,


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