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O Preço da Liberdade . Джек МарсЧитать онлайн книгу.

O Preço da Liberdade  - Джек Марс


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em merda.”

      Lindo. Não ouvia aquela há uns tempos.

      “Vamos ter uma reunião. Aqui em casa. Preciso de si aqui.”

      “Quando é a reunião?”

      Ela nem hesitou. “Daqui a uma hora.”

      “Susan, contando com o trânsito, estou a duas horas de caminho. Isto num dia bom. Neste momento, metade das estradas ainda estão encerradas.”

      “Não tem que se preocupar com o trânsito. Já vai um helicóptero a caminho. Está aí daqui a catorze minutos."

      Luke olhou novamente para a família. Becca servira-se de um copo de vinho e estava sentada de costas para ele, a contemplar o sol de final de tarde que se afundava na água. Gunner olhava para o peixe no assador.

      “Ok,” Assentiu Luke.

      CAPÍTULO SEIS

      18:45

      Observatório Naval dos Estados Unidos – Washington, D.C.

      “Agente Stone, sou Richard Monk, o chefe de pessoal da Presidente. Falámos ao telefone.”

      Luke aterrara no heliporto do Observatório Naval há cinco minutos. Apertou a mão de um homem alto, em forma, provavelmente da sua idade. O homem envergava uma camisa azul com as mangas enroladas. A gravata pendia torta. Tinha um tronco musculado, tal como os homens que surgiam nos anúncios da Men’s Health. Exercitava-se com afinco e trabalhava com afinco – era o que o aspeto de Richard Monk transparecia a quem se desse ao trabalho de o interpretar.

      Atravessaram o corredor de mármore da Nova Casa Branca em direção às amplas portas duplas no extremo oposto. “Convertemos a nossa antiga sala de conferências numa sala de emergência,” Informou Monk. “É um trabalho em progresso, mas vamos lá chegar.”

      “Tem sorte em estar vivo, não tem?” Interrogou Luke.

      A máscara de confiança estampada no rosto do homem vacilou apenas por um segundo. Ele anuiu. “A Vice… bem, ela era a Vice-Presidente na altura. A Presidente, eu e uma grande quantidade de funcionários estávamos num comício na Costa Oeste quando o Presidente Hayes solicitou a sua presença no Leste. Foi tudo muito repentino. Eu fiquei em Seattle com algumas pessoas a tratar de alguns assuntos. Quando aconteceu aquilo em Mount Weather…”

      Abanou a cabeça. “É demasiado horrível. Mas sim, eu também podia lá ter ficado.”

      Luke concordou. Ainda estavam a retirar corpos de Mount Weather vários dias depois do desastre ter ocorrido. Até agora, trezentos. Entre eles encontravam-se o antigo Secretário de Estado, o antigo Secretário da Educação, o antigo Secretário do Interior, o responsável máximo da NASA e dezenas de Representantes e Senadores dos Estados Unidos.

      Os bombeiros apenas tinham conseguido extinguir o fogo subterrâneo central no dia anterior.

      “Que crise é esta de que Susan me falou?” Perguntou Luke.

      Monk apontou para o fundo do corredor. “Bem, a Presidente Hopkins está na sala de conferências com o pessoal de topo. Vou deixar que sejam eles a dizer-lhe o que se passa.”

      Ultrapassaram as portas duplas e entraram na sala. Várias pessoas já lá se encontravam sentadas a uma grande mesa oval. Susan Hopkins, Presidente dos Estados Unidos, estava sentada no extremo mais distante da sala. Era uma mulher pequena, quase despretensiosa, rodeada de homens enormes. Dois agentes dos Serviços Secretos estavam em pé, um de cada lado. Três outros estavam em vários cantos da sala.

      À cabeceira da mesa estava um homem com aspeto nervoso. Era alto, quase careca, com uma barriga um tanto protuberante, com óculos e um fato que lhe assentava mal. Luke tirou-lhe a pinta em cerca de dois segundos. Este não era um tipo de espaço ou circunstância a que estivesse habituado e parecia estar metido em sarilhos. Parecia um homem sob imensa pressão.

      Susan levantou-se. “Antes de começarmos quero apresentar-vos o Agente Luke Stone que integrava a Special Response Team do FBI. Ele salvou a minha vida há alguns dias e foi fundamental na defesa da República tal como a conhecemos. E não estou a exagerar. Penso que nunca conheci um operacional tão dotado, conhecedor e destemido a enfrentar a adversidade. É uma mais-valia para a nossa nação, para as nossas Forças Armadas e para a nossa comunidade de inteligência identificarmos e formarmos homens e mulheres como o Agente Stone.”

      Agora todos aplaudiam de pé. Aos olhos de Luke, o aplauso pareceu cínico e formal. Estas pessoas tinham que aplaudir. A Presidente queria que o fizessem. Ele ergueu uma mão, na tentativa de que parassem. A situação era ridícula.

      “Olá,” Titubeou quando os aplausos cessaram. “Peço desculpa pelo atraso.”

      Luke sentou-se numa cadeira vazia. O homem à sua frente olhou diretamente para ele. E Luke não conseguiu discernir o que viu naquele olhar. Esperança? Talvez. Parecia um quarterback desesperado prestes a fazer um passe Hail Mary na direção de Luke.

      “Luke,” Principiou Susan. “Este é o Dr. Wesley Drinan, Diretor do Laboratório Nacional de Galveston no Departamento Médico da Universidade do Texas. Ele está a informar-nos sobre uma possível falha de segurança ocorrida no laboratório de Biossegurança de nível 4.”

      “Ah,” Disse Luke. “Muito bem.”

      “Agente Stone, conhece os laboratórios de Biossegurança de nível 4?”

      “Trate-me por Luke. Estou familiarizado com o termo. Contudo, talvez me possa informar melhor.”

      Drinan assentiu. “Claro. Aqui vai a explicação relâmpago. Os laboratórios de Biossegurança de nível 4 são laboratórios com o mais elevado nível de segurança no que concerne ao manuseamento de agentes biológicos. O nível 4 de biossegurança é o nível necessário para trabalhar com vírus e bactérias perigosos e exóticos que implicam um elevado risco de infeções laboratoriais e que podem causar doenças graves ou fatais no ser humano. Tratam-se de doenças para as quais não há vacinas ou outros tratamentos disponíveis. De uma forma geral, refiro-me ao Ébola, ao Marburg e a alguns dos vírus hemorrágicos emergentes que estamos agora a descobrir nas profundezas das selvas Africanas ou Sul Americanas. Por vezes também manuseamos mutações recentes dos vírus da gripe para compreendermos os seus mecanismos de transmissão, taxas de infeção, taxas de mortalidade, e por aí em diante.”

      “Ok,” Declarou Luke. “Percebo. E algo foi roubado?”

      “Não sabemos. Algo desapareceu, mas não sabemos o que lhe aconteceu.”

      Luke ficou calado. Limitou-se a anuir com um movimento da cabeça para o homem continuar a falar.

      “Tivemos uma falha de energia há duas noites atrás. Só isso já é raro. Mas ainda mais excecional é o facto de os nossos geradores de reserva não se terem acionado de forma imediata. As instalações foram concebidas para que na eventualidade de um corte de energia, ocorra uma transição sem descontinuidade da fonte de energia principal para a fonte de reserva. Isso não sucedeu. Pelo contrário, transitou-se para as reservas de emergência, um estado de baixo consumo que se limita a manter os sistemas principais a funcionar.”

      “Que tipo de sistemas não essenciais foram abaixo?” Perguntou Luke.

      Drinan encolheu os ombros. “Coisas normais como luzes, computadores, sistemas de vigilância.”

      “Câmaras de segurança?”

      “Sim.”

      “Dentro das instalações?”

      “Sim.”

      “Estava alguém no seu interior?”

      O homem anuiu. “Estavam duas pessoas lá dentro. Uma delas era um segurança chamado Thomas Eder. Trabalha nas instalações há quinze anos. Estava no posto de vigilância e não dentro das instalações de contenção.


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