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O Preço da Liberdade . Джек МарсЧитать онлайн книгу.

O Preço da Liberdade  - Джек Марс


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incluíam lealdade, honra, coragem e a aplicação de uma força avassaladora em benefício do que era bom e justo. Ed não era um monstro. Mas naquele momento, podia muito bem ser.

      “Estás pronto?” Perguntou Luke.

      O rosto de Ed permaneceu imutável. “Eu nasci pronto, homem branco. E tu, estás pronto?”

      Luke carregou as suas armas. Agarrou no capacete. “Estou pronto.”

      Enfiou o suave capacete preto na cabeça e Ed fez o mesmo com o seu. Luke baixou a máscara. “Intercomunicadores ligados,” Disse.

      “Ligados,” Corroborou Ed. Parecia que Ed estava dentro da cabeça de Luke. “Ouço-te perfeitamente. Agora, vamos a isto.” E Ed deslocou-se para o outro lado da rua.

      “Ed!” Chamou Luke. “Preciso de um grande buraco naquela parede. Uma abertura que me permita passar.”

      Ed ergueu uma mão e continuou o seu caminho. Poucos momentos depois já se encontrava atrás dos carros estacionados do outro lado da rua, não visível a olhares indiscretos.

      Luke deixou a porta da bagageira aberta e agachou-se atrás dela. Tocou em todas as suas armas. Tinha uma Uzi, uma shotgun, uma arma de mão e duas facas, em caso de necessidade. Respirou fundo e olhou para o céu azul. Ele e Deus não estavam propriamente de boas relações. Era bom se um dia tivessem a mesma opinião em relação a algumas coisas. Se era verdade que Luke nunca precisara de Deus, também era verdade que precisava Dele agora.

      Uma nuvem volumosa e lenta flutuava no horizonte.

      “Por favor,” Suplicou Luke à nuvem.

      Momentos depois, o tiroteio começava.

      CAPÍTULO DOIS

      Brown encontrava-se na pequena sala de controlo logo à saída da cozinha.

      Na mesa atrás dele repousava uma espingarda M16 e uma Beretta semiautomática de nove milímetros, ambas carregadas. Havia ainda três granadas de mão, uma máscara de proteção e um walkie-talkie Motorola preto.

      Na parede acima da mesa estava montado um circuito fechado de TV com seis pequenos ecrãs. As imagens surgiam-lhe a preto e branco. Através de cada ecrã, Brown tinha acesso a imagens em tempo real a partir das câmaras colocadas em pontos estratégicos à volta da casa.

      Dali conseguia ver o exterior das portas deslizantes de vidro, bem como do topo da rampa que dava acesso ao cais; do próprio cais e da abordagem ao mesmo por água; do exterior da porta de aço duplamente reforçado na parte lateral da casa; do saguão na parte de dentro daquela porta; do corredor superior e da sua janela virada para a rua; e por último, da sala sem janelas do piso superior onde a mulher e o filho de Luke Stone estavam silenciosamente amarrados às suas cadeiras com capuzes a cobrirem-lhes as cabeças.

      Não havia maneira de assaltar esta casa de surpresa. Com o teclado na mesa, assumiu o controlo manual da câmara situada no cais. Ergueu-a ligeiramente até o barco de pesca na baía estar centrado e depois aumentou o zoom. Viu três polícias envergando coletes anti estilhaços no exterior do trincaniz. Levantavam âncora. Dentro de um minuto, aquele barco estaria próximo da casa.

      Brown visualizava agora a imagem do alpendre situada nas traseiras da casa. Virou a câmara, direcionando-a para a parte lateral da casa. Só conseguia vislumbrar a grelha dianteira da carrinha estacionada do outro lado da rua. Não importava. Tinha um homem na janela do piso superior com a mira apontada à carrinha.

      Brown suspirou. Pensou que o melhor que tinha a fazer era comunicar com aqueles polícias via rádio e dizer-lhes que sabia o que estavam a fazer. Podia trazer a mulher e o rapaz para baixo, e colocá-los à frente da porta de vidro para que todos tivessem a noção do que estava em jogo.

      Antes de começar um tiroteio que resultaria num banho de sangue, podia passar logo às negociações infrutíferas. Até poderia poupar algumas vidas ao fazê-lo.

      Sorriu. Mas ia estragar toda aquela diversão, não é verdade?

      Verificou a imagem do saguão. Tinha três homens lá em baixo, os dois de barbas e um homem em quem ele pensava como sendo o Australiano. Um homem cobria a porta de aço e dois homens cobriam a porta deslizante de vidro das traseiras. Aquela porta de vidro e o alpendre no exterior eram os pontos mais vulneráveis. Mas era altamente improvável que os polícias conseguissem chegar tão longe.

      Pegou no walkie-talkie.

      “Sr. Smith?” Interpelou o homem agachado junto à janela aberta lá em cima.

      “Sr. Brown?” Respondeu uma voz sarcasticamente. Smith ainda era suficientemente jovem para pensar que as alcunhas eram engraçadas. No ecrã de TV surgiu a mão de Smith.

      “O que é que a carrinha está a fazer?”

      “A divertir-se à grande. Aquilo quase parece uma orgia.”

      “Ok. Fica atento. Não… Dê por onde der… Não deixes ninguém chegar ao alpendre. Não preciso de ouvir nada da tua parte. Tens autorização para intervir. Entendido?”

      “Entendido,” Confirmou Smith. “Disparar à descrição, meu.”

      “Bom homem,” Disse Brown. “Talvez nos encontremos no inferno.”

      Naquele exato momento, a casa foi invadida pelo som de um veículo pesado a circular na rua. Brown abaixou-se, rastejou até à cozinha e acocorou-se junto à janela. No exterior, um carro blindado parou em frente à casa. A pesada porta traseira escancarou-se e de lá saíram vários homens corpulentos, revestidos de proteção corporal.

      Um segundo passou. Dois segundos. Três. Reunidos na rua já estavam oito homens.

      Smith abriu fogo lá de cima.

      Duh-duh-duh-duh-duh-duh.

      A força dos tiros fez o assoalho vibrar.

      Dois dos polícias caíram por terra de imediato. Os outros abaixaram-se de volta ao interior do veículo ou atrás dele. Atrás do carro blindado, três homens saíram de repente da carrinha da TV por cabo. Smith topou-os. Apanhado por uma chuva de balas, um dos homens executava uma dança desesperada no meio da rua.

      “Excelente, Sr. Smith,” Transmitiu Brown pelo Motorola.

      Um dos polícias foi alvejado no meio da rua e agora rastejava em direção ao passeio, talvez na esperança de alcançar os arbustos situados em frente da casa. Usava proteção corporal. Fora provavelmente atingido nos pontos não protegidos, mas ainda podia constituir uma ameaça.

      “Temos no chão um que ainda mexe! Quero-o arrumado.”

      Quase de imediato, uma saraivada de balas atingiu o homem cujo corpo se torceu e estremeceu. Brown viu o tiro certeiro em câmara lenta. Atingira o homem no intervalo da proteção na nuca, entre a parte superior da proteção e a parte inferior do capacete. Um esguicho de sangue libertou-se do corpo do homem que não mais se mexeu.

      “Boa pontaria, Sr. Smith. Fantástica pontaria. Agora mantém todos inoperacionais.”

      Entretanto, Brown regressou à sala de controlo. O barco de pesca aproximava-se. Antes mesmo de chegar ao cais, uma equipa de homens com proteções pretas e capacetes, já saltava para a margem.

      “Aí em baixo, ponham as máscaras!” Gritou Brown. “Vêm na direção dessa porta deslizante. Preparem-se para ripostar.”

      “Afirmativo,” Respondeu alguém.

      Os invasores posicionaram-se no cais. Transportavam escudos balísticos blindados e abaixavam-se atrás deles. Entretanto, apareceu um homem erguendo uma arma de gás lacrimogéneo. Brown alcançou a sua própria máscara e observou o projétil a voar na direção da casa. Atingiu a porta de vidro e penetrou na sala principal.

      Um outro homem surgiu e disparou outro projétil. Depois, um terceiro homem disparou outro ainda. Todos os projéteis de gás lacrimogéneo atravessaram o vidro, invadindo a casa. A porta de


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