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Escrava, Guerreira e Rainha . Морган РайсЧитать онлайн книгу.

Escrava, Guerreira e Rainha  - Морган Райс


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que os seus irmãos nunca a denunciariam. Eles eram tão leais para com ela, como ela era para com eles.

      "Então é bom que a mãe nunca venha a saber!", gritou-lhe ela.

      "Mas o pai vai saber!", disse Sartes inesperadamente.

      Ela riu-se. O pai já sabia. Eles tinham feito um acordo: se ela ficasse até tarde para acabar de afiar as espadas que deviam ser entregues no palácio, ela poderia ir ver a Matança. E assim ela o fez.

      Ceres chegou ao muro no fundo do beco e, sem parar, cravou os seus dedos em duas fendas e começou a trepar. As suas mãos e pés moviam-se rapidamente e ela subiu, uns bons vinte pés, até ao topo.

      Levantou-se, respirando com dificuldade. O sol cumprimentou-a com os seus raios brilhantes. Ela pôs a mão à frente dos olhos.

      Ela arfava. Normalmente, a Cidade Velha estava pontilhada com alguns cidadãos, um gato de rua ou cão aqui e ali - mas hoje estava nitidamente com vida. E cheia de pessoas. Ceres nem sequer conseguia ver a calçada sob o mar de pessoas que se comprimiam na Praça do Chafariz.

      Ao longe o mar brilhava num azul vivo, enquanto o imponente e branco Stade ali estava, como uma montanha entre tortuosas ruas e casas amontoadas de dois e três andares. Ao redor da praça, os comerciantes tinham alinhado barracas, ansiosos por vender comida, jóias ou roupas.

      Uma rajada de vento roçou-lhe no rosto e o cheiro dos assados acabados de fazer infiltrou-se nas suas narinas. O que ela não daria por satisfazer a vontade de morder aquela comida. Ao sentir uma pontada de fome ela colocou os braços à volta da sua barriga. O pequeno-almoço naquela manhã tinha sido umas poucas colheres de mingau ensopado, o que de alguma forma tinha conseguido deixar o seu estômago ainda com mais fome do que antes de o comer. Dado que hoje era o seu décimo oitavo aniversário, ela esperava, pelo menos, um pouco de comida extra na sua tigela - ou um abraço ou algo assim.

      Mas ninguém tinha dito nada. Ela duvidava que eles sequer se lembrassem.

      A luz apanhou-lhe os olhos e Ceres olhou para baixo e vislumbrou uma carruagem dourada a ziguezaguear pelo meio da multidão como uma bolha através do mel, devagar e a brilhar. Ela franziu a testa. Com a sua excitação, ela nem sequer tinha considerado a hipótese de que a realeza estaria no evento, também. Ela desprezava-os, desprezava a sua arrogância, desprezava que os seus animais fossem mais bem alimentados do que a maioria das pessoas de Delos. Os irmãos dela tinham esperança que um dia triunfariam sobre o sistema das classes. Mas Ceres não partilhava do otimismo deles: para haver algum tipo de igualdade no Império, seria necessário haver uma revolução.

      "Estás a vê-lo?", ofegava Nesos enquanto trepava ao seu lado.

      O coração de Ceres acelerou ao pensar nele. Rexus. Ela, também, já se havia questionado se ele já estaria ali e havia examinado, sem sucesso, as multidões.

      Ela abanou a cabeça.

      "Ali", apontou Nesos.

      Ela seguiu a indicação do seu dedo em direção ao chafariz, semicerrando os olhos.

      De repente, ela viu-o, não conseguindo reprimir a sua imensa excitação. Ela sentia sempre o mesmo quando o via. Lá estava ele, sentado na beira do chafariz, apertando o seu arco. Mesmo àquela distância, ela conseguia ver os músculos dos seus ombros e peito a movimentarem-se debaixo da sua túnica. Poucos anos mais velho do que ela, ele tinha o cabelo loiro que se destacava entre cabeças pretas e castanhas. A sua pele bronzeada brilhava ao sol.

      "Espera!", gritou uma voz.

      Ceres olhou para trás e, lá em baixo no muro, viu Sartes, lutando para subir.

      "Despacha-te ou deixamos-te para trás!", incitou Nesos.

      Claro que eles nem sonhavam em deixar para trás o seu irmão mais novo, embora efetivamente ele precisasse de aprender a acompanhá-los. Em Delos, um momento de fraqueza podia significar a morte.

      Nesos passou a mão pelos cabelos, recuperando o fôlego, também, enquanto observava a multidão.

      "Então, em quem é que vais apostar o teu dinheiro?", perguntou.

      Ceres virou-se para ele e riu-se.

      "Que dinheiro?", perguntou ela.

      Ele sorriu.

      "Se tivesses algum", ele respondeu.

      "Brennius", respondeu ela sem pausa.

      A sobrancelha dele ergueu-se de surpresa.

      "A sério?", perguntou ele. "Porquê?"

      "Não sei", ela encolheu os ombros. "Apenas um palpite."

      Mas ela sabia. Ela sabia muito bem, melhor do que os seus irmãos, melhor do que todos os rapazes da sua cidade. Ceres tinha um segredo: ela não tinha contado a ninguém que tinha, em determinada ocasião, vestindo-se como um rapaz e treinado no palácio. Por decreto real era proibido – punido com a morte – que as miúdas aprendessem os modos dos lordes de combate, ainda que os plebeus do sexo masculino fossem bem-vindos para aprender em troca de quantidades iguais de trabalho nos estábulos do palácio, trabalho que ela fazia alegremente.

      Ela tinha visto Brennius e tinha ficado impressionada com a forma como ele lutava. Ele não era o maior dos lordes de combate, no entanto, os seus movimentos eram calculados com precisão.

      "Nem pensar", respondeu Nesos. "Será Stefanus."

      Ela abanou a cabeça.

      "Stefanus será morto nos primeiros dez minutos", disse ela, sem rodeios.

      Stefanus era a escolha óbvia, o maior dos senhores de combate e provavelmente o mais forte; no entanto, ele não era tão calculista quanto Brennius ou alguns dos outros guerreiros que ela tinha visto.

      Nesos deu uma gargalhada.

      "Dar-te-ei a minha espada boa se for esse o caso."

      Ela olhou para a espada agarrada à sua cintura. Ele não tinha ideia dos ciúmes com que ela tinha ficado quando ele recebera aquela obra-prima de arma como presente de aniversário da Mãe três anos antes. A espada dela era uma sobra antiga que o seu pai tinha atirado para o monte da reciclagem. Oh, as coisas que ela seria capaz de fazer se ela tivesse uma arma como a de Nesos.

      "Não vou deixar que te esqueças do que estás a dizer, sabes", disse Ceres, sorrindo, embora, na realidade, ela nunca fosse ficar com a espada dele.

      "Eu não esperaria menos", ele sorriu.

      Ela cruzou os braços à frente do peito e um pensamento sombrio passou-lhe pela cabeça.

      "A mãe não o iria permitir", disse ela.

      "Mas o Pai sim", disse ele. "Ele tem muito orgulhoso em ti, tu sabes."

      O comentário simpático de Nesos apanhou-a desprevenida e, sem saber exatamente como o aceitar, baixou os olhos. Ela amava o seu pai do fundo do seu coração e sabia que ele a amava. No entanto, por algum motivo, o rosto da sua mãe aparecia diante de si. Tudo o que ela queria era que a sua mãe a aceitasse e amasse tanto quanto aos seus irmãos. Mas por muito que tentasse, Ceres sentia que nunca seria suficiente boa aos seus olhos.

      Sartes grunhiu ao dar os últimos passos, subindo atrás deles. Ele era cerca de uma cabeça mais baixo do que Ceres e tão magro como um grilo, mas ela estava convencida de que ele iria germinar como um rebento de bambu a qualquer momento. Tinha sido isso que tinha acontecido com Nesos. Agora ele era um galã musculado, com seis vírgula três pés de altura.

      "E tu?", Ceres virou-se para Sartes. "Quem é que achas que vai ganhar?"

      "Estou contigo. Brennius. "

      Ela sorriu e despenteou-o. Ele dizia sempre tudo o que ela dizia.

      Ouviu-se outro ribombar, a multidão aumentou e ela sentiu-se compelida pela urgência.

      "Vamos", disse ela, "não há tempo a perder."

      Sem esperar, Ceres desceu do muro, atingiu o chão e desatou a correr.


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