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Infiltrado: Uma série de suspenses do espião Agente Zero — Livro nº1. Джек МарсЧитать онлайн книгу.

Infiltrado: Uma série de suspenses do espião Agente Zero — Livro nº1 - Джек Марс


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tentativa. Ele tossiu e ficou um pouco alarmado ao ver manchas de sangue no chão. O homem a sua frente franziu o nariz com desagrado. "Meu nome é... Reid Lawson." Por que eles continuavam perguntando o seu nome? Ele já lhes dissera. Será que inadvertidamente fora confundido com alguém?

      O homem suspirou devagar, deixando o ar entrar e sair pelo nariz. Apoiou os cotovelos contra os joelhos e se inclinou para a frente, abaixando ainda mais o tom de voz. "Há muitas pessoas que gostariam de estar nesta sala agora. Para sua sorte, somos só você e eu. No entanto, se você não for honesto comigo, não terei escolha a não ser convidar mais gente... E eles tendem a não ter a minha compaixão." Ele se endireitou. "Então, eu te pergunto novamente. Qual… é… o… seu… nome?"

      Como poderia convencê-los de que ele era quem dizia ser? O ritmo cardíaco de Reid acelerou quando uma dura percepção o atingiu como um golpe na cabeça. Ele poderia muito bem morrer naquela sala. "Estou dizendo a verdade!", Insistiu. De repente, as palavras começaram a fluir facilmente. "Meu nome é Reid Lawson. Por favor, apenas me diga por que estou aqui. Eu não sei o que está acontecendo. Eu não fiz nada..."

      O homem golpeou a boca de Reid com as costas da mão. Sua cabeça sacudiu descontroladamente. Ele arfou quando a dor irradiou através do seu lábio recém-cortado.

      "Seu nome." O homem limpou sangue do anel de ouro em sua mão.

      "Eu te disse", Gaguejou. "M-meu nome é Lawson." Conteve um soluço. "Por favor."

      Ele se atreveu a olhar para cima. Seu interrogador lhe devolveu o olhar impassível, frio. "Seu nome."

      "Reid Lawson!" Reid sentiu o calor subir em seu rosto quando a dor se transformou em raiva. Ele não sabia mais o que dizer. "Lawson! É Lawson! Você pode checar meu… meu…" Não, eles não podiam verificar seus documentos. Ele não tinha sua carteira quando o trio de homens muçulmanos o levara.

      Seu interrogador ficou tenso e, em seguida, direcionou o punho ossudo ao estômago de Reid. Por um minuto, Reid não conseguiu respirar; por fim surgiu novamente um arfar irregular. Seu peito queimava ferozmente. O suor escorria por suas bochechas e queimava seu lábio ferido. Sua cabeça pendia flácida, o queixo entre as clavículas, enquanto ele lutava contra uma onda de náusea.

      "Seu nome", O interrogador repetiu calmamente.

      "Eu... Eu não sei o que você quer que lhe diga", Reid sussurrou. "Eu não sei o que você está procurando. Mas não sou eu." Estaria ficando doido? Ele tinha certeza de que não tinha feito nada para merecer esse tipo de tratamento.

      O homem do kufi se inclinou para a frente novamente, desta vez levantando o queixo de Reid suavemente com dois dedos. Ele levantou a cabeça, forçando Reid a olhá-lo nos olhos. Seus lábios finos se esticaram em um meio sorriso.

      "Meu amigo", Disse, "isso vai piorar muito, muito mesmo, antes de melhorar".

      Reid engoliu e sentiu o gosto de cobre na garganta. Ele sabia que o sangue era um emético; cerca de duas xícaras o fariam vomitar, e ele já estava enjoado e tonto. "Ouça-me", Implorou. Sua voz soou trêmula e tímida. "Os três homens que me levaram foram até a Ivy Lane, nº22, minha casa. Meu nome é Reid Lawson. Eu sou professor de história europeia na Universidade de Columbia. Eu sou viúvo, tenho duas filhas adolescentes..." Ele se deteve.

      Até agora, seus sequestradores não tinham dado qualquer indicação de que sabiam da existência de suas filhas. "Se não é isso que estão procurando, não posso ajudá-lo. Por favor. Essa é a verdade."

      O interrogador ficou olhando para ele por um longo momento, sem piscar os olhos. Então falou bruscamente em árabe. Reid se encolheu com a repentina explosão.

      O ferrolho deslizou novamente. Reid podia ver apenas um esboço da porta espessa quando se abriu. Parecia ser feita de algum tipo de metal, ferro ou aço.

      Este cômodo, percebeu, foi construído para ser uma cela de prisão.

      Uma silhueta apareceu na porta. O interrogador gritou outra coisa em sua língua nativa e a silhueta desapareceu. Ele sorriu para Reid. "Aguardemos", Disse simplesmente.

      Houve um barulho revelador de roldanas e a silhueta reapareceu, desta vez empurrando um carrinho de aço para a pequena sala de concreto. Reid reconheceu o transportador como o sujeito quieto e de porte pesado que fora até sua casa, ainda com a mesma expressão no rosto.

      Sobre o carrinho havia uma máquina arcaica, uma caixa marrom com uma dúzia de puxadores e grossos fios pretos conectados em um lado. Do lado oposto, havia um rolo de papel branco com quatro agulhas finas pressionadas contra ele.

      Era uma máquina de polígrafo - provavelmente quase tão antiga quanto Reid, mas não havia dúvida de que era um detector de mentiras. Ele deu um suspiro de parcial alívio. Pelo menos saberiam que ele estava dizendo a verdade.

      O que poderiam fazer com ele depois... Não queria pensar sobre isso.

      O interrogador começou a envolver os sensores de velcro em torno de dois dos dedos de Reid, um em volta do bíceps esquerdo e dois cordões ao redor do peito. Ele se sentou novamente, tirou um lápis do bolso e enfiou a ponta da borracha rosa na boca.

      "Você sabe o que é isso", Disse simplesmente. "Você sabe como isso funciona. Se disser outra coisa que não seja as respostas às minhas perguntas, iremos magoá-lo. Entendeu?"

      Reid assentiu uma vez. "Sim."

      O interrogador acionou um interruptor e mexeu nos botões da máquina. O brutamontes ficou por perto, bloqueando a luz do candeeiro e observando Reid.

      As agulhas finas dançavam ligeiramente contra o rolo de papel branco, deixando quatro trilhas pretas. O interrogador marcou a folha com um rabisco e então voltou o seu olhar frio para Reid. "De que cor é o meu chapéu?"

      "Branco", Reid respondeu serenamente.

      "Qual a sua espécie?"

      "Humano." O interrogador estava estabelecendo uma referência para as perguntas que viriam - geralmente quatro ou cinco verdades inquestionáveis para que ele pudesse monitorar possíveis mentiras.

      "Em que cidade você mora?"

      "Nova York."

      "Onde você está agora?"

      Reid quase zombou dele. "Em uma... numa cadeira. Eu não sei."

      O interrogador fez marcas intermitentes no papel. "Qual é o seu nome?"

      Reid fez o melhor que pôde para manter a voz firme. "Reid. Lawson."

      Todos os três estavam de olho na máquina. As agulhas continuaram imperturbáveis; não havia cristas ou vales significativos nas linhas rabiscadas.

      "Qual é a sua ocupação?", Perguntou o interrogador.

      "Sou professor de história europeia na Universidade de Columbia."

      "Há quanto tempo você é professor universitário?"

      "Treze anos", Reid respondeu honestamente. "Eu fui professor assistente por cinco anos e professor adjunto na Virgínia por mais seis. Sou professor associado em Nova York há dois anos."

      "Você já esteve em Teerã?"

      "Não."

      "Você já esteve em Zagreb?"

      "Não!"

      "Você já esteve em Madrid?"

      "N-sim. Uma vez, cerca de quatro anos atrás. Eu estive lá para uma cimeira, em representação da universidade."

      As agulhas permaneceram estáveis.

      "Percebe?" Reid queria gritar, mas lutou para permanecer calmo. "Você tem a pessoa errada. Quem você está procurando, não sou eu."

      As narinas do interrogador se dilataram, mas por outro lado não houve reação. O brutamontes apertou as mãos na frente dele, suas veias grudadas contra a sua pele.

      "Você já conheceu um homem chamado Sheik Mustafar?"


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