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Atração. Amy BlankenshipЧитать онлайн книгу.

Atração - Amy Blankenship


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um idiota,” informou Chad sem remorsos.

      “Já me chamaram pior,” Zachary deu de ombros. “Mas por agora, podes tratar-me por chefe. Antecipei a tua papelada, por isso já está tudo tratado. Já não trabalhas para o departamento da polícia. Eles é que trabalham para ti e tu para a CIA, no que lhes diz respeito. E isto está sob a jurisdição da CIA, uma vez que envolveu a máfia.”

      “Então, o que devo fazer agora?” Perguntou Chad, sentindo-se um pouco perdido e pensando como é que poderia espancar um jaguar por ter colocado, uma vez mais, a vida da sua irmã em risco.

      “Aproveita a promoção porque vou deixar-te a tomar conta disto esta noite.” Zachary deu-lhe uma palmadinha no ombro antes de abrir a porta do carro e deslizar lá para dentro. Contava até três antes de Chad bater na janela. Abrindo-a, arqueou a sobrancelha.

      “O que lhes digo?” Chad perguntou.

      “Aí é que está. Não tens permissão para dar qualquer informação neste momento.” Zachary deu uma risada e voltou a subir a janela, voltando a rir-se quando Chad pontapeou-lhe o pneu enquanto passava por ele.

      O seu humor desvaneceu-se assim que ficou sozinho com os seus próprios pensamentos. Ele sabia que a maior parte da matilha era inofensiva e que só estava sob a influência das ordens do seu Alfa, mas os outros iriam querer vingar-se pela morte de Anthony Valachi. Alguns apontariam para os socorristas de Micah, mas outros apontariam o dedo a Steven e à traidora da sua noiva. De qualquer forma, isso colocaria o Night Light no que restava da lista negra da máfia da cidade.

      Retirando o telemóvel, Zachary ligou para o membro do PIT que estava infiltrado numa das partes mais perigosas da alcateia. Se estava a acontecer o que ele achava que estava a acontecer, então seria prudente seguir em frente e enviar umas quantas ameaças de morte para o Night Light, só para manter os pumas em alerta máximo, ou melhor ainda… fazê-los fechar o clube por um tempo.

*****

      Angelica contemplou a cidade lá em baixo através da janela pensando no pesadelo que a tinha despertado. Ver todas as luzes e vida dentro da cidade, mesmo a meio da noite, reconfortou-a e foi difícil desviar o olhar.

      Nunca tinha tido um pesadelo antes… nunca sequer tinha tido um único sonho e foi isso que mais a perturbou. Esfregou os dedos sobre a marca na palma da mão, culpando-a pelo pesadelo. Estava tão perdida em pensamentos mórbidos, que quando a porta atrás dela bateu, quase saltou da própria pele.

      Zachary tinha aberto a porta devagar, caso Angelica ainda estivesse a dormir. Quando a viu ali de pé, em transe, não resistiu à tentação e bateu com a porta. A reação dela foi ainda melhor do que esperava.

      “Se fosse um demónio, tinhas sido mordida,” ele sorriu e em seguida baixou o olhar para o punhal que ela segurava com tanta força, tanta que os nós dos seus dedos até estavam brancos. “Ou talvez não,” corrigiu logo de seguida com uma careta. “O que é que te fez sair da gaiola?”

      “Pesadelos,” disse Angelica com sinceridade enquanto relaxava o punho. Não adiantava mentir sobre isso… pelo menos, não para ele. Respirou fundo, tentando aliviar a tensão nos ombros e depois enrugou o nariz, “cheiras a torradas queimadas.”

      “Queres esfregar-me as costas?” Zachary balançou as sobrancelhas enquanto se dirigia para a casa de banho.

      Angelica olhou uma vez mais pela janela antes de se afastar dela. Ao ouvi-lo ligar o chuveiro, sentou-se no sofá de dois lugares e pegou no caderno que estava ao lado do portátil e começou a desenhar o homem que tinha visto na caverna. Uma vez que foi ele que a marcou, o pesadelo tinha de ser obra sua. Começou com os olhos e depois, foi suavizando os traços com o lápis quando o rosto começou a ganhar vida no papel.

      Zachary saiu da casa de banho, coberta de vapor, ainda a secar o cabelo com a toalha. Caminhando por trás de Angelica, lançou um olhar para o retrato do homem que tinha visto na caverna com ela. Observou a forma delicada com que ela desenhava os longos cabelos negros do homem… como se o vento ainda estivesse a soprar sobre eles. Para um demónio, ele parecia tudo menos diabólico aos olhos dela.

      “Já cheiras melhor,” comentou Angelica enquanto olhava para ele. Tocando no desenho, perguntou: “Podemos entrar em contato com o Dean para lhe mostrar este retrato?”

      “Vi-o esta noite na mansão do alfa. Mas parece que ele anda mais num vai e vem por aqui que talvez fosse mais fácil mostrá-lo ao Kane.” Zachary sugeriu saltando por cima do sofá e sentando-se ao lado dela, tirando-lhe o retrato das mãos e estudando-o. “O Kane disse que Misery é uma mulher.”

      “Era o que eu temia,” suspirou Angelica. “Se não for o mesmo demónio que eles libertaram da caverna… então receio que a Misery não seja o único demónio na cidade.”

      “O que te faz dizer isso?” Perguntou Zachary.

      Em vez de lhe responder, Angelica fez a única coisa que pensou que nunca faria. Pondo-se de lado no assento, alcançou Zachary e inclinou-se na sua direção. Quando Zachary tentou beijá-la instantaneamente, ela inclinou a cabeça para que ele acabasse por beijar-lhe a testa. Então deixou que o sonho passasse pelas suas memórias.

      Zachary estremeceu à medida que o cenário mudava e viu-se rodeado pelo seu pesadelo. Quando as imagens cintilantes finalmente se desvaneceram e Angelica foi-se afastando lentamente dele, Zachary abriu os olhos e sussurrou: “Wow… isso foi um sonho desagradável.”

      Angelica assentiu. “Pois, especialmente para alguém que nunca teve um único sonho durante toda a sua vida.”

*****

      Kriss procurou em todos os lugares onde achava que um anjo caído e assustado que tinha passado mais tempo aprisionado do que ele poderia imaginar pudesse estar escondido. Não era exatamente do caído que ele andava à procura… mas sim Dean. Após esgotar-se a procurar em todas as igrejas e áreas mais pequenas da cidade que o demónio evitava, ocorreu-lhe que talvez estivesse a procurar nos lugares errados. Não era como se ele conhecesse a sua presa intimamente.

      Indo de um extremo ao outro, Kriss começou pelo coração da cidade. Horas depois, foi recompensado quando teve um vislumbre da criatura a atravessar os telhados e a saltar de um edifício para o outro.

      Seguindo-o a uma larga distância, Kriss notou a coloração clara do anjo juntamente com as suas asas brancas como a neve, que agora estavam ocultas da visão humana, mas não a ele. Inclinou a cabeça para o lado quando o anjo olhou por cima do ombro como se tivesse a sensação de que estava a ser seguido.

      Quando o anjo se focou novamente nas ruas abaixo dele, Kriss teve a sensação de que não era o único à caça esta noite.

      “Quem procuras?” Kriss murmurou baixinho, perseguindo-o por mais alguns quarteirões. Seguindo-o por uma esquina, Kriss deslizou até parar quando o outro homem ficou subitamente parado no parapeito do edifício… de frente para ele. Foi a sua postura agressiva e o olhar feroz nos seus olhos prateados que fez Kriss parar.

      Por um momento, nenhum deles se mexeu. Kriss aproveitou esse tempo para se concentrar nos seus poderes e espreitar a alma do outro homem. Conforme a imagem da sua alma ficava mais nítida, Kriss esperava ver o prateado brilhante do seu sangue verdadeiro, mas para sua surpresa, a alma deste anjo estava manchada. Os seus olhos se arregalaram quando percebeu que este homem era um híbrido.

      Então, foi aquilo que sentiu quando a criatura explodiu da igreja. Kriss tentou determinar se este híbrido era tão mau quanto o demónio com quem tinha sido preso. Sentiu um empurrão quando a sua visão recuou e Kriss pestanejou. Só havia uma pessoa capaz de impedi-lo de ver a sua alma – Dean.

      Inspirando fundo e depois expirando lentamente, Kriss decidiu que só havia outra maneira de descobrir. Assim que começou a avançar, o caído deu-lhe um sorriso nada amigável e deu um passo para trás, desaparecendo da sua vista ao cair da beira do telhado.

      Percebendo o convite, Kriss rosnou e, num salto de corrida, fez um mergulho acrobático na beira do edifício em perseguição. Antes de atingir o asfalto, quatro andares abaixo, algo chocou contra ele e sentiu uns braços apertados à sua volta.

      “Não,”


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