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Amor italiano - Mistérios do deserto. Jennie AdamsЧитать онлайн книгу.

Amor italiano - Mistérios do deserto - Jennie Adams


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ti. Não quero estar economicamente ligada a ti.

      – Ah, não? Bom, acabaste de me dar uma razão para te responder – disse Luc, zangado. – Paguei as dívidas de Maria e dispus que ela me fosse pagando em pequenas mensalidades, com juros baixos e a longo prazo. No que lhe diz respeito, é um gesto filantrópico de alguém que simplesmente deseja fazer parte da indústria da moda, que tem muito dinheiro e que é suficientemente excêntrico para fazer isso por prazer próprio. Acho que agora és minha, Arabella. Habitua-te a isso.

      Embora Bella tivesse suposto que a verdade seria desagradável, ouvir aquilo fez com que sentisse um nó no estômago.

      – Quando Maria estiver preparada para isso, dir-lhe-ei a verdade toda – disse ele, olhando para Bella para a avisar. – Até então, não lhe dirás nada disto.

      – Fizeste com que seja impossível que fale com ela – disse Bella, deitando faíscas. – Como bem sabes!

      – O que me importa é o bem-estar de Maria – então, mudou de assunto. – Nunca falaste da tua família quando estivemos juntos em Milão, mas, mesmo assim, vejo que deves ter uma boa relação com as tuas irmãs. Há uma parede cheia de fotografias de vocês as três e é óbvio que Sophia te protege muito, mas… e os teus pais?

      – No que me diz respeito, andam a viajar pela galáxia numa aeronave – respondeu Bella, que respirou fundo. – O que me importa são as minhas irmãs.

      Naquele momento, Luc parou o carro diante de uma casa elegante e luxuosa.

      – Discutiste com os teus pais? – perguntou ele, que parecia realmente preocupado.

      – Já chegámos. Acabemos com isto – disse Bella, saindo do carro e ignorando aquela pergunta. Não queria falar com ele sobre a sua vida privada.

      Ao dirigir-se para a porta da grande mansão, Bella começou a ficar muito nervosa.

      – É a tua armadura, para quando estás assustada – disse Luc. – Como não me tinha dado conta antes? Levantas o queixo, para fazeres os outros pensarem que não precisas de ninguém, mas é só uma farsa para esconder as tuas inseguranças.

      – Quero ter sucesso. É só isso.

      Bella odiava que ele conseguisse ver o que o resto do mundo nunca vira.

      – Boa noite. Posso ficar com os vossos pertences? – perguntou-lhes um homem elegantemente vestido ao recebê-los à porta.

      Conduziram-nos para um luxuoso salão de baile, onde havia um grande grupo de pessoas elegantes. Bella começou a sentir-se invadida pelo pânico.

      – Espera…

      – São só pessoas. Vai correr tudo bem – disse Luc, animando-a com o olhar.

      Agarrou-a pelos ombros e entrou na sala, sussurrando-lhe algo ao ouvido que ela mal compreendeu, já que estava muito atenta a quão perto estava dele.

      – Vejamos como convences todas aquelas mulheres a quererem usar os teus vestidos.

      Bella levantou o queixo e fez o possível para controlar os nervos.

      – Estou mais do que disposta a cativar a atenção das mulheres da sala, a fazer com que se interessem pelos meus vestidos – disse Bella, com toda a força que conseguiu. – Quero resolver as coisas o mais depressa possível, para assim não ter de voltar a ver-te!

      Luc simplesmente sorriu daquela maneira tão devastadora que fazia com que ela quisesse esbofeteá-lo ou desatar a correr. Talvez ambas.

      – Então, vamos relacionar-nos com as pessoas – disse ele. – Vamos?

      – Parece que estás a causar uma boa impressão entre os convidados.

      Desde o início da noite, Luc mantivera Bella ao seu lado para a vigiar, para se certificar de que fazia todos os possíveis para atrair o interesse dos seus vestidos. Mas o problema era que ela atraía também o seu interesse. Não podia negar o efeito que Arabella Gable causava nele.

      – Para o teu bem, espero que essa boa impressão faça com que vendas depressa os vestidos.

      – Eu também espero. Como já te disse, afastar-me-ei de ti assim que for possível, Luchino.

      – Mas ainda não podes afastar-te de mim, porque precisas de mim para conseguires entrar em eventos sociais como este.

      Luc observou como a frustração se apoderou dela e uma parte dele queria que ela perdesse o controlo, que todos os seus sentimentos explodissem…

      Anunciaram que o jantar estava pronto. Luc começou a procurar os seus lugares, estimulado pela proximidade de Bella. Quando se sentaram, ela falou e brilhou entre os outros convidados. Luc esteve atento a cada palavra que ela dizia e a cada sorriso que esboçava… a toda a gente, menos a ele.

      Perguntou-se se beijando-a, se saboreando os seus lábios, faria com que desaparecesse o interesse que tinha nela.

      – Vamos dançar – disse ele, quando o baile começou. – Uma mulher atraente a dançar com um vestido bonito… O que pode chamar mais a atenção do que isso? Consegues vender o teu nome e a tua mercadoria desta maneira, Arabella?

      – Consigo fazer o que tiver de fazer – disse ela, enquanto começava a valsa.

      Começaram a dançar e os seus corpos mexiam-se em perfeita harmonia. Parecia que ela pertencia aos seus braços… Juntaram-se-lhes outros casais, mas Luc só via Bella e sentiu que ela só o via a ele. Naquele momento, ele soube que queria levá-la para a cama e passar uma noite de paixão com ela…

      – A música acabou. A noite acabou – disse, agarrando-lhe na mão e tirando-a da pista de dança.

      – Luc? – perguntou Bella, tentando libertar-se. – O… o que estás a fazer? Podia dançar com outras pessoas, relacionar-me com elas…

      – Esta noite, não – disse ele, sem a largar. – Tu e eu temos negócios para resolver de uma vez por todas.

      Aquilo até pareceu racional, mas, quando se despediram dos anfitriões e o homem beijou a mão de Arabella, Luc deu um passo em frente em sinal de advertência.

      – Bom, boa noite e obrigado por ter vindo – disse o anfitrião, inclinando-se para atrás.

      Luc murmurou algo e indicou o caminho a Bella, pondo-lhe uma mão nas costas.

      O ar frio da noite não foi capaz de sufocar o desejo que queimava Luc por dentro.

      – Luc? Não tenho a certeza do que estás a pensar, mas parece-me que não podemos seguir em frente com isto…

      Quando chegaram ao carro, ele encurralou-a contra este, sem lhe tocar, mas muito, muito perto.

      – Desejas-me. Posso vê-lo nos teus olhos.

      – O que te faz pensar isso? Eu não disse nada.

      – Isto é o que me faz pensá-lo, Arabella – disse, beijando-a. Com aquele beijo responderia à sua pergunta e, depois, esqueceria para sempre o seu desejo por ela.

      Mas os lábios dela eram suaves e respondiam. Tinham o sabor de algo que ele não se apercebera que desejava. Mas, naquele momento, percebia. Bella emitiu um grito abafado pela comoção e ele aproveitou a oportunidade para a saborear ainda mais. Agarrou-a pelos ombros, permitindo que o beijo se tornasse mais profundo, que as suas bocas se acariciassem. Perguntou-se se saberia o que estava a fazer…

      Bella era suave, muito suave, onde quer que lhe tocasse, a suavidade contrastava com a mulher forte que ela apresentava ao mundo. Ao dar-se conta de que a desejava num aspecto que ia mais além do puramente físico, afastou-se dela. Mas disse para si mesmo que fora apenas um ataque imprevisto de desejo sexual.

      Bella ficou a olhar para ele, com os olhos esbugalhados. Parecia que também estava aturdida.

      – Isto


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