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Paixão E Mentiras. Dawn BrowerЧитать онлайн книгу.

Paixão E Mentiras - Dawn Brower


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Eric acenou com a cabeça.

      Wes seguiu-o lá para fora e entrou no lado do passageiro de um Ford Escape preto. Eric meteu a mudança e derrapou para fora do estacionamento. Conduziram em silêncio por vários minutos, mas Wes não ficou assim por muito tempo.

      "Alguma vez me ias dizer?" Parece que o Wes só ia deixar isso passar depois de salvarem as mulheres que ambos amavam.

      "O quê?" Eric perguntou, tentando fazer-se de inocente.

      "Que estavas vivo." declarou o Wes simplesmente.

      "Não, não tinha ideias de voltar. Soube do que Miguel estava a fazer há uns dias." Tinha alguém a vigiar o Miguel. Qualquer informação pertinente seria enviada ao Eric. A maioria dos seus movimentos eram inócuos, mas quando se encontrou com alguém que se assemelhava a Vivian, considerou o facto significativo. Muito importante para o Eric...

       "Onde estiveste este tempo todo?"

      O Eric suspirou. "Tenho trabalhado para a CIA. Nem sequer estive nos Estados Unidos. Por favor, entende, não posso dizer-te muito mais do que isto.” Tinha sempre trabalhado para a CIA, mas a maior parte do trabalho era analítico, até aparecer o Miguel Santiago. Isso precisava de trabalho mais presencial... A sua vida toda mudou por causa daquele homem. A pessoa que Wes conhecia tinha-se tornado noutra pessoa. Tinha de o fazer, para poder sobreviver. O Eric arrependia-se de muita coisa, mas perder o seu melhor amigo e a mulher que amava estavam no topo da lista. Mas não se iria desculpar por tentar protegê-los. Mereciam uma boa vida e estavam muito melhor sem o Eric a fazer parte dela.

      "Tudo bem, não pergunto mais", disse-lhe Wes. A tensão na voz dele sugeria que não gostava nada da história. "Desde que entendas que ainda tenho muitas perguntas e gostava que me desses as respostas um destes dias."

      "Se eu pudesse, dir-te-ia…" Havia tanta coisa que ele queria contar ao Wes. Um dia talvez pudesse, mas agora não era o momento certo.

      "Não comeces." Wes ergueu a mão impedindo-o de continuar. Estava perdido e não havia palavras para o remediar. "Explica-me como vamos salvar a Tori e a Vivian."

       "Conheço um tipo lá dentro. Espero que ainda lá esteja... O Miguel pode já ter descoberto a toupeira. Tenho outros agentes a postos, mas não podem lá chegar em menos de uma hora. Assim que libertarmos as duas, eles entram e prendem o Miguel."

      "Parece-me fácil demais." O Wes parecia cético e o Eric não o culpava.

      Provavelmente seria um espetáculo fracassado, mas ele não queria que o Wes chegasse mais nervoso do que provavelmente já estava. "Espero que seja, mas acho que não será tão simples como parece."

      O Eric virou para uma rua lateral e estacionou o carro. Apagou as luzes e perscrutou a casa à distância.

      "É ali que elas estão?" Perguntou o Wes

      "Sim". Ele olhou para a casa onde Vivian e Vitória estavam detidas.

       "De que é que estamos à espera?"

      Dum milagre... Precisava de toda a ajuda possível para ultrapassar isto e com as duas mulheres vivas. "Uma mensagem a avisar que não há problema em entrar."

      Enquanto falava, o telemóvel começou a vibrar. Acenou com a cabeça ao Wes e abriu a porta do carro. O Wes seguiu-o até ao passeio.

       "Bom, isto é o que vamos fazer: Vou entrar e distrair o Miguel. Tu vais para o quarto onde a Vivian e a Vitória estão presas e liberta-as. Trá-las para o carro e arrancas o mais depressa possível.”

      O Wes parou e olhou para ele. "Espera, o que é que estás a tentar fazer? O que é que se passa? Não te vou deixar aqui!”

      "Eu fico bem. Tenho reforços a caminho, lembras-te?” Precisava que o Wes seguisse o seu plano. Se ele se desviasse das regras, as coisas podiam piorar ainda mais.

       "Não sei..."

       "Faz só isso, ok? Preciso que garantas que as duas ficam fora de perigo. Por favor, estou a pedir-te, não discutas comigo, Wes.

      Wes acenou de acordo e seguiu Eric para dentro da casa. Entraram pelas traseiras. O homem que Eric tinha na casa fez um gesto para que o seguissem. Eric foi em direção oposta para a frente da casa.

      Wes subiu as escadas e entrou no quarto para o qual o homem apontava e Eric foi procurar o Miguel. Encontrou-o no escritório. Miguel sentava-se a uma secretária com uma arma na mão. Apontou-a ao Eric, enquanto o Eric mantinha a sua própria arma apontada ao Miguel. Devia ter lidado melhor com a situação, mas era demasiado tarde para voltar a trás. Entrou na sala e manteve-se em silêncio. Tinha que haver maneira de ganhar a vantagem. Wes e as duas mulheres entraram na sala com outro homem a segui-los. Eric não se virou quando se aproximaram. Manteve-se focado no Miguel.

      "Encontrei-os a tentar fugir." Disse o homem por trás de Wes, Vitória e Vivian.

      Quando o homem falou, o Eric virou a cabeça. O descontentamento estava evidente no seu rosto pois não tinham escapado como se esperava. A expressão do Eric endureceu. Wes tinha falhado na única tarefa que tinha. O Eric tinha de agir, fazer alguma coisa para o corrigir e garantir que sobreviveriam. Eric saltou por cima da mesa e agrediu o Miguel tentando derrubá-lo. Lutaram pela arma do Miguel. Uma arma dispara, o som do tiro a ecoar pela sala. O Eric esmurrou o Miguel e subjugou-o.

      Gritos ecoaram pela sala. O Eric virou-se para ver o que tinha acontecido. O Wes tinha pegado numa estátua pesada e dado com ela na cabeça do tipo. O homem caiu à sua frente, embatendo a cabeça no chão ruidosamente. O Wes rodopiou enquanto olhava para o homem no chão, e acabou por se estatelar ao lado do homem que tinha acabado de desmaiar.

      "Meu Deus, Wes, estás bem?" Vitória correu para o seu lado.

      "Estás preocupada comigo, minha querida?" A voz do Wes tremia enquanto falava.

      As lágrimas caíam pela cara da Vitória. Limpou-as com as mãos. "Porque é que me dás sustos destes?"

       "Vou ficar bem. É só um arranhão."

      Wes pousou a mão sobre o ombro, o sangue a escorrer-lhe pelos dedos. Olhou para cima e encontrou o olhar de Eric.

      "Ele não me parece bem." Eric franziu a testa. O Eric pegou no telemóvel e ligou para chamar uma ambulância. O Wes não ia morrer!

       Wes passou os dedos pela face da Vitória e limpou-lhe uma lágrima. "Eu amo-te, Tori."

      "Wes?" Chamou a Vitoria ansiosamente.

      Wes perdeu a consciência e os soluços de Vitória tornaram-se mais altos. Pouco tempo depois, ouviram o ruido da ambulância a chegar.

      O Eric aproximou-se da Vitória e disse: “A ambulância acabou de chegar. Eles vão levar o Wes para o hospital. Parece que levou um tiro no ombro.” Eric pousou a mão no braço da Vitória. “Tenho o Miguel e o sócio algemados. Ambos vão ficar fora de ação por muito tempo.”

      "Boa! É o que merecem.” Respondeu a Vitória. Olhou para Vivian em lágrimas do outro lado da sala. "Que raio é que aconteceu?"

      Eric abanou a cabeça. "Não é altura para falar sobre o assunto. Temos que levar o Wes ao hospital." Odiava fazer a Vivian chorar. O Eric queria abraçá-la, mas não pensou que ela o deixasse.

      "Sim, temos”, concordou Vitória. "Mas não penses que vou deixar-te em paz. Ele tem uma bala no ombro por causa da tua incompetência."

      "Deixe-o em paz, Tori”, Ordenou a Vivian

      A Vitória olhou para a irmã. “Tentaste avisar-me, não foi?”

      Vivian acenou com a cabeça. "Sim, tentei."

      "Não te esforçaste


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