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O Roubo Do Alfa. Kate RudolphЧитать онлайн книгу.

O Roubo Do Alfa - Kate Rudolph


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A Tina me ofereceu o trabalho. — Krista ergueu as sobrancelhas ao mesmo tempo em que seus lábios se curvaram, então Mel continuou. — E não tenho como fazer isso sozinha de jeito nenhum. Não confio em mais ninguém, além de vocês dois, para me ajudar a fazer isso.

      — A Esmeralda Escarlate? — Bob perguntou, sua voz mais uniforme do que nunca. — Você acha que quero morrer, Kitty?

      Mel apertou a mão com o apelido. Ele devia estar bem chateado mesmo.

      — Sim. E como pagamento, vocês podem escolher qualquer item da minha coleção que desejarem. Um para cada. — Dividiria seu estoque pela metade e daria tudo para tentar acertar Ava. Mas não precisava chegar a esse ponto.

      — E você tem que nos trazer ao território transmorfo para fazer a oferta? — Krista não parecia satisfeita. — Nós dois provavelmente quebramos três tratados só por virmos até aqui, mais ainda por estarmos sentados em um bar que fica há 20km do castelo do Rei Gato! — Se não fosse pela necessidade de discrição, a mulher mais jovem teria batido o punho contra a mesa. — Isso é manipulação, Mellie, não venha com essa para cima de mim. Se me quer para um trabalho, é só pedir.

      Bob não disse nada, mas acenou com a cabeça em concordância.

      Mel parou por um momento e tentou tirar a tensão de seus ombros.

      — Vocês vão me ajudar a roubar a Esmeralda Escarlate? Não posso fazer isso sem vocês. — Nem doeu dizer isso, não para Bob, nem para Krista. Foi uma surpresa.

      Seus parceiros compartilharam um sorriso malicioso.

      — E aquele diamante tão grande quanto o punho do Bob?

      Mel sabia exatamente do que ela estava falando. Levou seis meses de planejamento para consegui-lo.

      — É seu. — Ela olhou para Bob.

      Ele deu de ombros.

      — Tenho certeza de que vou pensar em algo. — Ele iria, sempre pensava.

      Ela se inclinou para frente, com os cotovelos sobre a mesa. Quase podia ouvir a voz de sua mãe gritando para retirá-los.

      — Vai ser complicado. Não há registro de plantas, nem detalhes do sistema de segurança. E eles são metamorfos, o que significa que são cerca de vinte vezes mais difíceis de roubar do que qualquer outra pessoa, exceto talvez por um complexo protegido pela irmandade.

      Krista se irritou com a avaliação.

      — Tente roubar de uma irmandade sem alguém para quebrar as proteções.

      — Não há nada registrado no condado? — Bob perguntou.

      Mel sorriu.

      — De acordo com os registros, o sr. Torres mora em um sobrado de 130 metros quadrados, com três quartos e dois banheiros. — Ela puxou uma pasta de sua bolsa e colocou as fotos na mesa na frente deles.

      Castelo não era o termo correto para o complexo de Torres. Era moderno demais. Tudo era construído em linhas retas e cimento, e as janelas eram pequenas no nível do solo e um pouco maiores a partir do quarto andar. A coisa toda subia até a altura das árvores ao redor e, felizmente, elas chegavam quase até a construção real. Pela perspectiva defensiva, era uma decisão estúpida, mas um gato não conseguia resistir ao chamado da floresta.

      — Claramente, o condado falsificou registros. — Ela olhou para Krista. — Como você pode me colocar dentro?

      Embora Krista costumasse socar qualquer um que a olhasse do jeito errado, seu verdadeiro talento era o reconhecimento e a magia tática.

      — Tenho uma ideia. Vou precisar de duas horas, mas devo conseguir.

      Perfeito.

      — Quando pode começar?

      Krista sorriu.

      — Esta noite. Há meses que desejo usar este bebê. — Krista adorava criar dispositivos mágicos que podiam se infiltrar até nos locais mais seguros.

      Mel estremeceu e olhou em volta. Um homem de jaqueta de couro tinha acabado de entrar. Era como se um fio elétrico a tocasse bem no peito, entre outros lugares, quando olhou para ele. Sua força era primordial. Ela inclinou a cabeça para trás.

      — Parece que o grandalhão está aqui. Pode começar agora? Vou ganhar tempo para você se preparar. — Sem o alfa, o perigo de cercar o lugar seria mínimo. Se alguém podia fazer isso, eram Krista e Bob.

      Seus parceiros trocaram um olhar e tiveram uma conversa silenciosa, as expressões brilhando tão rapidamente que Mel não conseguiu determinar o significado. Não era telepático, eles simplesmente trabalhavam juntos há tanto tempo, que algumas conversas não precisavam acontecer em voz alta. Bob finalmente concordou. Krista disse:

      — Dê-nos o máximo de tempo possível, mas o mantenha aqui por pelo menos vinte minutos. Nos encontramos na cabana em três horas. — Mel assentiu. Tinha alugado uma bela cabana de férias por um mês nos arredores da cidade, logo depois da fronteira do condado com o território de Luke Torres. Se ele perguntasse às pessoas certas sobre o roubo, acabaria descobrindo o culpado, mas ela não queria tornar isso tão fácil, bastando verificar os registros dos dois motéis na cidade.

      Krista derrubou a barreira e o cheiro dos gatos que haviam acabado de entrar quase a oprimiu, mas manteve a expressão neutra. Ela e Bob escapuliram, mas Mel não os viu partir. Seus olhos se voltaram para o alfa.

      Ela tinha trabalho a fazer.

      Tinha algo errado. Luke sentiu isso no momento em que entrou. À primeira vista, tudo parecia normal. Quase todos no lugar moravam na cidade, embora tivesse visto a pequena família que estava hospedada no Sid’s Motel em seu caminho pelas montanhas. Mas eles pareciam bem, completamente humanos e inconscientes de que havia pessoas que não eram.

      Ele chegou ao bar onde Sinclair estava limpando a superfície brilhante.

      — Alguma novidade?

      A barba do homem cobria metade de seu rosto e pendia vários centímetros. Escondia uma série de cicatrizes e obscurecia sua mandíbula o suficiente para ocultar o fato de que havia sido atingido no rosto. Também o fazia parecer mais perto dos sessenta anos do que dos trinta, mas isso era problema dele.

      — O Vince e os outros estão fumando. Estão em uma mesa. Não começaram nada desde que chegaram aqui.

      Exatamente o grupo que ele precisava ver. Vince Hardy e companhia eram exatamente o tipo de merda com que não precisava lidar agora.

      — E nossos convidados?

      A barba de Sinclair se moveu quando ele sorriu.

      — Quais?

      Isso fez Luke hesitar. Alguém devia ter entrado na cidade depois que ele recebeu a última atualização. Por mais louco que parecesse, com a cúpula chegando em duas semanas, ele precisava de segurança. Sem estranhos que ele não conhecesse na cidade, sem surpresas.

      — Eu sei sobre a família.

      Sinclair acenou com a cabeça para a mesa nos fundos do salão.

      — Três pessoas. Acho que são humanos, mas não consegui uma leitura clara. Devem estar apenas de passagem. Não alugaram nenhum quarto.

      Luke olhou para onde seu homem apontou. Uma mulher pequenina estava sentada ao lado de um homem alto, e os dois estavam de frente para uma ruiva. A única coisa que podia ver eram seus cachos cheios e encaracolados. Mesmo assim, só de vê-los foi como um soco no estômago. Apertou as mãos e respirou fundo. Claro, já fazia algum tempo, mas ver o cabelo dela não deveria deixá-lo nervoso.

      Seus amigos se levantaram e foram embora antes que ele pudesse sequer considerar ouvir o que estavam dizendo. Ela ficou. Luke observou os outros dois atravessarem a saída principal, e parecia que a ruiva


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