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Chamas Escuras (Laços De Sangue Livro 6). Amy BlankenshipЧитать онлайн книгу.

Chamas Escuras (Laços De Sangue Livro 6) - Amy Blankenship


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torna o nosso trabalho muito mais fácil. Também estou a trabalhar na tecnologia de modificação meteorológica para criar um furacão e mantê-lo perigosamente perto da costa por uns tempos. Isso pode levar ainda mais pessoas para fora da cidade.

      "Fomentar o medo, no seu melhor", alguém concordou.

      O Storm acenou: "Temos de tentar manter o máximo que pudermos fora dos olhos dos humanos. Preciso que vocês todos se mantenham atentos a qualquer um com um gravador. Aqueles de entre vocês, capazes de apagar mentes, terão de trabalhar a dobrar para reparar os estragos. Todas as chamadas para o 911 estão também a ser monitorizadas. E mantenham-se atentos. Está perigoso lá fora... perdemos vários membros do PIT ontem à noite. "Ele terminou suavemente enquanto olhava para o Guy.

      O Guy manteve o olhar pregado no Storm a desafiá-lo a tentar pô-lo à margem, com a desculpa do tempo apropriado de luto. Do que ele precisava mesmo era de vingança e ir lá para fora, entre os demónios, era a única maneira de conseguir isso.

      Zachary inclinou-se contra a mesa e enfiou as mãos nos bolsos. "Eu estava lá... nem tudo o que saiu da fenda ontem à noite é mau.

      O Storm acenou: "Sim, é possivelmente a única coisa boa a sair desta confusão. Quando a Misery abriu a fenda, ela libertou, não só demónios, como também conseguiu libertar uma série de desaparecidos e outros que estão, felizmente, do nosso lado."

      "Como quem por exemplo?" perguntou o Trevor.

      "Como, por exemplo, aqueles que estavam a proteger o selo do outro lado da fenda." Uma nova voz disse do fundo da sala.

      Viraram-se todos na direção da voz. Um jovem que não parecia ter mais de 18 anos estava encostado à parede do fundo, com os braços cruzados sobre o peito. Seu cabelo escuro parecia soprado pelo vento e a forma em como a luz refletia em certos pontos dava-lhe uma tonalidade arroxeada. Quando abriu os olhos, as cores iam e vinham, assemelhando-se a uma turmalina brilhante, fazendo com que muitos na sala desviassem o olhar

      "O que és tu?" perguntou o Ren, intrigado porque não conseguia sentir nenhum poder no novato.

      O jovem sorriu: "Para os demónios... Eu sou o bicho-papão.”

      "Este é um dos nossos aliados do outro lado." Respondeu o Storm. “O Kamui e os seus... irmãos vão ficar no terceiro andar.”

      "Pensei que o terceiro andar estava selado." Questionou o Trevor. "Como é que eles podem ir lá para cima?"

      O jovem levitou por vários metros e piscou o olho ao mutante.

      "Uma criança que sabe voar... Boa!", Trevor sacudiu a cabeça com desdém, "vai ser uma rica ajuda."

      O Kamui sorriu: "Sou mais velho que o primeiro da tua espécie. Não fomos atirados para aquela fenda contra a nossa vontade... Fomos de livre vontade, sabendo exatamente no que nos estávamos a meter. E havia mais demónios do lado de lá, do que aqui. Impedimos que o nosso lado fosse trespassado... E tu, o que é que fizeste?"

      O Ren arqueou uma sobrancelha, decidindo que já estava a começar a gostar deste rapaz. Teve de tossir na mão para não se rir do Trevor em voz alta, embora não se devesse ter preocupado, porque vários outros já se riam sem simpatia.

      "A maioria dos demónios já se espalhou pela cidade e estão escondidos", o Zachary tornou a falar, tentando virar a atenção a concentrar-se na reunião. "Aqueles que representam maior perigo por serem vistos ou atacarem os humanos são os espectros que foram convocados."

      "Odeio essas coisas", o Trevor rosnou incapaz de suprimir o arrepio. "Eles magoam para caramba quando passam através de ti."

      Zachary acenou: "Eles estão praticamente em todos os cemitérios da cidade e isso é um perigo real para os humanos. O Hunter pode matá-los, mas apenas um de cada vez.” Fez uma pausa, perdido em pensamentos “Na verdade, matar nem é a palavra certa."

      "Eu gostava de dar-lhes uma sova, mas não consigo tocar-lhes." Queixou-se o Trevor.

      "Também ficavas zangado se o teu descanso fosse interrompido por um demónio que quer trazer-te de volta só para seres o servo dele." Uma jovem com cabelo prateado e longo declarou. "Só estão a expressar essa raiva... não é pessoal.”

      "Tiara", o Storm disse o nome dela para as pessoas na sala que ainda não tinham tido a oportunidade de a conhecer. "Estou feliz que tenhas vindo e lamento muito pela tua mãe."

      "Obrigada", respondeu a Tiara, mas o seu olhar estava no Trevor. "Atrai-los porque tens a vida de tantos animais dentro de ti." Ela pôs-se à frente dele e puxou um punhal do cinto, fazendo o Trevor hesitar na ação rápida. Ela sorriu suavemente, “Toma, podes usar isto para te protegeres deles."

      "Vai matá-los?" O Trevor pegou no punhal cuidadosamente, levantou-o e observou-o.

      "Já estão mortos." Tiara disse calmamente como se falasse com uma criança. "Esta é uma ferramenta usada para libertar... não para matar.”

      Trevor franziu a testa, mas não devolveu o punhal. Sabia do que aquelas coisas eram capazes e aceitaria toda a ajuda que conseguisse. "Obrigado", colou-o no cinto e cobriu-o com a camisa.

      "Tiara, tens a certeza de que estás pronta para isto?" Perguntou-lhe o Storm não querendo pô-la sob pressão, sabendo que esta seria a sua primeira vez. "Vampiros e espectros não são as únicas coisas lá fora... zombies também têm sido avistados por todo o lado. Isso não inclui mestres demónios e as coisas para as quais não temos nome... não sabemos o que mais está lá fora.”

      "Estou pronta", respondeu a Tiara com uma ligeira inclinação desafiadora do queixo. Ela tentou ter em mente que o Storm pensava que só tinha ganho o seu poder através da morte da mãe e isso era de certa forma verdade. Tinha acabado de herdar os poderes da Myra, mas conseguia ver fantasmas desde o dia em que tinha nascido.

      Zachary afastou-se da mesa, confuso, quando algo lhe surgiu na mente. “Estás a dizer que esta será a primeira vez que ela usa os poderes dela?"

      "Sim, o dom da necromancia só pode ser passado quando o progenitor com o dom morre... a Tiara só recebeu o poder há umas semanas." Explicou o Storm.

      A Tiara olhou para o Zachary... desta vez fixando os olhos destemidamente nele. Se ele tinha um problema com ela, ela queria-o esclarecido agora, em vez de deixar isso a pesar-lhe na cabeça mais tarde. Se lhe fosse apontar dedos, ela preferia que ele fosse em frente e o fizesse.

      "E vais mandá-la para lá sozinha?" De repente, o Zachary não gostava da ideia. A mãe dela usava a necromancia durante anos e tinha uma equipa de lutadores com ela. E, como o Storm acabou de sublinhar... ainda morreu às mãos de um demónio apenas há umas semanas.

      "Vou com ela", o Trevor sorriu colocando a palma da mão contra o punho do punhal. "Enquanto esta coisa fizer o que a Tiara diz que faz, não tenho problemas em vigiá-la."

      Zachary olhou para Trevor pensando na forma como o mutante andava tão distraído com a Envy ultimamente. Não era uma boa escolha, no que dizia respeito ao iniciador de fogo.

      "Até a Tiara escolher a sua própria equipa proponho que, para começar, o Trevor e o Zachary a acompanhem. O Zachary vai estar no comando da equipa e pode também ser o reforço, no caso de alguém a vir nos cemitérios. Ele pode apagar-lhes facilmente a memória ", anunciou o Storm.

      Os olhos da Tiara alargaram-se uma fração quando ouviu que o Zachary ia comandar a equipa dela. Myra tinha-lhe contado há muito tempo sobre o Zachary tê-la visto com o Deth... e que ele tinha mantido o segredo todos estes anos. A Myra também lhe tinha apontado o Zachary algumas vezes ao longo dos anos, mas isso só tinha causado um medo infantil e um espanto a crescer dentro dela pelo homem que sabia o segredo da mãe.

      O Zachary relaxou um pouco agora que sabia que a Tiara não estaria sozinha esta noite. Isto surpreendeu-o, sentir-se aliviado sabendo que estaria ao lado dela se algo acontecesse.

      "Vou com eles", anunciou o Guy.

      Tiara sentiu uma onda de mal-estar sabendo a verdadeira razão do Guy querer ir.


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