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A Última Missão Da Sétima Cavalaria. Charley BrindleyЧитать онлайн книгу.

A Última Missão Da Sétima Cavalaria - Charley Brindley


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na linha de marcha gritou, e todas as crianças esticaram suas mãos, educadamente esperando as suas tigelas serem devolvidas. Assim que cada menino recebia sua tigela, corria de volta para seu lugar na trilha.

      A menina correu de volta para seu lugar atrás do menino que havia servido água para Karina. Ele olhou de volta para Karina, e quando ela acenou ele levantou a mão, mas se deteve e voltou a correr ao lado da trilha.

      Um grande rebanho de ovelhas passou, balindo e murmurando. Quatro meninos com seus cachorros as mantinham no caminho. Um dos cachorros — um animal grande e preto com uma das orelhas arrancadas — parou para latir para o pelotão, mas logo perdeu o interesse e correu para alcançar o grupo.

      “Você sabe o que eu acho?” Kady perguntou.

      “Ninguém liga para o que você acha, cara de cicatriz,” Lojab disse.

      “O que, Sharakova?” Alexander olhou de Lojab para Kady.

      A cicatriz de dois centímetros que corria pelo meio do nariz de Kady escureceu conforme seu pulso acelerava. Mas ao invés de deixar sua desfiguração amortecer seu espírito, ela a usou para encorajar sua atitude. Ela olhou para Lojab de uma forma que poderia esmorecer erva daninha.

      “Chupa essa, Lojab,” ela falou, mostrou o dedo do meio e depois se dirigiu a Alexander. “Isso é uma reconstituição.”

      “Do quê?” Alexander passou os dedos por cima de sua boca, disfarçando um pequeno sorriso.

      “Eu não sei, mas você lembra daqueles shows da PBS onde os homens se vestiam com uniformes da Guerra Civil e se alinhavam para atirar de mentira uns nos outros?"

      “Sim.”

      “Aquilo é uma recriação de uma batalha de Guerra Civil. Aquelas pessoas estão fazendo uma reconstituição.”

      “Talvez.”

      “Eles tiveram muito trabalho para fazer dar certo,” Karina disse.

      “Fazer o que dar certo?” Lojab perguntou. “Algum tipo de migração medieval?”

      “Se é uma recriação,” Joaquin disse, “onde estão todos os turistas e suas câmeras? Onde está o pessoal da TV? Os políticos levando o crédito por tudo?”

      “É,” Alexander disse, “onde estão as câmeras? Ei, Sparks,” prosseguiu em seu comunicador, “onde está seu Flappy Bird?”

      “Você quis dizer a Dragonfly?” o soldado Richard ‘Sparks’ McAlister perguntou.

      “Sim.”

      “Está na maleta dela.”

      “O quão alto ela pode voar?”

      “Mais ou menos mil e quinhentos metros. Por quê?”

      “Mande ela para cima para vermos o quão longe estamos do Deserto de Registan,“ Alexander disse. “Por mais que eu fosse adorar passar um tempo aqui e assistir ao show, nós ainda temos uma missão para completar.”

      “Ok, Sargento,” Sparks disse. “Mas a maleta está na nossa caixa de armas.”

      Os soldados se reuniram em volta de Alexander enquanto ele abria seu mapa no chão.

      “Qual a velocidade de voo do C-130?” ele perguntou para o aviador Trover, um tripulante da aeronave.

      “Aproximadamente quinhentos e trinta quilômetros por hora.”

      “Quanto tempo ficamos no ar?”

      “Nós saímos de Kandar às quatro da tarde.” Trover conferiu seu relógio. “Agora são quase cinco, então cerca de uma hora voando.”

      “Quinhentos e trinta quilômetros,” Alexander sussurrou enquanto desenhava um círculo ao redor de Kandar. “Uma hora ao leste nos levaria ao Paquistão. Neste caso, aquele rio que nós vimos é o Rio Indo. Uma hora ao oeste, e nós estaríamos dentro do Irã, mas não há grandes rios lá. Uma hora ao sudoeste é o Deserto de Registan, bem onde nós deveríamos estar, mas nada de florestas ou rios naquela região. Uma hora ao norte, e ainda estaríamos no Afeganistão, mas esse é um país árido.”

      Karina olhou para seu relógio. “Que horas são aí, Kawalski?”

      “Hum, cinco minutos para as cinco.”

      “É, é isso que eu vejo aqui também.” Karina ficou quieta por um momento. “Sargento, alguma coisa não está se encaixando por aqui.”

      “O que foi?” Alexander perguntou.

      “Todos os relógios nos dizem que estamos no fim da tarde, mas olhe para o sol; está quase diretamente em cima das nossas cabeças. Como isso é possível?”

      Alexander olhou para o sol, e em seguida para seu relógio. “Alguém me dê um tapa. Onde está Sparks?”

      “Aqui, Sargento.”

      “Verifique aquela informação do GPS novamente.”

      “Ainda diz que estamos na Costa Azul.”

      “Trover,” Alexander disse, “qual o alcance do C-130?”

      “Cerca dequatro mil e oitocentos quilômetros sem reabastecer.”

      Alexander batia no mapa com seu lápis. “A França está a pelo menos seis mil e quatrocentos quilômetros de Kandar,” ele disse. “Mesmo que o avião tivesse combustível suficiente para voar até a França–o que ele não tinha–nós teríamos que passar mais de vinte horas no ar–o que não passamos. Então, vamos parar com esta besteira de Costa Azul.” Ele olhou para seus soldados ao redor dele. “Tudo bem?”

      Sparks fez que não com a cabeça.

      “O quê?” Alexander perguntou.

      “Não vê as nossas sombras?” Sparks perguntou.

      Olhando para o chão, vemos muito pouco delas.

      “Eu acho que agora são umas duas da tarde,” Sparks disse. “Nossos relógios estão errados.”

      “Todos os nossos relógios estão errados?”

      “Estou apenas falando o que eu vejo. Se realmente for cinco da tarde, o sol deveria estar ali.” Sparks apontou para o céu em aproximadamente quarenta e cinco graus acima do horizonte. “E as nossas sombras deveriam ser longas, mas o sol está lá.” E apontou direto pra cima. “Na Costa Azul, agora mesmo, é meio-dia.” Ele olhou para o rosto desconfiado de Alexander. “A França está cinco horas atrás do Afeganistão.”

      Alexander lhe lançou um olhar fulminante. “Tudo bem, a única forma de resolver isso é encontrar nosso caixote de armas, pegar aquele seu brinquedo Flappy Bird, e mandá-lo lá para cima para ver onde diabos nós estamos.”

      “Como vamos encontrar a caixa, Sargento?” Lojab perguntou.

      “Vamos ter que encontrar alguém que fale inglês.”

      “O nome dela é ‘Dragonfly,’” Sparks resmungou.

      “Ei,” Karina disse, “lá vem mais cavalaria.”

      Eles observaram duas colunas de soldados fortemente armados passarem montados a cavalo. Os cavalos os maiores que eles já haviam visto na vida, e os homens vestiam peitorais de ferro, junto com capacetes do mesmo estilo. Suas ombreiras e punhos eram feitos de couro grosso. Escudos circulares estavam pendurados em suas costas, e cada homem carregava uma longa espada, além de adagas e outras facas. Seus rostos, braços, e pernas exibiam muitas cicatrizes de batalha. Os soldados cavalgavam com freios e rédeas, mas sem estribos.

      Demorou quase vinte minutos para a cavalaria passar. Atrás deles, o


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