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O conde de castelfino - Paixões mediterrâneas. Christina HollisЧитать онлайн книгу.

O conde de castelfino - Paixões mediterrâneas - Christina Hollis


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como eu com o que dirão os empregados… Mas isso não é possível.»

      – Tem a coragem de me falar de respeito? Uma mulher que chega a rir-se a uma casa que está de luto?

      Meg ficou petrificada, mas o desespero fez com que se mantivesse firme. Tinha de convencê-lo para que a deixasse ficar na propriedade.

      – Não era a minha intenção – desculpou-se. – Não teria levantado a voz de estivesse a par das circunstâncias. Não podemos começar novamente?

      Desde que chegara, dera-se conta de que aquilo não ia ser fácil, mas agora parecia-lhe impossível. E precisava daquele emprego. Havia demasiada gente que dependia dela e não podia partir sem tentar novamente.

      – Quando o seu pai era vivo, disse-me que queria que trabalhasse para ele – começou a dizer. – Eu era a pessoa mais qualificada para o lugar e, sem os meus conhecimentos, as suas plantas morreriam. Tinha muitos planos para a propriedade e… Bom, eu acho que seria uma maneira de honrar a sua memória. Estava sempre preocupado com o futuro e muitas das suas ideias eram muito práticas. Inclusive, falou de, um dia, mostrar as suas plantas ao público para aumentar o turismo na zona e imagino que queira seguir em frente com esses planos. Qualquer homem se sentiria orgulhoso desse legado, sei-o muito bem.

      – Como é que sabe? – perguntou ele.

      – Porque o meu pai se parece muito com o seu – respondeu Meg. – Quando ficou doente, continuava a preocupar-se com o que deixara para trás e não conseguia descansar, portanto, ele era o seu pior inimigo. O seu pai era um bom homem, signor Bellini, e merece um tributo. Trabalhei com ele neste projecto e estava tão entusiasmado que realmente acho que seria um erro que o cancelasse.

      Gianni ficou a olhar para ela. E depois esboçou um daqueles sorrisos que a tinham perseguido em sonhos desde o dia em que o conhecera, enquanto lhe estendia a mão.

      – Permita-me que a felicite, menina…

      – Megan Imsey.

      Quando Gianni agarrou a sua mão, Meg ficou corada.

      – Permita-me que a felicite, menina Imsey. Fiquei sem palavras… Algo que nunca me tinha acontecido.

      Meg também sorriu. Em poucos minutos, Gianni Bellini tinha passado do homem dos seus sonhos a um ser humano de carne e osso, alguém em quem podia tocar.

      E, para sua surpresa, apercebeu-se de que tinham, pelo menos, algumas coisas em comum. O trabalho era tudo para ele e era tão bom a esconder os verdadeiros sentimentos como ela. Poderia ter começado como uma fantasia sua, mas Meg reconhecia nele uma pessoa realista.

      Vinda de uma família sem grandes meios económicos, ela era obcecada por ganhar dinheiro e, além disso, precisava daquele emprego. E, caso não fosse razão suficiente, Gianni Bellini era uma pessoa tão magnética… Muito mais elegante e mais experiente do que alguém que tivesse conhecido. E agora que se vira projectado para uma posição de poder, queria saber o que ia fazer com os seus planos.

      – Não acho que deva tomar uma decisão neste momento. Imagino que tenha um milhão de coisas em que pensar.

      Podia ter prática na arte de esconder as emoções, mas, durante um segundo, Meg viu um brilho de dor nos seus olhos. A qualquer outra pessoa teria passado despercebido, mas ela também já tinha estado em alguns lugares escuros e frios. Recordava como tinham sido horríveis os momentos em que o seu pai se debatia entre a vida e a morte…

      – E o mais importante dessa lista deveria ser você mesmo – acrescentou.

      – Eu estou perfeitamente – replicou ele.

      – Pois, parece que não passou bem a noite – insistiu Meg.

      – Eu não estava presente quando aconteceu – murmurou Gianni, quase como para si mesmo. – Estava numa discoteca, com centenas de pessoas, a nenhuma das quais teria importado que tivesse caído morto aos seus pés. Fui directamente para o hospital e sentei-me ao lado do meu pai, tentando sentir alguma coisa. Não sentia nada, mas então…

      De repente, ficou calado.

      – Está tudo bem – disse Meg, pondo uma mão no seu braço.

      Mas Gianni recuou.

      – Depois, vim directamente para aqui, porque este sítio não se gere sozinho… – murmurou, olhando para o seu relógio. – Dio! Não durmo há dias…

      – Já me dei conta.

      E entendia-o. Também ela tinha passado muitos dias sem dormir quando o seu pai estava no hospital.

      As lembranças continuavam a ser como uma ferida aberta e, de repente, sem pensar, abraçou-o. Não conseguiu evitá-lo. Mas a reacção de Gianni foi igualmente instintiva, afastando-a educadamente.

      – Não, estou bem. Por favor, não…

      – Está bem, sei que o preocupa que os empregados estejam a olhar, mas não fará nenhum favor a ninguém nesse estado de cansaço. Tem de descansar e, a menos que o faça, acabará também no hospital. E então quem cuidará da villa Castelfino e de toda a gente que vive aqui?

      Ele olhou para ela, com expressão enigmática. Gianni Bellini estava por barbear, exausto, mas, mesmo assim, era totalmente irresistível. Pensou então em todas as fantasias que tinha tido com ele. Tinha passado tantas noites a recordar a sua cara, o seu sorriso, o seu encanto… E, agora que estava ali, ao seu lado, ficava corada até à raiz dos cabelos!

      – Porque está a fazer isto, menina Imsey? Acabou de chegar… Porque lhe importa o que se passa comigo? Eu sou um homem frio e prático, qualquer pessoa poderá dizer-lho. E, quando cancelar todos os projectos absurdos do meu pai, não haverá trabalho para si aqui.

      Meg arqueou um sobrolho, surpreendida. Os planos do conde tinham-lhe parecido muito sensatos. Aquele era o emprego dos seus sonhos, mas, se não houvesse lugar para ela nos novos planos de Gianni, talvez estivesse na altura de lhe dizer algumas verdades.

      – Não posso permitir-me que não me importe. Sou empregada da villa Castelfino, mas, pelos vistos, o senhor é a única pessoa que parece saber que vim trabalhar para cá, de modo que é importante que me preocupe consigo, se quiser receber o meu salário, signor Bellini. E existe sempre a possibilidade de que mude de ideias e continue com os planos do seu pai.

      A expressão de Gianni passou de resignação a desagrado.

      – Devia ter imaginado. Com as mulheres, tudo se cinge ao dinheiro. E ainda me perguntam porque é que não me caso!

      Aquela resposta foi uma chamada de atenção para Meg. Na vida real, estava a ser um homem muito diferente do que ela tinha inventado. E, sem ilusões a respeito de Gianni, a única coisa que podia esperar era manter o seu emprego. Para além das razões práticas, os seus pais tinham-se despedido dela no aeroporto com tantas esperanças… Não queria dar-lhes um desgosto, voltando para casa sem ter conseguido nada.

      – Não é só dinheiro, signor Bellini, é também sensatez. A minha família depende de mim. O negócio está a correr bem agora, mas toda a gente sabe como podem mudar as circunstâncias a qualquer momento.

      Gianni assentiu com a cabeça, mas não disse nada.

      – Por isso, preciso deste emprego – continuou Meg. – O seu pai decidiu que viveria no pavilhão que há ao lado da estufa. Já vim cá algumas vezes, portanto, sei onde fica. Não precisa de se preocupar comigo, não serei um problema para ninguém. E podemos falar disto mais tarde… Devia descansar.

      – Não, tenho de estar desperto.

      Mas parecia tão beligerante como só podia estar alguém privado de sono durante vários dias.

      – Claro que sim, por isso, deve dormir um pouco. Não se preocupe, eu sei mais ou menos como funciona esta casa. Os seus empregados mantê-lo-ão informado de tudo – disse-lhe, falando com ele como faria com uma criança. – O seu pai disse-me que só contratava pessoal capaz.

      Gianni


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