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Desejo Mortal. Amy BlankenshipЧитать онлайн книгу.

Desejo Mortal - Amy Blankenship


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único piscar de olhos, ele desaparecera de sua vista repentinamente.

      Ela não conseguiu controlar o suspiro ofegante e aterrorizado que escapou quando sentiu duas mãos agarrarem seus ombros enquanto sua mão esquerda vagava pelo ar rarefeito em vez da superfície plana do colchão. Se ele não tivesse se movido tão rápido, ela já teria caído para trás, deslizando da cama para o chão.

      "Que tal ficar quieta, nem que seja só por um minuto?", disse Ren de uma maneira um pouco mais áspera do que pretendia, mas aquela garota ia ter que se acalmar, antes que se machucasse.

      A respiração de Lacey acelerou e seu olhar percorreu toda a sala em busca de uma arma de qualquer espécie. Para seu grande alívio, ela observou algumas armas que decoravam as paredes e, mentalmente, esboçou um sorriso malicioso pela habilidade do avô de pensar antecipadamente. O ruim era que elas ainda estavam fora de seu alcance.

      O homem que segurava seus ombros tinha se movido muito rápido para ser humano… o que significava que era um demônio. Se fosse esse mesmo o caso, que diabos um demônio estava fazendo dentro do abrigo antiaéreo de seu avô e por que ela estava sozinha com ele?

      Ela piscou lentamente e todos os pensamentos de contra-ataque lhe sumiram da mente quando a memória lhe deu um estalo no rosto… bem forte. Vovô estava morto. Um som perto da porta fez com que ela desviasse o olhar subitamente para cima e observasse Gypsy entrando no quarto junto com o outro cara que havia arrombado a porta da frente da loja.

      Os ombros de Gypsy caíram quando a expressão de Lacey lentamente passou de tristeza a acusação enquanto eles olhavam um para o outro em cada lado da sala.

      "Você pode tirá-los daqui e me dar um tempo para pensar claramente?", reclamou Lacey furiosamente enquanto tentava conter as lágrimas provocadas pela ideia de nunca mais voltar a ver seu avô.

      "Preciso lembrá-la de que você foi a pessoa que entrou aqui sorrateiramente, sem ser convidada?”, retrucou Ren, desejando que houvesse um demônio nas proximidades com o poder ler pensamentos para que ele pudesse anular esse poder. Ele daria uma fortuna para saber o que aquela garota estava pensando agora. A última coisa que ele precisava era que ela tivesse tempo suficiente para inventar uma história qualquer, antes que ele pudesse arrancar a verdade dela.

      "Ren, por favor… você e Nick poderiam nos dar um pouco de privacidade?", perguntou Gypsy gentilmente, sentindo pena de Lacey. Ela já tinha lidado com seu próprio sofrimento pela morte do avô… mas isso aqui Lacey havia acabado de descobrir.

      Ren encarou Gypsy por um momento, antes de olhar novamente para a garota que ele ainda estava agarrando. Apertando ainda mais forte, ele se inclinou para frente até que seus lábios ficassem a poucos centímetros do ouvido da moça: "Não vou me afastar".

      Bem, Lacey nasceu à noite, mas não nasceu ontem à noite e entendeu perfeitamente a ameaça subjacente nas palavras daquele homem.

      Gypsy suspirou e balançou a cabeça, antes de acenar para que os dois homens saíssem de sua sala. "Podem ir. Acho que eu posso lidar com isso a partir daqui. "Ela soprou para tirar dos olhos uma mecha dos cabelos escuros quando os homens saíram do dormitório, mas pararam bem no meio da sala de estar para se voltarem olhando na direção dela.

      Franzindo a testa, ela se aproximou calmamente da porta do abrigo antiaéreo e apontou. "Não é nada contra nenhum de vocês, mas faz mais de um ano que não vejo minha prima e acho que ela tem tantas perguntas quanto vocês… por isso, saiam daqui”.

      Nick colocou uma das mãos sobre o ombro de Ren e o empurrou gentilmente em direção à porta. Ren rapidamente tirou a mão de Nick dali quando ignorou e saiu apressado da sala, antes dele.

      Antes de segui-lo, Nick voltou-se para Gypsy e deu-lhe um sorriso tranquilizador. "Estaremos bem aí fora, caso você precise de alguma coisa. Aproveite bem o tempo”.

      Ren voltou-se para contradizer o tempo permitido, mas as palavras morreram em seus lábios quando ele viu que Lacey agora estava de pé, bem atrás de Gypsy, com um sorriso presunçoso no rosto, como se tivesse acabado de achar uma saída para tudo. A pequena pirralha era irritante e estava mesmo prestes a deixá-lo furioso… então, ele decidiu fazer o joguinho dela.

      Inclinando a cabeça para baixo para que ela pudesse ver o brilho prateado de seus olhos, Ren retribuiu o sorriso malicioso com um dos seus sorrisos mais sombrios, fazendo com que a expressão dela oscilasse um pouco.

      Lacey não podia acreditar que esse cara estava realmente dando um sorriso sarcástico para ela, como se ele soubesse de algo que ela não sabia. Ora, não estou nem aí para isso. Como vingança, ela estendeu a mão e empurrou a porta do abrigo antiaéreo com força o suficiente para fechá-la com um estrondo ensurdecedor, apenas um segundo antes de conseguir travá-la.

      "Receba essa, seu rejeitado sexy dos anos 80", ela reclamou mentalmente, esquecendo completamente o fato de que lhe tinha feito um elogio e um insulto ao mesmo tempo.

      "Para que tudo isso, garota?", esbravejou Ren e estendeu a mão até a maçaneta para destravá-la; mas Nick afastou sua mão rapidamente com um golpe.

      "Ah, sem essa! Duvido que ela seja perigosa", Nick ofereceu-se para tentar acalmar Ren. "Caso você não tenha notado, ela está com tanto medo que quase perdeu o juízo agora e não está mais planejando dominar o mundo. Além disso, só há uma saída deste abrigo antiaéreo e estamos aqui em pé bem na frente dela. Confie em mim… ela é apenas uma garota e não uma ameaça”.

      "Ora essa!", retrucou Ren irritado. "Se ela é tão inocente assim, então, por que está vestida como um garoto e tentando invadir a loja do avô no meio da noite?... Ah, e não vamos esquecer o fato de que ela foi diretamente para um cofre secreto que, até ontem, guardava uma grande quantidade de artefatos tão poderosos que qualquer demônio daria sua Espada Profana para se apossar deles. Explica isso para mim, Robin", concluiu ele com arrogância.

      Nick deu um sorriso malicioso e balançou a cabeça lentamente: "Ah, não… Agora, eu sou o Batman”.

      "Tanto faz… Robin", disse Ren enquanto encostava a palma da mão na porta e fechava os olhos para se concentrar.

      Ele franziu a testa quando os pensamentos de Nick, que não eram muito agradáveis, de repente lhe ecoaram pela mente em alto e bom som. Ren não pôde evitar e começou a reclamar silenciosamente do poder de leitura de pensamentos que ele não havia conseguido ativar apenas alguns instantes atrás, quando teria se revelado útil. Onde quer que estivesse aquele demônio que lia pensamentos ... ele não deveria ter saído do inferno de onde veio.

      Gypsy impacientou-se com a teimosia persistente de Lacey e virou-se para encarar sua prima. Ela nem ligou em dizer-lhe que os dois homens sabiam destravar a porta que ela tinha acabado de bater na cara deles. Se ela continuasse a contrariar Ren, descobriria isso rapidamente… Gypsy tinha certeza disso.

      "O que será…" Gypsy começou a falar, mas teve que calar a boca quando Lacey, de repente, estendeu a mão tocando seus lábios com as pontas dos dedos e fez um gesto pedindo silêncio.

      "Onde está o nosso cristal?", Lacey quase sussurrou antes de começar a andar pela sala observando a grande quantidade de cristais que Gypsy mantinha expostos.

      Gypsy sorriu, percebendo o que Lacey estava procurando e aproximou-se da mesa de seu computador, chegando até o cristal brilhante de quartzo e rubi que ali se encontrava. Quando eram crianças, elas muitas vezes usavam o cristal do sigilo para guardar segredos entre si que ninguém mais poderia ouvir… especialmente os adultos.

      Elas tinham mantido o próprio cristal em segredo, que foi presenteado pelo avô


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