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Um Reinado de Rainhas . Морган РайсЧитать онлайн книгу.

Um Reinado de Rainhas  - Морган Райс


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permanece parada e observa enquanto as chamas se espalham rapidamente, atingindo toda a extensão do navio.

      Gwen derruba a tocha – atingida pelo calor intenso do fogo – e se vira para partir, acompanhada de Krohn e Bokbu; ela desce a prancha até a praia – até seu novo lar, o último lugar que lhe resta no mundo.

      Ao olhar para a selva ao seu redor e ouvir guinchos de pássaros e animais estranhos que ela não reconhece, Gwen começa e se perguntar.

      Eles serão capazes de construir um lar ali?

      CAPÍTULO CINCO

      Alistair se ajoelha sobre a pedra tremendo de frio e olha pra frente quando os primeiros raios do sol brilham sobre as Ilhas do Sul iluminando as montanhas e vales com uma luz suave. Suas mãos, amarradas aos postes de madeira, tremem ligeiramente à medida que ela se abaixa e coloca o seu pescoço na plataforma onde tantos outros pescoços haviam repousado antes do dela. Ela olha para baixo e vê manchas de sangue na madeira e cortes feitos pelas lâminas no momento do golpe fatal. Alistair sente a energia trágica no instante exato em que seu pescoço encosta na madeira – e sente os momentos e emoções finais de todas as pessoas que haviam estado ali antes dela. Seu coração se aperta de tristeza.

      Alistair olha para cima com orgulho e observa o último sol, vê o novo dia amanhecer com a sensação surreal de que nunca mais teria aquela experiência novamente. Ela aproveita aquela oportunidade mais do que nunca havia feito antes. Ao olhar para o horizonte naquela manhã fria – enquanto uma brisa suave assopra – as Ilhas do Sul nunca lhe pareceram tão belas; aquele é o lugar mais lindo que ela já tinha visto, com árvores exuberantes em tons de laranja, vermelho, rosa e roxo produzindo frutos em abundância. Pássaros e grandes abelhas laranja já estão voando pelo ar, e a doce fragrância das flores é carregada pela brisa em sua direção. A névoa brilha sob a luz do sol, dando ao ambiente um aspecto mágico. Ela nunca havia sentido tamanha ligação com um lugar antes; aquele é um lugar, ela sabe, onde ela teria ficado feliz em passar o resto de seus dias.

      Alistair ouve passos de botas andando sobre o chão de pedra, e ao olhar para o lado vê Bowyer se aproximar e parar ao lado dela com suas enormes botas raspando nas pedras. Ele tem um grande machado duplo nas mãos e o segura casualmente ao lado do corpo enquanto a observa com uma expressão hostil.

      Atrás dele, Alistair pode ver centenas dos habitantes das Ilhas do Sul – todos alinhados, homens leais à Bowyer – organizados em um círculo ao redor dela e em torno da grande praça central. Eles permanecem a vinte metros dela, dando um amplo espaço apenas para ela e Bowyer. Ninguém quer estar muito perto quando chegar a hora de derramar sangue.

      Bowyer segura o machado com dedos inquietos – claramente ansioso para terminar logo com aquilo. Ela pode ver nos olhos dele o quanto ele deseja se tornar Rei.

      Alistair sente grande satisfação em pelo menos uma coisa: por mais injusto que aquilo fosse, seu sacrifício permitiria que Erec continuasse vivo. E isso significa mais para ela do que sua própria vida.

      Bowyer dá um passo adiante, aproximando-se dela, e sussurra em seu ouvido, perto o suficiente para que apenas ela ouça.

      "Você pode ter certeza de que meu golpe será limpo," ele diz com um bafo rançoso em seu pescoço, "e o de Erec também."

      Alistair olha para ele, alarmada e confusa.

      Ele sorri – um sorriso reservado apenas ela e que ninguém mais pode ver.

      "É isso mesmo," ele sussurra, "pode não acontecer hoje, e pode ser que não aconteça por muitas luas. Mas um dia, quando ele menos esperar, seu marido vai encontrar minha lâmina nas costas dele. E eu quero que você saiba disso, antes que eu a mande para o inferno."

      Bowyer dá dois passos para trás, aperta as mãos com força em torno do machado e alonga o pescoço, preparando-se para dar o golpe fatal.

      O coração de Alistair bate acelerado enquanto ela continua ajoelhada ali, finalmente percebendo a extensão da perversidade daquele homem. Ele não é apenas ambicioso, mas também um covarde mentiroso.

      "Liberte-a!" exige de repente uma voz, cortando o ar calmo daquela manhã.

      Alistair se vira o máximo que pode e vê, no meio da confusão, duas figuras se aproximando no na multidão, atravessando o grupo até que as mãos gordas dos soldados de Bowyer as seguram. Alistair fica chocada e grata ao ver a mãe e a irmã de Erec paradas com olhares agitados em seus rostos.

      "Ela é inocente!" A mãe de Erec grita. "Você não pode matá-la!"

      "Você mataria mesmo uma mulher!?" grita Dauphine. "Ela é uma estrangeira. Deixe-a ir. Mande-a de volta para sua terra natal. Ela não deve se envolver em nossos problemas."

      Bowyer olha para elas e grita.

      "Ela é uma estrangeira que deseja ser nossa Rainha, e que tentou assassinar o nosso antigo Rei."

      "Você é um mentiroso!" grita a mãe de Erec. "Você se recusou a beber da fonte da verdade!"

      Bowyer observa os rostos da multidão que observa a cena.

      "Alguém aqui ousa desafiar meu direito?!" ele grita, dirigindo-se aos presentes e olhando-os nos olhos de maneira desafiadora.

      Alistair olha para eles esperançosa; mas um de cada vez, todos os homens – bravos guerreiros – a maioria da tribo de Bowyer, desvia o olhar, sem querer desafiá-lo para um combate.

      "Eu sou o seu campeão," declara Bowyer. "Eu derrotei todos os oponentes no dia do torneio. Não há ninguém aqui capaz de me derrotar. Ninguém. Caso haja, eu o desafio a me enfrentar agora."

      "Ninguém, a não ser Erec!" grita Dauphine.

      Erec se vira e olha para ela de maneira ameaçadora.

      "E onde está ele agora? Ele está deitado, morrendo. Nós, habitantes das Ilhas do Sul, não teremos um inválido como nosso Rei. Eu sou o Rei, como o segundo melhor guerreiro – como mandam as leis dessa terra. Da mesma forma que o pai do meu pai foi o Rei antes do pai do Erec."

      A mãe de Erec e Dauphine se jogam pra frente para impedi-lo, mas os homens de Bowyer as seguram, detendo-as. Alistair vê o irmão de Erec – Strom – com as mãos amarradas para trás ao lado de delas; ele luta para se soltar, mas não consegue se livrar das amarras.

      "Você vai pagar por isso, Bowyer!" Strom dispara.

      Mas Bowyer simplesmente o ignora. Em vez disso, ele se vira para Alistair, e ela pode ver em seus olhos que ele está determinado a continuar. Sua hora havia chegado.

      "O tempo é perigoso quando a trapaça é sua companheira," afirma Alistair.

      Ele olha para ela por um instante; obviamente ela havia tocado em um ponto sensível.

      "E essas serão suas últimas palavras," ele diz.

      Bowyer de repente ergue o machado, levantando-o bem acima de sua cabeça.

      Alistair fecha os olhos, sabendo que dentro de poucos instantes, ela não faria mais parte daquele mundo.

      De olhos fechados, ela sente o tempo se desacelerar. Imagens passam diante de seus olhos. Ela vê a primeira vez que havia conhecido Erec, ainda no Anel, no castelo do Duque, quando ela ainda era uma criada e havia se apaixonado por ele à primeira vista. Ela sente todo seu amor por ele – um amor que ela ainda sente até hoje, ardendo com a mesma intensidade dentro dela. Ela vê seu irmão Thorgrin, vê seu rosto e, por alguma razão, não o vê no Anel ou na Corte do Rei, e sim em uma terra distante, em um oceano distante, vivendo em exílio. Acima de tudo, ela vê sua mãe. Ela a vê na beira de um precipício, diante de seu castelo, bem acima de um oceano e na frente de uma passarela. Ela vê sua mãe de braços abertos e sorrindo para ela.

      "Minha filha," ela diz.

      "Mãe," Alistair fala, "em breve estarei com você."

      Mas para sua surpresa, sua mãe balança lentamente a cabeça.

      "Sua hora ainda não chegou," ela responde. "Seu destino nessa terra ainda não se completou. Você ainda tem um grande destino diante de você."

      "Mas


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