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Em Busca de Heróis . Морган РайсЧитать онлайн книгу.

Em Busca de Heróis  - Морган Райс


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com força.

      Thor sentiu um golpe forte em suas costelas, enquanto o guarda começou a chutá-lo novamente.

      Desta vez, Thor conseguiu agarrar o pé do guarda ainda no ar; ele puxou-o, deixando-o sem equilíbrio e fazendo-o cair.

      Thor e o guarda se levantaram ao mesmo tempo. Thor olhou para ele chocado com o que havia acabado de fazer. A sua frente, o guarda o olhava furiosamente.

      “Eu não vou apenas prendê-lo.” O guarda disse com voz ríspida. “Mas vou fazer com que você pague caro por isso. Ninguém toca um guarda do rei! Esqueça a Legião – Agora você vai é chafurdar na masmorra! Você vai ter sorte se algum dia for visto novamente!”

      O guarda puxou uma corrente com um grilhão em sua extremidade. Ele se aproximou de Thor, a vingança se refletia em seu rosto.

      A mente de Thor voava. Ele não podia permitir que o prendessem – ainda assim, ele não queria ferir um membro da guarda do rei. Ele tinha de pensar em alguma coisa, e rápido.

      Ele se lembrou de seu estilingue. Os reflexos se apoderaram dele quando o agarrou, o carregou com uma pedra, fez pontaria e atirou.

      A pedra cruzou o ar e atingiu os grilhões que o guarda atordoado havia estado agarrando; a pedra também tinha atingido os dedos do guarda. O guarda se afastou e apertou sua mão, gritando de dor quando as correntes caíram no chão com seu barulho característico.

      O guarda, dando a Thor um olhar mortal, desembainhou a espada. Ela saiu com um som diferenciado, metálico.

      “Esse foi o seu último erro.” ele ameaçou sombriamente e investiu contra Thor.

      Thor não tinha escolha; esse homem simplesmente não iria deixá-lo viver. Ele colocou mais uma pedra em sua funda e atirou nele. Apontou deliberadamente, ele não queria matar o guarda, mas tinha de pará-lo. Então, em vez de apontar para o seu coração, nariz, olhos ou cabeça, Thor apontado para o lugar que sabia que iria detê-lo, mas não matá-lo.

      Apontou entre as pernas do guarda.

      Ele deixou a pedra voar, não com força total, mas apenas o suficiente para colocar o homem no chão.

      Foi um lançamento perfeito.

      O guarda tombou, deixando cair sua espada, agarrando sua virilha enquanto caía no chão e se enrolava como uma bola.

      “Você será enforcado por isso!” Ele gemeu em meio a grunhidos de dor. “Guardas! Guardas!”

      Thor olhou para cima e ao longe viu vários dos guardas do rei que corriam em sua direção.

      Era agora ou nunca. Sem perder um instante, ele correu para o parapeito da janela.

      Ele teria de saltar através dele, para a arena e tornar-se conhecido. E ele iria lutar contra qualquer um que se interpusesse em seu caminho.

      CAPÍTULO CINCO

      MacGil sentou-se na sala superior de seu castelo, sua sala de reunião íntima, a qual ele usava para assuntos pessoais. Ele sentou-se no seu trono íntimo, esculpido em madeira e olhou para quatro de seus filhos em pé diante dele. Ali estava seu filho mais velho, Kendrick, com vinte e cinco anos um belo guerreiro e um verdadeiro cavalheiro. Ele, de todos os seus filhos, era o que mais se assemelhava MacGil, o que era irônico, já que ele era um filho bastardo, fruto do único envolvimento de MacGil com outra mulher. Uma mulher que ele há muito tempo já tinha esquecido. MacGil tinha criado Kendrick como seu filho legítimo, apesar dos protestos iniciais da rainha, com a condição de que ele nunca ocupasse o trono. Isso causava sofrimento a MacGil agora, visto que Kendrick era o melhor homem que ele havia conhecido; um filho que estava orgulhoso de ter procriado. Depois dele, jamais haveria um herdeiro mais apropriado para o reino.

      Ao lado dele, em nítido contraste, estava o segundo filho, ainda seu legítimo primogênito, Gareth, vinte e três anos, magro, com rosto encovado e grandes olhos castanhos que nunca estavam quietos. Seu caráter não poderia ser mais diferente do caráter do seu irmão mais velho. A natureza de Gareth era tudo o que a de Kendrick não era: enquanto seu irmão era franco, Gareth escondia seus verdadeiros pensamentos; enquanto seu irmão era orgulhoso e nobre, Gareth era desonesto e enganoso. MacGil sofria por não poder gostar de seu próprio filho e já havia tentado várias vezes corrigir sua natureza; mas depois de algum tempo, durante a fase da adolescência do rapaz, ele tinha compreendido que sua natureza já estava predestinada: ele sempre seria dado a intrigas, sedento de poder e ambicioso em todos os sentidos negativos da palavra. MacGil sabia também que Gareth não sentia atração por mulheres e tinha muitos amantes do sexo masculino. Outros reis teriam deserdado um filho assim, mas MacGil era de mente mais aberta e para ele, essa não era uma razão para não amá-lo. Ele não o julgava por isso. Ele o julgava mesmo era por sua maldade, sua natureza intrigante, algo que não se podia ignorar.

      Alinhada ao lado de Gareth estava a segunda filha de MacGil, Gwendolyn. Ela tinha acabado de chegar ao décimo sexto ano e era a jovem mais bonita que alguém jamais poderia ver em sua vida; sua bela natureza ofuscava até mesmo sua aparência. Ela era gentil, generosa e honesta, a melhor jovem que ele já tinha conhecido. Nesse sentido, ela era semelhante a Kendrick. Ela sempre olhava para MacGil com o olhar amoroso de uma filha por seu pai, e ele sempre sentia sua lealdade em cada olhar. Ele estava ainda mais orgulho dela do que de seus filhos.

      De pé ao lado de Gwendolyn estava Reece o filho mais novo de MacGil, um jovem rapaz orgulhoso e animado, que aos quatorze anos, estava se tornando um homem. MacGil tinha assistido com grande prazer sua iniciação na Legião e já podia ver o homem que ele viria a ser. Um dia, MacGil não tinha dúvida, Reece seria seu filho mais estimado e um grande governante. Mas aquele dia não havia chegado ainda. Ele era muito jovem e ainda tinha muito que aprender.

      MacGil tinha sentimentos mistos enquanto escrutava estes quatro jovens; seus três filhos e a filha, de pé diante dele. Ele sentia orgulho misturado com decepção. Ele também sentia raiva e aborrecimento por causa de dois de seus filhos ausentes. A mais velha, sua filha Luanda, claro estava se preparando para seu próprio casamento e já que ela estaria casada com outro reino, ela não tinha parte nesta discussão de herdeiros. Mas seu outro filho Godfrey, o do meio, com seus dezoito anos, não estava presente. MacGil enrubesceu de desprezo.

      Desde que ele era um menino, Godfrey tinha mostrado enorme desrespeito para com a realeza; sempre deixando claro que ele não se importava com nada e que nunca iria governar. Para grande decepção de MacGil.

      Godfrey, no entanto, havia escolhido desperdiçar seus dias em tabernas em companhia de amigos meliantes, causando cada vez mais vergonha e desonra a família real. Ele era um preguiçoso, dormia durante a maior parte dos dias e preenchia os demais com a bebida. Por um lado, MacGil estava contente de que ele não estivesse ali; por outro, sua ausência era um insulto que ele não podia sofrer. De fato, ele já esperava por isso e tinha enviado seus homens para vasculhar todas as tabernas e trazê-lo de volta. MacGil permanecia sentado, esperando até que eles chegassem.

      A pesada porta de carvalho finalmente abriu-se e por ela entraram os guardas reais arrastando Godfrey entre eles. Deram-lhe um empurrão e quando Godfrey entrou cambaleante na sala, a porta atrás dele bateu.

      Seus irmãos e irmã se viraram e o olharam. Godfrey estava desleixado, cheirando a cerveja, com a barba por fazer, mal vestido. Ele sorriu de volta. Insolente. Como sempre.

      “Olá, Pai.” Godfrey disse. “Acaso perdi a diversão?”

      “Você vai ficar ao lado de seus irmãos e esperar permissão para dirigir-se a mim. Do contrário, que Deus me ajude, vou acorrentá-lo nas masmorras com o resto dos prisioneiros comuns, e você não vai ver a comida – muito menos bebida – por três dias inteiros.”

      Desafiante, Godfrey olhou de volta para seu pai. Naquele olhar, MacGil detectara alguma profunda reserva de forças, algo de si mesmo, uma centelha de algo que poderia um dia servir a Godfrey muito bem. Isto é, se ele pudesse superar sua própria personalidade.

      Rebelde até o fim, Godfrey esperou uns bons dez segundos antes de finalmente obedecer e a passos lentos juntar-se aos seus irmãos.

      MacGil escrutava esses cinco filhos de


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