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Rebelde, Peão, Rei . Морган РайсЧитать онлайн книгу.

Rebelde, Peão, Rei  - Морган Райс


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eles estavam à espera. Ceres não sabia para que é que muitas delas serviam, mas podia imaginar, com base no resto. Havia pilares para empalar e blocos para decapitar, forcas e braseiras com ferros quentes. E mais. Tão mais que Ceres mal conseguia compreender a mente que conseguia decidir fazer tudo aquilo.

      Então ela viu Lucious lá entre eles e percebeu. Aquilo era responsabilidade dele e, de certa forma, dela. Se ao menos ela tivesse sido mais rápida a persegui-lo quando ele lançou o seu desafio. Se ao menos ela tivesse encontrado uma maneira de matá-lo antes disso.

      Lucious estava em pé por cima do soldado que gritava, retorcendo uma espada através dele, provocando-lhe um novo som de agonia. Ceres conseguia ver uma pequena multidão de torturadores encarapuçados de preto e assassinos à volta ele, como se estivessem a tomar notas, ou, possivelmente, apenas a apreciar alguém exaltado a cumprir o seu papel. Ceres desejava conseguir alcançá-los e matá-los a todos.

      Lucious ergueu os olhos e Ceres sentiu o momento em que os seus olhos se encontraram com os dela. Era algo semelhante ao tipo de coisa que os bardos cantavam, referindo-se aos olhos dos amantes a encontrarem-se numa sala, só que ali só havia ódio. Ceres teria imediatamente matado Lucious de qualquer maneira que conseguisse. E ela conseguia ver o que ele tinha reservado para si.

      Ela viu o sorriso dele a espalhar-se lentamente na sua feição, retorcendo a sua espada num toque final, com os seus olhos ainda em Ceres, antes de se endireitar, enxugando distraidamente as mãos ensanguentadas num pano. Ele ficou ali como um ator prestes a discursar perante uma audiência em espera. Para Ceres, ele parecia simplesmente um talhante.

      "Todos os homens e mulheres aqui são traidores do Império", declarou Lucious. "Mas eu acho que todos nós sabemos que não é culpa vossa. Vocês foram enganados. Corrompidos por outros. Corrompidos por um em particular."

      Ceres viu-o disparar mais um olhar na sua direção.

      "Então vou oferecer aos comuns de vocês misericórdia. Rastejem até mim. Implorem para eu vos tornar escravos e vos deixar viver. O Império está sempre a precisar de mais escravos."

      Ninguém se mexeu. Ceres não sabia se devia de ficar orgulhosa ou de gritar com eles para aceitarem a oferta. Afinal, eles tinham de saber o que estava por vir.

      "Não?", perguntou Lucious, com um tom de surpresa. Ceres pensou que, talvez, genuinamente ele esperasse que todos ali se entregassem voluntariamente à escravatura para salvarem as suas vidas. Talvez ele não entendesse efetivamente o que era a rebelião ou que havia coisas piores do que a morte. "Ninguém?"

      Ceres viu a pretensão de um controlo calmo a escapar-se dele, naquele momento, como uma máscara, revelando o que estava por baixo.

      "Isto é o que acontece quando os tolos começam a escutar escumalha que os querem enganar!", disse Lucious. "Vocês esquecem-se dos vossos lugares! Vocês esquecem-se que há consequências para tudo o que vocês os camponeses fazem! Bem, vou lembrar-vos que há consequências. Vocês vão morrer, cada um de vocês, e as pessoas vão murmurar cada vez que pensarem igualmente em trair os seus superiores. E, para me certificar disso, vou trazer as vossas famílias para assistir. Eu incendiar os seus casebres lastimáveis e vou fazer com que prestem atenção enquanto vocês gritam!"

      Ele fá-lo-ia, também; Ceres não tinha dúvida disso. Ela viu-o apontar para um dos soldados e, depois, para um dos instrumentos que estavam à espera.

      "Comecem com esta. Comecem com qualquer um deles. Eu não me importo. Apenas certifiquem-se de que todos sofrem antes de morrerem". Ele apontou um dedo para a cela de Ceres. "E certifiquem-se de que ela é a última. Façam com que ela assista à morte de cada um deles. Quero que ela enlouqueça com isso. Quero que ela entenda o quão impotente ela realmente é, não importando o quanto sangue dos Anciãos ela se vanglorie de ter perante os seus homens.

      Naquele momento, Ceres desviou-se das barras para trás, mas devia haver homens à espera do outro lado da porta, porque as correntes nos seus pulsos e tornozelos apertaram-se, arrastando-a de volta para a parede e dando-lhe pouca folga para se conseguir mexer. Ela definitivamente não conseguia desviar o olhar da janela, através da qual conseguia ver um dos carrascos a verificar a agudeza de um machado.

      "Não", disse ela, tentando encher-se de uma confiança que ela não sentia naquele exato momento. "Não, eu não vou deixar que isto aconteça. Eu vou encontrar uma maneira de acabar com isto."

      Ela não se limitou a concentrar em si mesma, em busca do seu poder. Ela mergulhou no espaço onde ela normalmente teria encontrado a energia que a esperava. Ceres forçou-se a ir atrás do estado de espírito que tinha aprendido com o Povo da Floresta. Ela perseguiu o poder que tinha adquirido com tanta certeza como se estivesse a perseguir algum animal escondido.

      No entanto, o poder permaneceu tão esquivo como um animal escondido. Ceres tentou tudo o que se conseguia lembrar. Ela tentou acalmar-se. Ela tentou lembrar-se das sensações que tinham estado lá antes, quando tinha usado os seus poderes. Com um esforço de vontade, ela tentou forçá-lo a fluir através de si. Em desespero, Ceres tentou até mesmo implorar ao seu poder, persuadindo-o como se fosse verdadeiramente um ser separado, em vez de ser simplesmente um fragmento de si mesma.

      Nada disso funcionou e Ceres atirou-se contra as correntes que a seguravam. Sentiu-as a morderem-lhe os pulsos e os tornozelos enquanto se lançava para a frente, mas ela não conseguia ganhar praticamente espaço nenhum.

      Ceres deveria ter sido capaz de estalar o aço facilmente. Ela deveria ter sido capaz de se libertar e salvar todos os que ali estavam. Ela deveria ter sido capaz, mas naquele momento, ela não conseguia, e a pior parte era que ela nem sabia porquê. Porque é que os poderes que ela já usara tanto a tinham abandonado tão de repente? Porque é que isso estava a acontecer?

      Porque é que ela não conseguia fazer o que ela queria? Ceres sentia as lágrimas a tocarem-lhe as bordas dos olhos enquanto ela lutava desesperadamente para ser capaz de fazer alguma coisa. Para poder ajudar.

      Lá fora, as execuções começaram e Ceres não conseguia fazer nada para detê-las.

      Pior, ela sabia que quando Lucious acabasse com aqueles que estavam lá fora, seria a vez dela.

      CAPÍTULO QUATRO

      Sartes acordou, pronto para lutar. Tentou levantar-se, sendo chicoteado e empurrado para baixo pela bota de uma figura de aparência rude.

      "Achas que há espaço para te mexeres aqui?", retrucou ele.

      O homem tinha tatuagens e a cabeça rapada, não tendo um dedo por causa de alguma briga ou de outra coisa qualquer. Houve um tempo em que Sartes provavelmente teria sentido um arrepio de medo ao ver um homem como aquele. Porém, isso tinha sido antes do exército e da revolta que se tinha seguido. Tinha sido antes de ele ter visto como é que era o verdadeiro mal.

      Havia ali outros homens, amontoados num espaço com paredes de madeira, com a luz a entrar apenas através de algumas fendas. Era suficiente para Sartes os ver. E o que ele via estava longe de ser encorajador. O homem à sua frente era provavelmente um dos que tinha um aspeto menos ameaçador. Por um momento, Sartes sentiu efetivamente medo por eles serem muitos, mas não apenas pelo que eles lhe pudessem fazer. O que é que poderia estar iminente quando ele estava preso num espaço com homens assim?

      Sartes sentia movimento e arriscou, virando as costas para a multidão de bandidos, para conseguir ver através de uma das fendas nas paredes de madeira. No lado de fora, ele viu uma paisagem rochosa e empoeirada a passar. Ele não reconheceu a área, mas quão longe de Delos poderia ele estar?

      "Uma carroça", disse ele. "Nós estamos numa carroça."

      "Oiçam o rapaz", disse o homem da cabeça rapada. Ele aproximou grosseiramente o seu tom de voz ao de Sartes, torcido de todo o reconhecimento. "Estamos numa carroça. Que génio banal é este rapaz. Bem, génio, que tal manteres a tua boca fechada? Era mau estarmos a caminho dos lagos de betume sem tu ires."

      "Dos lagos de betume?", perguntou Sartes, e ele viu um trejeito de raiva atravessar


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